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Encontros de católicos e muçulmanos retratados em Fratelli Tutti

Foto: FlickrCC Catholicnews/Mazur

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21 Outubro 2020

“Os cristãos devem ser abertos sobre sua identidade e fé, dizia o santo, e podem testemunhar a mensagem do Evangelho quando perceberem que agrada a Deus. Para os Franciscos – tanto o papa quanto o santo – a fidelidade ao Senhor não se mede simplesmente pelas doutrinas que professamos, mas pelo modo como amamos os outros. O amor é o padrão final; quando amamos os outros como irmãos na família humana, aí está Deus”, escreve Jordan Denari Duffner, candidata ao doutorado em Teologia e Estudos Religiosos na Universidade de Georgetown, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 20-10-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Eis o artigo.

 

Logo no início do seu papado, Francisco anunciou que o diálogo com muçulmanos seria uma das prioridades do seu pontificado. Desde então, ele visitou numerosos países de maioria islâmica, encontrou-se com famílias e líderes muçulmanos, falhou profeticamente da necessidade de católicos tratarem muçulmanos com respeito – particularmente aqueles que são migrantes –, e expressou gestos significativos que falam da estima da Igreja pelos muçulmanos, declarada no Concílio Vaticano II.

Embora sua mais nova encíclica, Fratelli Tutti, nunca mencione as palavras “Islã” ou “Muçulmanos”, é parte do legado mais amplo de que Francisco deixará a Igreja nas relações católico-muçulmanas, bem como nas relações inter-religiosas de forma mais ampla.

Experiências pessoais de diálogo católico-muçulmano retratam e inspiram a Fratelli Tutti. No início do documento, Papa invoca seu próprio homônimo, São Francisco de Assis, que se encontrou com o sultão al-Malik al-Kamil em meio às Cruzadas. Ele fecha a encíclica mencionando o beato Charles de Foucauld, que viveu e morreu entre os muçulmanos no norte da África no século XX.

As próprias experiências de amizade de Francisco com os muçulmanos também conformam a encíclica. Ele escreve que sua escolha de se concentrar no tema da “fraternidade humana” foi inspirada em parte pelo documento conjunto que ele escreveu e assinou com o Grande Imám Ahmad al-Tayyeb, chefe da Al-Azhar, uma conhecida universidade e mesquita islâmica no Egito. Durante o pontificado de Francisco, os dois formaram uma amizade, e um de seus frutos foi o documento conjunto sobre os valores – informados por suas respectivas tradições de fé – que compartilham. Várias vezes ao longo da encíclica, Francisco cita sua declaração conjunta e cita uma parte significativa dela no final. A jornalista Claire Giangrave comentou que, “quase se poderia dizer que esta é uma escrita a quatro mãos. É o Papa Francisco e o Grande Imám se unindo”.

Na encíclica, Francisco também quer chamar nossa atenção para um episódio menos conhecido da vida de São Francisco. Enquanto os exércitos cristãos e muçulmanos lutavam no Egito em 1219, São Francisco foi ao acampamento do sultão muçulmano em uma tentativa de fazer a paz. O Papa chama de encontro “extraordinário”, escrevendo que São Francisco “não procurou, não travou uma guerra de palavras para impor doutrinas; ele simplesmente espalhou o amor de Deus”. Embora Francisco possa ter vindo com o objetivo de converter o sultão, ele não teve sucesso, e seus escritos posteriores mostram que ele estava comprometido com uma abordagem inter-religiosa diferente: não tentando converter muçulmanos por meio de argumentação e denúncia, mas sim vivendo ao lado deles em um espírito de presença amorosa, hospitalidade e serviço humilde.

Os cristãos devem ser abertos sobre sua identidade e fé, dizia o santo, e podem testemunhar a mensagem do Evangelho quando perceberem que agrada a Deus. Para os Franciscos – tanto o papa quanto o santo – a fidelidade ao Senhor não se mede simplesmente pelas doutrinas que professamos, mas pelo modo como amamos os outros. O amor é o padrão final; quando amamos os outros como irmãos na família humana, aí está Deus.

