• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Pesquisa investiga o impacto da pandemia nas emoções dos brasileiros

Foto: PxHere

Mais Lidos

  • O desastre de uma megaoperação no Alemão e na Penha de um governo que terceiriza o seu comando. Artigo de Jacqueline Muniz

    LER MAIS
  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS
  • Bolsonarismo pode eleger 44 senadores em 2026 e se tornar majoritário, diz Real Time Big Data

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

02 Julho 2021

 

Conduzido pela NOZ Pesquisa e Inteligência em parceria com o Instituto Bem do Estar, o mapeamento “Saúde da Mente e a Nova Realidade” – realizado entre maio de 2020 e abril de 2021 com 1.515 participantes (primeira etapa) e 1.050 (segunda etapa) – investigou o impacto do isolamento social no cotidiano do brasileiro.

A reportagem foi publicada por EcoDebate, 01-07-2021.

O levantamento avaliou questões como hábitos e rotinas; religiosidade; sentimentos e reações físicas; alimentação; e o impacto na libido de casados e solteiros.

Na primeira etapa da pesquisa, em maio de 2020, o medo era para 72% dos entrevistados o sentimento que mais havia crescido na pandemia; seguido de 70% que afirmaram estar excessivamente preocupados, e 66%, inseguros. Em 2021, houve maior incidência de “emotivos e muito sensíveis”, com 63% dos entrevistados. Na comparação das duas edições da pesquisa, excessivamente preocupado continua sendo o sentimento com maior aumento na pandemia, 64% apontam estar mais excessivamente preocupados hoje; seguido de 63%, mais emotivos e sensíveis; 62% sentem mais medo; 60% estão mais inseguros – o mesmo índice de mais irritados –; 57% estão sem ânimo; 55% mais agitados (mesmo índice para os que reportam mais alterações repentinas de humor); 54% têm maior dificuldade de concentração; 47% estão com uma sensação contínua de que algo muito ruim vai acontecer; e 43% estão mais solitários. Acesse o link clicando aqui.

A pesquisa Saúde da Mente e a Nova Realidade revela que os impactos financeiros e econômicos, efeitos colaterais de um ano de pandemia, acentuaram alguns sentimentos dos brasileiros como, por exemplo, a preocupação excessiva. A percepção de maior emotividade e sensibilidade tem atingido um número maior de pessoas, algo que ocorre independente do perfil social ou comportamental. Os níveis dos sentimentos ligados à ansiedade e à depressão estão bem altos e são registrados por um longo período; as mudanças provocadas pela flexibilização do isolamento social – e, consequentemente, a redução do trabalho home office e o aumento da frequência de saídas de casa – apontam para o aumento da insegurança em relação ao contágio, sobretudo, em momentos em que são registrados novos picos. O mapeamento demonstra que as consequências da pandemia ultrapassam o impacto na saúde física: há implicações diretas e relevantes na saúde da mente. A íntegra da pesquisa pode ser acessada clicando aqui.

Para entender o real impacto da pandemia na saúde emocional dos brasileiros, a organização não governamental Instituto Bem do Estar e a NOZ Pesquisa e Inteligência conduziram a pesquisa Saúde da Mente e a Nova Realidade, que contou com 2.565 respostas de cidadãos de todas as regiões, idades e classes sociais. O levantamento foi conduzido entre maio de 2020 e abril de 2021, em duas etapas; e integra o projeto Sociedade de Vidro, um olhar contínuo sobre a sociedade brasileira e as fragilidades emocionais. A iniciativa está baseada na produção de pesquisas e estudos qualificados para gerar o máximo de dados compilados de forma consistente e precisa, que darão suporte a ações de reflexão e conscientização.

Segundo Juliana Vanin, fundadora da NOZ Pesquisa e Inteligência e uma das coordenadoras da pesquisa Saúde da Mente e a Nova Realidade, entre os destaques do mapeamento estão as análises propositivas que a diversidade de dados possibilita. “Já se sabe, por exemplo, que depressão e ansiedade são manifestações tanto do pós-covid como das consequências indiretas da pandemia. O mapeamento realizado até aqui identifica esses fatores diretos e indiretos, tornando-se um instrumento relevante para a pauta e estratégia de saúde da mente. Os dados evidenciam, inclusive, os efeitos financeiro-econômicos sobre os sentimentos. Quanto maior o impacto na renda, maior a sensação de medo; além disso, a necessidade de corte de despesas gera interrupção da terapia, justamente quando mais seria necessária essa atenção. O planejamento de estratégias de combate à pandemia deve ser coordenado entre todas as esferas – tanto políticas quanto econômicas –, além de focar no combate ao contágio. O cuidado da saúde da mente começa com essa coordenação, mas deve também ser foco das políticas públicas, com maior investimento e relevância na pauta de saúde”, afirma a economista.

