Perversão estúpida ou trágica

Foto: U.S. Embassy Kyiv Ukraine | Flickr, licença de uso comercial permitido.

Mais Lidos

  • Legalidade, solidariedade: justiça. 'Uma cristologia que não é cruzada pelas cruzes da história torna-se retórica'. Discurso de Dom Domenico Battaglia

    LER MAIS
  • Estudo que atestava segurança de glifosato é despublicado após 25 anos

    LER MAIS
  • Momento gravíssimo: CNBB chama atenção para votação e julgamento sobre a tese do Marco Temporal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

05 Julho 2022

 

A guerra é uma perversão estúpida. Adotar a força da violência e não a da razão, do diálogo, do direito, para estabelecer a verdade das coisas, poderia definir quem está melhor equipado militarmente ou quem tem maior capacidade estratégica, mas não quem tem razão. É por isso que a guerra é estúpida e perversa.

 

O comentário é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 04-07-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Visitando Odessa e Mykolaiev, compreende-se imediatamente que essa perversão ultrapassou todas as fronteiras porque, de fato, quase exclusivamente se enfurece contra as pessoas, os habitantes das cidades, as famílias. Tornar a vida impossível a ponto de forçar as pessoas a abandonarem suas casas e a cidade em que sempre viveram, reduzir à sede por bombardear as reservas hídricas, lançar mísseis sobre as casas, desmascara toda extrema aparência de "nobreza" da qual a ação bélica poderia gabar-se no tempo em que os cavaleiros se enfrentavam em combate.

 

As guerras modernas viraram esse paradigma e fizeram da guerra uma perversão estúpida que se torna sadicamente trágica. Um recém-nascido ao qual se tira o alimento, uma população forçada à sede, pessoas submetidas às violências que ouvimos contar da voz das mulheres deslocadas de Kherson... falam da dose de desumanidade de que se alimentam aqueles que fazem a guerra. É por isso que a guerra deve ser combatida com uma sobredose de humanidade e não com uma sua maior privação.

 

Leia mais