Não é apenas significativo que Francisco apresentou o encontro entre o santo e o sultão, mas também como ele retratou esse encontro. Como observaram os estudiosos franciscanos contemporâneos, o encontro de 1219 entre Francisco e al-Kamil foi frequentemente invocado para fins triunfalistas e visto como um incentivo ao proselitismo para os muçulmanos. São Francisco é frequentemente retratado em obras de arte e versões posteriores dessa história como um pregador dominante, em vez de um humilde servo. Ainda hoje, há debates entre os católicos sobre qual versão de São Francisco deve ser o modelo de relacionamento para com os muçulmanos.

Com esta encíclica, Francisco nos deixou conhecer a sua posição nesse debate.

Como um erudito praticante do diálogo muçulmano-cristão e alguém que estuda o pluralismo religioso, fiquei particularmente impressionado com esta frase da encíclica: “A Igreja valoriza as maneiras pelas quais Deus trabalha em outras religiões”. Francisco prossegue citando a Nostra Aetate, afirmando que a igreja “nada rejeita do que é verdadeiro e santo nessas religiões. Ela tem uma grande consideração por seu modo de vida e conduta, seus preceitos e doutrinas que... muitas vezes refletem um raio que verdadeiramente ilumina todos os homens e mulheres”.

Em vez de ver outras tradições religiosas e comunidades como concorrentes ou ameaças, Francisco quer que estejamos atentos ao que é “verdadeiro e santo” nelas, vendo essas muitas coisas como agradáveis a Deus e até mesmo como resultado da atuação de Deus entre nós. Essa linha também poderia estar falando ao que Francisco tinha em mente no documento conjunto que ele assinou com o Imám al-Tayyeb, onde eles disseram que “o pluralismo e a diversidade das religiões... são desejados por Deus em Sua sabedoria”.

Muitos católicos se irritaram e rejeitaram a noção de que Deus “deseja” a diversidade religiosa, temendo que ela subordine ou relativize o papel de Cristo. Sem explicar completamente o que pretendia com aquela passagem, Francisco em Fratelli Tutti deseja que os católicos vejam outras religiões como forças positivas no mundo, que ajudam a alcançar o propósito de Deus de fraternidade humana universal.

Vendo pessoas de outras religiões como parceiros em uma missão comum, Francisco incluiu um muçulmano, o juiz Mohamed Mahmoud Abdel Salam, como apresentador no evento para marcar o lançamento da encíclica. Esta é a primeira vez que um muçulmano apresenta uma encíclica papal, falando entre prelados católicos e nas cadeiras normalmente ocupadas por cardeais na sala sinodal.

Abdel Salam, que é ex-conselheiro do Imám al-Tayyeb que trabalha para o Comitê Superior da Fraternidade Humana para implementar o documento conjunto, disse: “Como um jovem muçulmano estudioso da Sharia, Islã e suas ciências, eu me encontro – com muito amor e entusiasmo – em acordo com o Papa, e compartilho cada palavra que ele escreveu na encíclica”.

Francisco conclui a encíclica com duas orações. Uma usa a linguagem trinitária e se destina a comunidades cristãs e contextos ecumênicos. A outra é uma “Oração ao Criador”, que usa uma linguagem com a qual pessoas de outras religiões – incluindo muçulmanos e judeus – podem se sentir confortáveis e pode ser usada em alguns ambientes inter-religiosos. Durante seu pontificado, Francisco não se esquivou de oportunidades de formas de oração inter-religiosa, e o fato de ter feito uma oração que poderia ser dita por outros crentes é uma evidência de sua profunda estima pelas outras religiões, sua confiança nas orações de não-cristãos e seu reconhecimento de que, mesmo em meio às nossas diferenças, há tantas coisas que unem a família humana.

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