Na percepção de Isabel Marçal, cofundadora do Instituto Bem do Estar, o diferencial da pesquisa está em proporcionar pelo menos cinco minutos de reflexão aos participantes sobre os próprios sentimentos e as reações físicas diante da maior crise da contemporaneidade. “Queremos impulsionar o debate, a troca de experiências e a escuta de novas visões e percepções sobre a saúde da mente. E, o primeiro passo é entender como estão nossos sentimentos e quais reações físicas são provocadas em nosso corpo por questões emocionais. A pesquisa proporcionou, por meio do olhar para si mesmo, que levantássemos esses dados, além de outros – citados por Juliana Vanin, com possibilidade de diversos cruzamentos. A partir dos dados levantados e compilados de forma consistente, precisa e plural, poderemos, com a ajuda de especialistas convidados, observar as tendências e realizar uma análise propositiva do atual cenário brasileiro da saúde da mente”, avalia Isabel.

De acordo com a análise de Milena Fanucchi, cofundadora do Instituto Bem do Estar, a pandemia veio para ‘iluminar’ diversos problemas da nossa sociedade, entre eles, os transtornos relacionados à saúde da mente, como depressão e ansiedade. “Se, antes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já previa que, em 2020, a depressão seria a maior causa de afastamentos no trabalho – e até 2030 a doença mais incapacitante do mundo –, imagina agora? A pesquisa mostra o aumento de diversos sintomas relacionados tanto à depressão quanto à ansiedade, o que é preocupante. Por isso, é de extrema urgência informar a população sobre os cuidados com a nossa saúde da mente, para assim prevenir, principalmente, a depressão e a ansiedade”, pondera.

 

Perfil da amostra

 

No perfil da amostra, 69% de mulheres e 19% de homens cisgênero, 3% transgênicos e outros e 12% não informaram; 76% dos entrevistados são heterossexuais, 11% são homossexuais ou bissexuais e 12% não informaram. Entre os entrevistados, 47% têm filhos, sendo que 27% têm filhos com menos de três anos de idade; 49% estão em uma união estável ou são casados; 30% são solteiros; 9%, divorciados; 1%, viúvo e 11% decidiram não informar. A pesquisa contou com 64% de autodeclarados brancos; 15%, pardos; 5%, pretos; 3%, amarelos; 1%, indígena; e 12% preferiram não informar. Entre os entrevistados, 78% residem nas capitais do país; 21% moram em periferias; e 86% vivem com uma ou mais pessoas; há uma predominância de respondentes do Estado de São Paulo, somando 79% dos questionários. Na análise da faixa etária, 35% têm entre 30 e 39 anos; 24%, entre 40 e 49 anos; 17% têm mais de 50 anos; e 12%, até 29 anos. No quesito religião, a maioria de 32% se autodeclarou católica; 20% são evangélicos; 17% são espíritas; e 4% pertencem a religiões de matriz africana.

Na escolaridade, 36% têm ensino superior e 36%, pós-graduação; e 20% possuem ensino fundamental ou médio. A análise de renda é bem distribuída, sendo que 19% têm entre R$ 2.501 e R$ 5 mil; 14%, até R$ 7.500; 13% têm mais de R$ 10 mil; 7% dos entrevistados não possuem renda própria; e 5% vivem, exclusivamente, do auxílio emergencial. Em situação profissional, a amostra traz 34% que têm vínculo empregatício ou prestam serviços de maneira fixa; 11% são de empreendedores; e 29% perderam o emprego durante a pandemia – incluindo os 3% dos que estão fora do mercado de trabalho/procurando emprego e os 9% estão sem ocupação profissional/em busca.

