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A índole secular do padre: um nervo “exposto”? Artigo de Gianluca De Candia

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05 Novembro 2022

O celibato absolutamente não é necessário para uma “funcionalização do clero”, e, vice-versa, uma justificação do celibato em chave funcional (“ser livre de um vínculo familiar para mais bem se doar a todos”) é uma velhacaria.

A opinião é de Gianluca De Candia, professor de Filosofia e Diálogo com a Cultura Contemporânea na Universidade Católica de Colônia (KHKT), na Alemanha, e mediador entre a filosofia italiana e alemã.

O artigo foi publicado em Settimana News, 31-10-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Quando a redação me informou que o artigo mais lido em absoluto no Settimana News desde o fim de agosto (com mais de 3.500 visualizações) é “A índole secular do padre”, fiquei admirado. Não achava que o interesse pelo tema da identidade presbiteral estivesse tão vivo nas leitoras e leitores deste blog – o que, aliás, me foi confirmado pelas dezenas de ressonâncias que chegaram até mim por e-mail ao longo desses meses.

Como nem sempre me foi possível reagir de modo articulado às cartas individuais, sinto o dever de voltar mais uma vez à questão que levantei e de fazer isso justamente a partir das duas grandes frentes interpretativas que emergiram a partir do coro dos comentaristas.

Sim, porque esse breve texto suscitou um verdadeiro “conflito de interpretações”, indicativo do problema que eu estava tentando chamar à atenção. Sigamos passo a passo.

As duas frentes da interpretação

A maioria entendeu a minha reflexão como uma advertência à “ressacralização”, embora em chave de experiência mística ou mais amplamente de santidade. Quem pende para essa interpretação coloca a ênfase sobretudo na segunda parte do artigo e, especificamente, na última frase, que, parafraseando uma célebre frase de Karl Rahner, afirmava: “O padre (e o cristão) do futuro ou será místico (santo), ou não será”.

Houve também quem, em defesa dessa linha, me enviou o texto de uma recente entrevista concedida pelo cardeal Robert Sarah à revista francesa Valeurs Actuelles, que afirmava: “O padre não é um homem como os outros”; e, portanto, “não devemos avaliar o padre por aquilo que ele faz, mas por aquilo que ele é [representante de Cristo]”.

A segunda linha interpretativa, embora minoritária, foi unânime em valorizar sobretudo a primeira parte do artigo, captando nos diversos deslocamentos (da “representação” ao “ministério” etc.) e na estigmatização de uma certa retórica da “humanidade em geral”, a radiografia de uma crise.

Se esses deslocamentos forem verdadeiros (isto é, se passamos da “representação” ao “ministério”, do “sacerdote” ao “pastor” etc.), então seria mais coerente reabrir um debate sobre a obrigação do celibato sacerdotal. Porque, a rigor, o celibato absolutamente não seria necessário para tal “funcionalização do clero”, e, vice-versa, uma justificação do celibato em chave funcional (“ser livre de um vínculo familiar para mais bem se doar a todos”) seria uma velhacaria.

“A virgindade pelo Reino – escreve uma leitora – só é possível hoje na vida religiosa e monástica, todo o resto é celibato.” E outro leitor: “O celibato absolutamente não é a única forma de viver a santidade batismal. O primeiro papa não tinha uma sogra, talvez?”. Como se vê, acho que abri a “caixa de Pandora”!

O cerne da questão: “ontologia” e “função”

Não excluo que o artigo, tal como foi escrito, se preste a provocar leituras duplas. Acredito que o elemento irritante que provocou tais interpretações discordantes deve ser identificado na relação entre “ontologia” e “função”.

De fato, a primeira linha de interpretação acentua o ser sobre a função (com a relativa ênfase na natureza “representativa” ou ontológica que se produziria com a ordenação); a segunda posição acentua a função sobre o ser (com a ênfase relativa de um “ministério” funcional aos sacramentos e ao anúncio, e a relativa deontologia ou “ética do trabalho”). Em última análise, se cavarmos mais a fundo, por trás do deslocamento da “representação” ao “ministério”, encontramos a tensão entre “ontologia” e “função”.

Como se sabe, esse par semântico foi decisivo na história da teologia para enfrentar e resolver inúmeras questões espinhosas, inclusive em relação ao sacramento do sacerdócio. Mas, como todo conceito, essa polaridade terminológica, junto com as vantagens explicativas que ela acarreta, também não nos afasta do risco de simplificações.

Sem dúvida, “ontologia” e “função” descrevem dois polos de uma tensão, que a pregação cristã – salvo raras exceções – tende a harmonizar rapidamente demais, segundo o lema: “Quanto mais se é padre, mais se é servo” . O mesmo faz parte da reflexão teológica, que assume como critério o princípio tomista do agere sequitur esse (o agir segue o ser: sim, é claro, mas qual “ser” está em questão aqui? Já que, após a imposição das mãos, o ministro ordenado conserva o seu velho “ser”-homem).

Por outro lado, a psicologia e a filosofia são mais cautelosas em harmonizar teoricamente a relação ontologia e função, ou seja, a tensão entre “ser” e “dever-ser”. Como observado, por exemplo, por Giorgio Agamben no ensaio “Altíssima pobreza” (Ed. Boitempo, 2015), a regra do “ex opera operato” (isto é, fa validade do sacramento independentemente das disposições e da conduta do celebrante) tenta remediar justamente o conflito entre “ser” e “dever-ser”, uma tensão que, segundo ele, só seria historicamente superada mediante a “forma de vida” monástica (de Pacômio em diante) e o usus pauper das coisas de Francisco de Assis.

