Autoridades do judaísmo em Israel pedem ao Papa esclarecimentos sobre algumas das afirmações feitas na catequese de 11 de agosto sobre a Epístola de Paulo aos Gálatas

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26 Agosto 2021

 

Reproduzimos a seguir as palavras textuais do Papa Francisco na catequese de quarta-feira, 11 de agosto, a sexta do ciclo sobre a Epístola de Paulo aos Gálatas, iniciada em 23 de junho passado.

A reportagem é publicada por Il Sismografo, 25-08-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Era previsível que algumas passagens das reflexões do Papa, inclusive a de hoje 25 de agosto, chamariam a atenção do mundo judaico, em particular de suas autoridades religiosas, por se tratar de um tema delicado e controverso. Houve outras controvérsias desse tipo no passado.

De fato, como a Reuters informa hoje, o cardeal Kurk Koch recebeu uma carta no Vaticano dias atrás com a assinatura do rabino Rasson Arousi, presidente da Comissão do Grande Rabinato de Israel para o Diálogo entre a Comissão da Santa Sé para as relações religiosas com o judaísmo e o próprio Grande Rabinato. Na carta das autoridades judaicas, que se dizem "preocupadas", pedem ao Santo Padre um esclarecimento sobre o que foi dito em uma catequese de 11 de agosto.

"Em uma carta vista pela Reuters, escreve o jornalista Philip Pullella, o rabino Rasson Arousi, presidente da Comissão do Grande Rabinato de Israel para o Diálogo com a Santa Sé, disse que os comentários parecem sugerir que a lei judaica esteja obsoleta. O rabino Arousi escreveu no dia seguinte que o papa falou da Torá (...) que contém centenas de mandamentos, ou mitzvot, e que os judeus devem seguir em sua vida cotidiana. A medida da adesão à ampla gama de diretrizes difere entre judeus ortodoxos e judeus reformados. Na audiência, o papa, refletindo sobre o que Paulo dizia sobre a Torá no Novo Testamento, disse:

'A lei (Torá), no entanto, não dá a vida. (...) Não oferece o cumprimento da promessa porque não é capaz de cumpri-la ... Quem busca a vida precisa olhar para a promessa e para o seu cumprimento em Cristo (...) O Papa apresenta a fé cristã não apenas como uma superação da Torá, mas afirma que esta última não dá mais vida, e isso implica que a prática religiosa judaica na era atual está obsoleta', escreve Arousi em sua carta, segundo a agência Reuters, que acrescentaria que tudo isso seria "parte integrante" de um "ensinamento desdenhoso para com os judeus e o judaísmo, algo que pensávamos ter sido completamente repudiado pela Igreja".

Finalmente, em sua carta ao cardeal K. Koch, o rabino Arousi pediu para “transmitir a nossa angústia ao Papa Francisco” e ao mesmo tempo pedir um esclarecimento para “assegurar que qualquer conclusão depreciativa seja claramente repudiada”.

 

 

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