 

PRINCIPAIS RESULTADOS DA PESQUISA

 

HÁBITOS E ROTINA

 

PRAZER | 41% dos entrevistados estão realizando, hoje, mais atividades que trazem bem-estar (leitura, música, pintura, jogos, bordado etc.); para 29% dos respondentes, essas atividades foram reduzidas, atualmente, se comparadas ao período antes da pandemia. Para 28%, a frequência permanece igual. A manutenção de uma alimentação saudável é, para 33% dos entrevistados, maior hoje contra 28% que reportam ser menos frequente do que antes do isolamento.

HORÁRIOS | Sobre os horários, 24% têm mantido uma maior rotina de alimentação e sono, ou seja, conseguem manter essa prática muito mais hoje do que antes da pandemia; para 32%, a rotina é menor do que antes do isolamento. Destaque para 41% que afirmaram que a frequência é igual.

ATIVIDADE FÍSICA | Em maio de 2020, 31% dos entrevistados estavam mantendo (ou aumentaram) a prática de atividades físicas; em abril, o percentual subiu para 44%.

SAÍDAS | Na primeira edição da pesquisa – realizada em maio de 2020 –, apenas 9% dos respondentes afirmaram estar saindo cinco ou mais vezes por semana. Com a flexibilização do isolamento, um dos fatores para o aumento da frequência tem sido a queda do home office, ou seja, o retorno ao trabalho presencial. A variação foi de 13 pontos percentuais: de 69% para 56% em fevereiro de 2021. Na análise de 2021, 37% reportaram sair de uma a duas vezes por semana; 24% saem de cinco a mais vezes semanais; somente 17% afirmaram que saem menos de uma vez por semana.

MENTE | Quando perguntados sobre a prática de atividades totalmente ligadas à mente e à rede de apoio, 23% dos entrevistados apontaram estar praticando mais meditação e 11% praticam yoga; 42% dos entrevistados estão realizando mais encontros on-line com os amigos; e 39% com os familiares.

ESPIRITUALIDADE | A análise da prática da religiosidade e espiritualidade mostrou que 29% afirmaram que nada mudou em relação a isso; 19% afirmaram que mudou pouco ou nada; 14% afirmaram que, hoje, a prática é menos frequente que antes do isolamento; e 12% disseram que continua igual, já que não é uma pessoa religiosa. Para 26%, a prática é maior hoje do que antes da pandemia. “Evangélicos e praticantes de religiões de matriz africana foram os que mais afirmaram manter uma prática superior a antes do isolamento; 36% e 35%, respectivamente”, detalha Juliana Vanin.

TERAPIA | A análise do atendimento terapêutico mostrou que 35% dos entrevistados nunca fizeram terapia, mas gostariam; 34% já fizeram, mas pararam; 21% estão fazendo, no momento; e 12% nunca fizeram e não têm vontade. Entre os entrevistados que estão fazendo terapia, 70% estão fazendo sessão on-line – formato que pretendem dar continuidade até o fim da pandemia –; 17% começaram agora como forma de aprender a lidar com a nova realidade; e 14% reduziram o número de sessões. “Vimos que 24% preferiram ou precisaram fazer uma pausa na terapia durante a pandemia. Na edição de 2021, houve um aumento de 14 pontos percentuais nesse cenário, algo que está vinculado à piora da situação financeira”, afirma Milena.

EDUCAÇÃO CONTINUADA | Durante a pandemia, a cada duas pessoas, uma passou a fazer um curso, sendo que 73% dos entrevistados optaram pelo formato on-line e 23% escolheram o híbrido (presencial e on-line); para 4%, o formato presencial foi a opção, embora as aulas tenham sido suspensas em algum momento de 2021. Na análise dos cursos, 18% optaram por ensino superior; 55%, por profissionalizante ou livre; 27%, pós-graduação e 2%, outros. Na questão sobre “o quanto considera difícil ou desafiadora a rotina de aulas on-line”, 20% acham nada difícil ou desafiadora; 39%, pouco difícil ou desafiadora; 26%, difícil e desafiadora; e 15%, muito difícil e desafiadora. Entre os maiores desafios listados: 93% disseram a concentração/prestar atenção na aula; 67%, administrar o tempo (aulas, tarefas e lazer); 61%, não encontrar os colegas; 29%, estudar sozinhos; e 22% consideram desafiante não ter acesso imediato ao professor para tirar dúvidas.

