FAO alerta para risco de extinção de plantas selvagens usadas para fins medicinais, cosméticos e alimentares

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26 Abril 2022

 

A castanha do Pará, que cresce na floresta Amazônica, é uma das “plantas selvagens” consideradas vulneráveis, em risco de extinção devido à perda de habitat, mudanças climáticas e superexploração. O alerta consta em relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), arrolando que 9% de espécies de plantas silvestres encontram-se nessas condições. O documento destaca que cerca de 1 bilhão de pessoas dependem da colheita dessas plantas no mundo para sua subsistência.

 

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

 

O jatamansi, planta perene e aromática que cresce no Himalaia e que tem propriedades medicinais, está “criticamente em perigo”. O incenso, encontrado no nordeste da África, em Omã, Somália e Iêmen, está “quase ameaçado”, na classificação da FAO. A resina de incenso é usada em cosméticos, perfumes e medicamentos tradicionais.

 

Também estão em estado “vulnerável” o karité, o goldenseal, conhecido como hydraste do Canadá ou framboesa moída, e o argan, ou óleo marroquino, que cresce na Argélia, Mauritânia, Marrocos e no território do Saara Ocidental. As propriedades antienvelhecimento do argan o transformam num produto muito procurado entre consumidores europeus e estadunidenses.

 

O karité cresce em toda a África, e é amplamente utilizado na indústria de cosméticos e alimentícia. O goldenseal, uma espécie nativa do leste da América do Norte, é usado principalmente para produtos medicinais.

 

O relatório da FAO destaca que a demanda por ingredientes de plantas silvestres está em crescimento contínuo. Estudo da Universidade de Rhodes, na África do Sul, estimou que até 5,8 bilhões de pessoas usam plantas selvagens ou semisselvagens em todo o mundo. Somente nos Estados Unidos, consumidores gastaram 11,3 bilhões de dólares em suplementos alimentares à base de plantas em 2020.

 

O diretor da Equipe de Produtos Florestais e Estatísticas da FAO, Sven Walter, frisou que as plantas silvestres devem ser consideradas nos esforços para proteger e restaurar habitats, promover sistemas agroalimentares sustentáveis e construir economias inclusivas e sustentáveis.

 

O documento, informa o ONU News, foi lançado para a celebração do Dia da Terra, 22 de abril. O crescimento da demanda global por ingredientes de plantas selvagens foi de mais de 75% nas últimas duas décadas.

 

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