Dentro desse marco problemático, o que está em discussão não é a graça do sacramento eucarístico em si, mas sim a pergunta sobre se e em que medida o celebrante, tendo descido os três degraus do altar, pode continuar a apelar ao “ex opere operato”.

Um equilíbrio entre Cila e Caríbdis

A primeira linha interpretativa, por um lado, afirma que “não devemos avaliar o padre por aquilo que ele faz, mas por aquilo que ele é”. De fato, ele seria ontologicamente um alter Christus. Mas, logo após reiterar esse máximo de ontologização, ela exige um máximo de funcionalização: serviço, renúncia, sacrifício, martírio, ausência de ambições, de vida privada etc. Parece que, para cobrir o “cheque em branco” da transformação ontológica, se sente a exigência vital de dar um crédito enorme à ética da abnegação.

Mas um máximo de “ontologização” sobrecarrega a consciência do indivíduo, impondo um alter ego ou, melhor, um mastodôntico “superego”; e um “máximo de funcionalização” desvitaliza progressivamente o sujeito concreto, redu-lo a um “papel”, a um “personagem”, suprimindo a pessoa mais uma vez. Entre Cila e Caríbdis, todo padre adulto deve, então, encontrar o seu baricentro, alternativamente o seu “arranjo”.

Muitos dos leitores e das leitoras, tendo chegado a esse ponto, talvez pensarão que eu, com esses esclarecimentos, em vez de simplificar a questão, compliquei-a. Por mais abstrata que essa dialética possa parecer, sua validade na prática é muito concreta. Limito-me a dar um exemplo, que me foi trazido justamente por um leitor, mas que reformulo na minha linguagem: há bispos ou “superiores” (sic) que podem se gabar do mérito de terem antecipado o princípio de cinco estrelas do “um vale um”, ou da antimeritocracia, promovendo a ideia deletéria da intercambialidade dos padres (em nome da igual dignidade ontológica?), mas advertindo fortemente, ao mesmo tempo, que “todos são úteis, ninguém é necessário" (em nome de qual funcionalismo?). Naturalmente, essa arte da disciplina e do governo é motivada pelo recurso a motivos de ordem espiritual, como sinal de uma vida celibatária, pobre, obediente, de um “pastor com o cheiro das ovelhas”, que sabe viver equidistantemente de todos, que não prefere ninguém.

O resultado – que eu observo em várias partes – absolutamente não me parece ser algo como a “sanidade”, mas sim a frustração do clero, a sensação de inadequação, o descontentamento. Em última análise, precisamente aquilo que pretenderia com boa intenção encorajar a liberdade interior do padre e desencorajar o “carreirismo”, na realidade, veicula, por um lado, a ideia de que celibatário significa, bem no fundo, “anafetivo”, e que se deve trabalhar para uma comunidade ou um grupo “a fundo perdido”; por outro lado, paradoxalmente, desencadeia o carreirismo, ou seja, a ilusão de que todos os padres poderiam – por igualdade ontológica e indistinção no mérito (sic!) – potencialmente ser nomeados bispos.

Passemos agora a considerar a segunda linha de interpretação. Ela não põe em discussão minimamente a recíproca implicação entre graça e natureza (caso contrário, deveria sustentar o sola gratia luterano), mas reitera que a teologia do alter Christus é pré-conciliar e portadora de uma eclesiologia incompatível com a da Lumen gentium, enquanto a teologia atual do “ministério ordenado” é funcional à administração dos sacramentos e ao anúncio (com o deslocamento funcionalista a que me referia), e que – golpe de cena! – precisamente tal teologia do ministério ainda não seria suficiente para justificar a obrigatoriedade do celibato sacerdotal, até porque todos os batizados, leigos e ministros ordenados, são chamados à santidade. O que é contestado aqui não é o celibato sacerdotal (realidade preciosa e profética!), mas a sua obrigatoriedade.

A terceira via

Parece-me que as ressonâncias dos leitores e das leitoras me ajudaram a delinear melhor as duas frentes da questão. Em última análise, o ponto é a relação efetiva entre ontologia e função. A efetividade aqui é o nervo exposto. Isso significa que, mesmo que se substitua o par terminológico “ontologia-função” pelo de “mistério-ministério”, seria preciso fazer o esforço de identificar a diferença prática, efetiva, e não apenas teórica ou teológica, com as categorias anteriores de “ser” (alter Christus) e “dever-ser” (função).

De uma coisa estou certo: nessa reavaliação da linguagem e da “forma de vida” presbiteral, será preciso recomeçar a partir do núcleo incandescente do Evangelho, da resposta coral da Igreja à voz que diz: “Segue-me! Você foi libertada para ser livre”.

No fundo da “caixa de Pandora”, ficou a Esperança. Gosto de pensar que existe uma terceira via, e que essa teologia do sacerdócio já se anuncia de modo germinal nos documentos do Concílio Vaticano II. Mas, assim como no meu primeiro artigo, também não pretendo agora propor soluções (porque não as tenho), mas apenas contribuir para focar em um problema. Por isso, gostaria de concluir, cedendo a palavra ao cardeal Jean-Claude Hollerich, que recentemente disse em uma luminosa entrevista ao L’Osservatore Romano:

“Todos nós, padres, devemos compreender […] que não há um sacerdócio sem um sacerdócio universal dos cristãos, porque dele se origina. Percebo que a dificuldade de assimilação de um conceito, no fundo tão elementar, é fomentada por uma formação presbiteral que ainda perdura em uma ‘diversidade ontológica’ que não existe. Sobre isso, os teólogos devem trabalhar e fornecer definições mais certas em torno do tema do caráter e da graça sacramental”.

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