 

SENTIMENTOS

 

MEDO | Em maio de 2020, o medo era para 72% dos entrevistados o sentimento que mais havia crescido na pandemia, seguido de 70% que afirmaram estar excessivamente preocupados e 66%, inseguros. Em 2021, a maior incidência é de “emotivos e muito sensível”, com 65% dos entrevistados. “Apesar das pequenas quedas, percebe-se que os níveis de sentimentos ligados à ansiedade e à depressão ainda estão se mantendo altos por um longo período da pandemia”, analisa Isabel. Entre os entrevistados da segunda fase, 64% apontam estarem mais excessivamente preocupados hoje; 63%, mais emotivos e sensíveis; 62% sentem mais medo; 60% estão mais inseguros – o mesmo índice de mais irritados –; 57% estão sem ânimo; 55%, mais agitados (mesmo índice para os que reportam mais alterações repentinas de humor); 54% têm maior dificuldade de concentração; 47% estão com uma sensação contínua de que algo muito ruim vai acontecer; e 43% estão mais solitários. A análise traz porcentagens de entrevistados que “nunca se sentiram assim”; “têm sido igual a antes da pandemia”; e que hoje estão menos do que antes da pandemia. Quatorze por cento dos entrevistados, por exemplo, nunca se sentiram solitários – nem antes nem durante a pandemia – contra 28% que se sentem igualmente solitários.

PREOCUPADOS | 64% dos entrevistados estão se sentindo excessivamente preocupados, sendo que 28% reportaram que esse sentimento cresceu na pandemia. A análise do impacto econômico no sentimento mostra que 75% dos que estavam recebendo exclusivamente o auxílio emergencial estavam excessivamente preocupados; 77% dos entrevistados que reportam esse sentimento estão fora do mercado de trabalho; e 85% foram demitidos durante a pandemia. A sensação é a mesma para 70% dos que saem de casa até duas vezes por semana. “Quando cruzamos com a prática de atividades, 52% das pessoas que não tiveram alteração no sentimento de preocupação estão praticando yoga (contra 34% que não praticam) e 46%, meditação (contra 32% que não praticam). Os números mostram, portanto, um leve impacto positivo nessas práticas”, afirma Milena.

EMOTIVOS OU MUITO SENSÍVEIS | 63% dos entrevistados estão se sentindo mais emotivos ou muito sensíveis, sendo que 25% reportam que essa sensação aumentou muito mais. “Não há diferenças significativas entre os perfis emotivo e muito sensível. Essas sensações atingem de formas diferentes, mas chegam a todos com intensidade desde o início da pandemia. Na primeira fase do projeto, em maio de 2020, 65% dos entrevistados já se sentiam mais emotivos e muito mais sensíveis”, detalha Juliana Vanin.

MEDO | 62% dos entrevistados estão sentindo mais medo, sendo que 23% reportam que esse sentimento é maior hoje do que no início da pandemia. No cruzamento entre medo e situação financeira, a pesquisa revela que o sentimento é maior entre 75% dos que estão vivendo, exclusivamente, do auxílio emergencial e em 72% dos que estão fora do mercado de trabalho. Para 71% dos que precisaram interromper a terapia durante a pandemia, o sentimento é maior. “Novamente, ficam evidentes os efeitos financeiros e econômicos sobre os sentimentos. O desemprego tem um efeito financeiro e atinge diretamente a renda, provocando maior sensação de medo. Além disso, as incertezas e a instabilidade da economia brasileira provocam insegurança quanto ao futuro, inclusive, em curto prazo”, afirma Juliana Vanin. Para Isabel Marçal, esses efeitos também trazem consequências para o cuidado da saúde da mente. “A necessidade de corte de despesas, por exemplo, gera interrupção da terapia e de outras atividades justamente quando essa atenção é mais necessária”, ressalta.

IRRITADOS E INSEGUROS | Entre os entrevistados, 60% estão se sentindo mais irritados; essa é a mesma proporção entre os que se sentem mais inseguros.

 

REAÇÕES FÍSICAS

 

Em maio de 2020 já era possível observar o impacto das mudanças dos hábitos e das rotinas nas reações físicas – o que se manteve até aqui, inclusive, sem grandes variações de intensidade nas duas fases da pesquisa. Em 2021, 64% reportam que estão com mais falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo do que antes da pandemia; 50% com mais insônia; 49% com mais dores musculares; 40% com mais dores de cabeça; 31% com batimentos cardíacos acelerados (mais do que antes); 28% com mais problemas gastrointestinais; 19% com mais falta de ar; e 12% estão com mais libido (em resposta à questão “como o seu corpo está reagindo”).

