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Os pés de Judas para o papa: “Parece que falam”

Foto: Fotos Públicas/Paulo Pinto

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15 Abril 2020

"Sobre ele: que é um bastardo. Sobre nós: que somos pessoas sem misericórdia. Em vez disso, o único que, de Judas, poderia dizer algo, fica em silêncio. Ajoelha-se: "Começou a lavar os pés dos discípulos" (Jo 13, 5). Os pés de Judas vêm do chamado de Cristo como de um vilarejo: “Venha e me siga, Judas! Deixo tudo imediatamente e sigo você, rabi!". Assim começou a aventura dos dois. Aqueles pés, três anos depois, pisarão em ruas sem saída: ficarão inchados, pálidos, deformados. Eles se tornarão os pés de um suicida: “Alguma coisa importa? Vou lavá-los e você continuará sendo meu amigo para a eternidade” é a inspiração do Deus-lavador".

O comentário é de Marco Pozza, padre, apresentador italiano e capelão do presídio de segurança máxima Due Palazzi, em Pádua, em artigo publicado por Il Fatto Quotidiano, 14-04-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Segurando-os na mão, o papa usou como voz os olhos: "Parece que falam!". Quem entregou a ele a escultura foi Michele, um dos que pagou doze anos de inferno na prisão: é em nome de todos os Judas da história. As unhas quebradas, pontas dos dedos lascadas, amontoados como carros no momento de um acidente. Parece o registro de uma caminhão seguido pela polícia: as estradas percorridas estão marcadas, está cobertos de poeira, fala de caminhos à beira da praticabilidade. São pés inapresentáveis, antiestéticos. Cheiram mal, causam nojo: desagradáveis. Tocá-los é como morder a si mesmo.

O fato é que, às vezes, o pé pode falar da vida melhor do que um relato: "Você escreveu essa redação com os pés?" repreende a professora quase como uma desvalorização. Escrever com os pés, ao contrário, é ter certeza de não mentir: as estradas foram essas, gostem ou não gostem. Antes de julgar um pé, seria necessário conhecer seus dedos: "A tartaruga vence de Aquiles porque conhece o caminho" (M. Enwall). É uma lei dos pés: onde quer que você vá, ali estarão. "Em nome da lei eu te condeno à morte." São os pés de Judas: foram esculpidos em um bloco de madeira de pinheiro; a escultura é obra de um descendente de Judas, um prisioneiro. As esculturas, no entanto, são como as poesias: não pertencem a quem as escreve, são material de quem as percebe como suas. Também a escultura esculpida se afasta do pai que a libertou da madeira: se deixa adotar pela alma de quem a observa. E, examinando-a, por ela é refletido.

Ao amanhecer da quarta-feira santa, o papa fez uma homilia sobre Judas: o bastardo, o amigo ingrato, o infame em toda a tropa. "Porcogiuda" dizemos como blasfêmia: e isso já diz tudo.

Sobre ele: que é um bastardo. Sobre nós: que somos pessoas sem misericórdia. Em vez disso, o único que, de Judas, poderia dizer algo, fica em silêncio. Ajoelha-se: "Começou a lavar os pés dos discípulos" (Jo 13, 5). Os pés de Judas vêm do chamado de Cristo como de um vilarejo: “Venha e me siga, Judas! Deixo tudo imediatamente e sigo você, rabi!". Assim começou a aventura dos dois. Aqueles pés, três anos depois, pisarão em ruas sem saída: ficarão inchados, pálidos, deformados. Eles se tornarão os pés de um suicida: “Alguma coisa importa? Vou lavá-los e você continuará sendo meu amigo para a eternidade” é a inspiração do Deus-lavador. Os pés, aqueles pés, a partir de então permanecerão a condenação daquele que permaneceu vivo, e não daquele que se suicidou: ou se lavam ou não se pertencerá à raça de Cristo.

Muitos viram aquele pedaço de pinheiro. Perceber que lá dentro havia dois pés, foi a inspiração de um Judas contemporâneo: o escultor é uma pessoa detida na prisão de Pádua. Suas mãos estão ensanguentadas, seus pés seguiram o caminho errado na vida, suas unhas estão marcadas pelas besteiras contra as quais ele teimosamente insistiu. "Bastardo!" é a saudação que lhe dirige quem o conhece através da leitura dos arquivos dos tribunais. "Ouvi o papa falar sobre Judas na outra manhã na televisão", confessa.

Na manhã da Via Crucis, essa escultura foi presenteada ao Papa como reconhecimento de nossa comunidade pela graça recebida: ter sido escolhidos como companheiros no caminho da cruz, em uma praça espectral como as pátrias-prisões. "São os pés de Judá: são para você, de todos nós", Michele lhe disse enquanto, agitado, entregava a escultura. O Papa, olhando para eles, ouvia a voz daqueles passos: não eram passos agudos como os saltos de um sapato de mulher, não havia o som do mocassim masculino. Eram os passos macios dos pés descalços, sem mais sapatos. Foi uma Via Crucis escrita com os pés: de Judas.

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