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O dilema do Cordeiro

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09 Abril 2022

 

“O Cordeiro - afirma Simone Weil - é de algum modo abatido no céu antes de o ser na terra”. Portanto, o sacrifício do Filho também já aconteceu. O que diz, aliás, em Jeremias (1,5) o Pai ao Filho com sua extrema, dolorosa doçura, esculpida em um verso que é a síntese perfeita da teologia cristã? Ele diz, enquanto Jeremias escuta: "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da mãe, te santifiquei", escreve Giorgio Montefoschi, escritor e crítico literário italiano, em artigo publicado por Corriere della Sera, 06-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

"Tudo começa com o Cordeiro do retábulo de Gante", escreve Roberto Calasso no início de seu último livro, Sotto gli occhi dell’Agnello (Sob os olhos do Cordeiro, em tradução livre, nas livrarias amanhã pela Adelphi). “É o primeiro a ser adorado, íntegro, cândido. E é o primeiro ser que é morto. Ninguém disse por quê.”

Seu olhar, impassível, vem de uma distância infinita; mas o ferimento em seu peito, do qual jorra o fluxo de sangue coletado numa taça, não é o ferimento rasgado de uma pedra ou de uma lâmina: é redondo como o furo causado por uma bala. Uma ferida contemporânea, portanto.

Quem, antes de abordar Sotto gli occhi dell’Agnello, leu em 2010 O ardor, o livro do mesmo autor sobre o sacrifício na Índia védica de três mil anos atrás, sabe que a obra única, em vários livros, ou capítulos, escrita por Calasso sobre homens e deuses, iniciado em 1983 com A ruina de Kasch, não era improvável que pudesse terminar aqui: no mistério cristão. Também sabe que o resgate realizado por Jesus, "único e último", por meio de seu sacrifício, para a salvação do homem, "foi precedido por outros, parciais e provisórios, desde o início dos tempos, realizados pelo sangue de um animal: o cordeiro divino, Agnus Dei”- como, justamente, no abismo dos Vedas. Finalmente, sabe que o resgate nunca é definitivo: “Acontece repetidamente. Aos homens era concedido, durante algum tempo, um sentido de libertação, sem impedimentos, mas logo voltavam à condição de reféns à espera de resgate, novamente à espera do sangue do divino cordeiro”. Abel é o primeiro a realizar o sacrifício de um animal do seu rebanho.

Nós - escreve Calasso - não sabemos e não podemos saber por que Yahweh o tenha escolhido. Talvez seja possível que ele o tenha eleito porque Abel era um vidente (um dos muitos que povoam a terra), tinha visto como o mundo havia sido feito, e mesmo antes de o mundo ser feito tinha entendido que o mundo seria perpetuamente gravado pelo sangue de um cordeiro; entendido que "esse sangue serviria para redimir parcial e temporariamente os judeus, como aconteceu com a fuga do Egito, até que um dia reapareceria diante dos olhos de João Batista na figura de Jesus e desta vez seu sangue redimiria a todos para sempre". Tudo começa com o Cordeiro do Políptico de Gante: mas se Abel o viu, significa que já aconteceu. Como tudo, não só o Cordeiro, já aconteceu: Antes. “O Cordeiro - afirma Simone Weil - é de algum modo abatido no céu antes de o ser na terra”. Portanto, o sacrifício do Filho também já aconteceu. O que diz, aliás, em Jeremias (1,5) o Pai ao Filho com sua extrema, dolorosa doçura, esculpida em um verso que é a síntese perfeita da teologia cristã? Ele diz, enquanto Jeremias escuta: "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da mãe, te santifiquei".

No Apocalipse, no final do primeiro século, um judeu cristão chamado João, exilado na ilha de Patmos, foi fulgurado com a visão na qual a mansidão evangélica se opõe ao furor. Os homens não são mais redimidos pelo sangue que Jesus derramou por eles: são todos escravos, inclusive os profetas. No céu aparecem monstros que com um único movimento da cauda obliteram as estrelas; uma besta horrível sobe do mar; destruição e desastres atingem crentes e não crentes, todos indistintamente os habitantes da Terra.

A única figura que "permanece ilesa e já está ferida" é o Cordeiro, que apareceu no centro de um trono entre quatro animais. Estamos no cerne do livro de Roberto Calasso. O Cordeiro, sangrando, tem um pergaminho com ele. Antes que o desdobre, o cosmos prende a respiração: fica em silêncio por meia hora. O que está escrito no pergaminho? Está escrito que Deus, com seu sangue, reabriu o caminho da vida, não haverá mais morte, apagará para sempre as lágrimas do homem, como Jesus prometeu: "Mas - pergunta então Calasso - quem veio primeiro?" Ora, o Primeiro, tudo o que já estava escrito, incluindo a Cruz, parece ter sido abolido. A visão de João - com a descida do alto da Esposa do Cordeiro, a Jerusalém Celeste que não precisará de lâmpadas porque a luz será divina - abre uma nova expectativa: um novo céu, uma nova Terra. Por quê? “Por que o Apocalipse sentiu a necessidade de fazer crescer um novum na terra abolida? Não era suficiente que Jesus tivesse redimido os homens, todos os homens? Mas o Cordeiro de Deus continuava a sangrar.” Podemos confiar na última promessa que conclui o Novo Testamento, ou o Cordeiro primordial sangrará indefinidamente? Ou o sangue vai parar com o retorno, também prometido, de Jesus?

No capítulo 14 (16-17) do Evangelho de João, Jesus conforta os discípulos depois de lavar-lhes os pés: "Eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece. Mas vós os conheceis, porque habita convosco e estará em vós”. Ele é o Paráclito, o advogado, nosso protetor; que, no entanto, já está conosco. Ele é, portanto, o sucessor? Jesus continua (14,18-20): “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós. Ainda um pouco e o mundo não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo e vós vivereis. Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós”.

Aqui, o verbo usado é o presente. Mesmo no final do Apocalipse, onde se fala que o Cordeiro "foi morto desde a origem do mundo", volta-se ao presente: o eterno Presente em que tudo foi escrito e tudo aconteceu, como dizia o Pai ao Filho, sussurrando-o no ouvido de Jeremias.

No entanto, Jesus disse aos discípulos: Eu não vos deixarei sozinhos, virei vos buscar e levar comigo. Assim, na confusão verbal, é inevitável que os cristãos prisioneiros do tempo se perguntem: quando?

Mas este é apenas um dos muitos dilemas propostos por Sotto gli occhi dell’Agnello, de Roberto Calasso: um livro essencial, cortante e incandescente.

 

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