 

TRABALHO, RENDA E IMPACTO DA PANDEMIA

 

Entre os que estão trabalhando, 47% estão no formato home office (sem previsão de retorno ao presencial); 4% estão em trabalho remoto, mas com previsão de retorno; e 5% sempre atuaram no formato de trabalho remoto. Entre os entrevistados, 14% estão retornando ao local de trabalho em alguns dias da semana; e 15% não trabalham em home office em nenhum momento.

Quando perguntados sobre a renda, 19% tiveram redução por um período (atualmente não) e 24% estão com renda reduzida; 11% afirmaram que tiveram a renda suspensa por um período e 11% estão com renda suspensa no momento.

||| METODOLOGIA DA PESQUISA | Conduzido pela NOZ Pesquisa e Inteligência – em parceria com o Instituto Bem do Estar –, o mapeamento Saúde da Mente e a Nova Realidade é uma pesquisa quantitativa on-line com questionário de autopreenchimento voluntário. Sem fins comerciais, foi realizada entre de maio de 2020 e abril de 2021 e contou com participação voluntária de 1.515 respondentes na primeira fase e mais 1.050, na segunda etapa. Os dados permitiram mapear os sentimentos, as sensações e mudanças de hábitos e rotinas durante o isolamento social. O perfil da amostra total é composto por 20% homens, 70% mulheres e 10% outros ou preferiram não informar; 75% moradores do Estado de São Paulo e 25% distribuídos por todas as regiões do Brasil e com faixas etárias e renda mensal individuais diversas. O estudo integra um grande projeto do Instituto Bem do Estar, Sociedade de Vidro – um olhar contínuo sobre a sociedade brasileira e as fragilidades emocionais. O projeto conterá estudos para que o máximo de dados sejam levantados e compilados de forma consistente e precisa, além de iniciativas de reflexão e conscientização.

 

Leia mais

  • Cansaço, depressão, videonarcisismo: os efeitos da pandemia segundo Byung-Chul Han
  • Pandemia e qualidade de vida: estudo aponta tristeza, ansiedade e solidão como sentimentos frequentes
  • “Autoexploração”: o que é e por que causa dano físico e emocional
  • “A psique precisa de apoio social”. Entrevista com Itzhak Levav
  • Procura por atendimento psicológico nas periferias aumenta durante a pandemia
  • “É um trauma que permanecerá conosco por muito tempo. Na fase 2 aumenta o risco de depressão”. Entrevista com Stefano Bolognini, psicanalista
  • O risco agora é a pandemia da mente
  • “Psicologia” da Negação e do Pânico em tempos de coronavírus
  • Covid-19 – Sentimentos depressivos estão entre os impactos do isolamento social
  • Pesquisador fala sobre como a Covid-19 tem impactado a saúde mental da população brasileira
  • Ensaio sobre o tempo des-esperado. A saúde mental em tempos de Covid-19
  • Pandemia e saúde mental: o que sabemos sobre impactos e medidas mitigadoras? Artigo de Monika Dowbor, Marilia Veronese, Lídia Ten Cate e Brenda Thamires Comandulli
  • Da pandemia à epidemia do medo. Artigo de Enzo Bianchi
  • Um novo tempo: reflexões em tempos de pandemia
  • O coronavírus de hoje e o mundo de amanhã, segundo o filósofo Byung-Chul Han
  • Os limites das políticas otimistas e pessimistas na crise do Covid-19 ou o “duelo” Slavoj Zizek vs Byung Chul Han. Artigo de Erick Kayser
  • O fator X contra a pandemia é o senso cívico. Artigo de Byung-Chul Han
  • Fase 2, o cansaço do isolamento nos leva a comportamentos errados
  • Coronavírus: políticas públicas, ciência e religião
  • Religião e a pandemia Covid-19. Artigo de Ivone Gebara

Notícias relacionadas

  • Programa habitacional brasileiro não nega o teto, mas o acesso à cidade. Entrevista especial com Lucas Faulhaber

    LER MAIS
  • "Proponho que se brinque com a criança, e não que ela brinque com o telefone"

    LER MAIS
  • Capitalismo, teu nome é solidão

    LER MAIS
  • Suicídio deve ser tratado como questão de saúde pública, alertam pesquisadores

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados