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A dificuldade de permanecer crentes hoje. Artigo de Simona Segoloni Ruta

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12 Fevereiro 2023

Permanecer crente foi uma habilidade que sempre esteve exposta a mil perigos e dificuldades. No contexto atual, porém, poderia parecer ainda mais difícil, e isso devido a uma série de fatores que afetam a vida social e eclesial, mesmo que depois, em última instância, todos esses fatores possam vir a se revelar o nosso melhor recurso.

A opinião é da teóloga leiga italiana Simona Segoloni Ruta, casada e mãe de quatro filhos. É professora do Instituto Teológico de Assis, vice-presidente da Coordenação das Teólogas Italianas e membro do conselho diretivo da Associação Teológica Italiana. O artigo foi publicado por Servizio dela Parola, n. 544, janeiro/fevereiro de 2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

1. Razões que perderam razão

O primeiro elemento a considerar é a falta da pressão social que levava a se uniformizar a estilos de vida e convicções que podiam ser relacionadas à fé cristã.

Ir à missa no domingo, casar na igreja, adotar certos hábitos (desde o jejum na sexta-feira até mandar os filhos para o catecismo) era absolutamente natural, como hoje comprar um smartphone. Hoje em dia não é mais assim, aliás, a situação se inverteu. O contexto social impulsiona para a não crença e para a não pertença eclesial: para crer e para decidir pertencer à Igreja, é necessária uma postura pessoal, forte e motivada, capaz de justificar a própria fé em contextos em que esta aparece mais como uma estranheza.

Certamente acreditar dessa maneira é mais desafiador, mas talvez na outra maneira a fé era assim subordinada a outros elementos (tradição, reputação, vantagens sociais) a ponto de se tornar secundária e, portanto, muitas vezes nada incisiva na vivência interior e prática, que para além das formas continuava por conta própria.

A essa mudança parece-me obrigatório acrescentar que hoje não é mais uma boa motivação para ser crente nem mesmo a necessidade de se sentir amado e aliviar as próprias feridas emocionais. Muitas vezes a pregação que insiste nesses temas – ainda que sensatos, é evidente – não atinge o alvo, porque para curar feridas psíquicas é necessário um caminho psicológico, e descobrir-se amados por Deus, por mais fundamental e libertador que seja, não pode ser considerado uma espécie de substituto para o amor não recebido na infância ou durante o crescimento: o amor de Deus nos encontra adultos e nos quer adultos, então buscar a Deus para receber o aconchego que nos faltou corre o risco de tornar nossa fé vacilante e não autêntica. Outra coisa é descobrir nele um amor que pode nos fazer renascer para além das feridas e dos erros, mas isso requer – de novo – um caminho e uma consciência pessoal muito além da ideia consoladora de que Deus nos quer bem e nos protege (uma ideia, inclusive, muitas vezes posta em crise pelas vicissitudes adversas da vida).

Além disso, se nos séculos passados ​​(mas podemos dizer até algumas décadas atrás) a fé era oferecida como consolo para as vidas mais sofridas, pelos sacrifícios e injustiças que pareciam inevitáveis (até se tornar até mesmo um componente da ideologia que mantinha as estruturas radicalmente injustas das sociedades), hoje já não é assim. Para as injustiças se busca um remédio cultural, político e social, enquanto exigir um sacrifício de alguns (mais frequentemente de algumas) não é mais aceitável em vista de um consolo ligado a outra época. Caso se continue nessas linhas, corre-se o risco de não combater adequadamente as iniquidades do mundo, enquanto se for abandonada a fé corre-se o risco de vacilar. Muitas pessoas não-crentes (junto, obviamente, com muitos crentes) lutam por um mundo mais justo, pela proteção da criação, pela libertação dos oprimidos, e não poucas vezes se escandalizam por crentes que minimizam as injustiças mundiais e a violência sobre a criação. A fé no Deus de Jesus poderá resistir, porém, sem que a fome e a sede de justiça impeçam se contentar em aceitar sabe-se lá qual consolo para os que sofrem?

Acrescentaria a este quadro que nem mesmo o medo da morte é capaz de nos prender à fé: a morte é um dado de realidade e muitos encontram sentido em suas vidas mantendo presente até mesmo a morte. De fato, o sentido da existência já não é mais prerrogativa exclusiva da fé; são muitas as narrativas que produzem sentido em nossa época e cada uma sabe - mesmo aquela que nasce da fé cristã - que não pode explicar tudo ou colocar ordenadamente cada elemento em uma única teoria, porque a realidade se revelou complexa e escapa dramaticamente a toda redução. Ninguém pode explicar tudo, incluindo os crentes, de forma que quando se busca em Deus um ponto de apoio para elaborar uma explicação do todo, inevitavelmente se ficará desapontados. Por outro lado, temos que nos perguntar se Deus poderia ser isso e se esse papel de ordenador do mundo cabe ao Deus vivo de que nos falam as Escrituras, ou se seria apenas a fuga racional do medo humano, como muitos filósofos tiveram a coragem de denunciar.

2. Só resta o Evangelho

Em resumo, será difícil permanecer crentes se isso depender das tradições recebidas ou das práticas amplamente difundidas no contexto social, mas será difícil permanecer crentes mesmo quando se busca em Deus alguém que cura as nossas feridas emocionais ou alguém que nos promete uma compensação pelos nossos sofrimentos, ou quando se busca nele a base para uma explicação ordenada e abrangente de uma realidade tão fortemente contraditória.

Todos esses, que no passado até poderiam ser caminhos para poder encontrar o Deus vivo, hoje são tentações das quais é preciso se proteger caso se deseje entrar e permanecer firmes na fé cristã.

Assim como é correto estar em guarda contra a tentação de ver na fé a garantia de uma ordem social e moral recebida do passado e acriticamente eleita como imutável: diante do avanço inelutável da história e da compreensão humana dos significados e dos valores (basta pensar na evolução da compreensão da sexualidade, da condição feminina, da ordem social, da liberdade de consciência etc.), uma fé desse tipo se tornará primeiro conflituosa e depois completamente estranha à realidade em que as pessoas estão vivendo.

No entanto, se todas essas dimensões que definimos como "tentações" forem removidas, o que resta?

Resta o Evangelho. Só a fé que se baseia na beleza do Evangelho, na impossibilidade de resistir ao seu encanto, pode resistir às tentações mencionadas e a tantas outras que surgem continuamente.

Talvez cinquenta anos atrás se podia continuar casados sem amor, sem entendimento, sem uma relação vivificante honrando um sistema de valores, sob pressões sociais específicas, dentro de um horizonte de significados muito diferente daquele atual. Hoje, só podemos ficar casados se a relação que se vive for experimentada como boa e vivificante, pelo menos um pouco. Da mesma forma, por outro lado, a fé é uma questão de atração por uma beleza e de amor, não se pode ser crentes por hábito, por tradição social, por interesse, por vantagens psíquicas, materiais ou culturais. A fé só pode ser mantida, ou melhor, continuamente aumentada, deixando-se fascinar cada vez mais pelo estilo, pelas palavras, pela ação de Jesus, deixando que tudo isso se concretize nos nossos gestos, no nosso empenho quotidiano, nos nossos sentimentos. Mas talvez essa tenha sido desde sempre a única estratégia: pode-se ficar apenas porque o que se provou não tem comparação, justamente como na frente da pessoa que se ama ou do filho que acabamos de dar à luz. E essa é a única boa razão pela qual o Senhor também quer que fiquemos, por isso não hesita em perguntar: "Vocês também querem ir embora?". A resposta de hoje é a mesma de então: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna."

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