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26 Junho 2019

"É possível obter sucesso triunfante em uma mídia social usando uma língua que em si é morta e ter quase um milhão de seguidores diários? A resposta surpreendente é "sim", e o efeito é alcançado através do latim: nos referimos aos tweets que todos os dias o Papa Francisco dirige ao mundo inteiro usando precisamente essa língua que, estritamente falando, ainda é aquela oficial - com o italiano - da Santa Sé".

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado em Il Sole 24 Ore, 23-06-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Igreja e comunicação. Foram reunidos em um livro os tweets que o pontífice envia para o mundo usando a língua oficial da Santa Sé: o latim é ideal para essas mensagens sintéticas. É possível obter sucesso triunfante em uma mídia social usando uma língua que em si é morta e ter quase um milhão de seguidores diários? A resposta surpreendente é "sim", e o efeito é alcançado através do latim: nos referimos aos tweets que todos os dias o Papa Francisco dirige ao mundo inteiro usando precisamente essa língua que, estritamente falando, ainda é aquela oficial - com o italiano - da Santa Sé.

O Twitter nasceu em 2006, que, como é bem sabido, faz referência ao inglês to tweet, "gorjear", confia na essencialidade da mensagem baseada, primeiro em 140 e agora em 280 caracteres, e em um molde rígido que pode ser coercivo, mas também incisivo. Algum tempo atrás, parecia que estava em declínio, mas os políticos (por exemplo, Trump) deram um jeito em fazê-lo crescer e prosperar.

Sendo eu mesmo uma das presenças constantes nesse tipo de micro-blog, gostaria de destacar uma pequena mini coletânea que pertence a esse tipo de comunicação, mas com a característica indicada acima. Pretendo precisamente referir-me aos tweets papais latinos (ainda mais impressionantes são os usuários das mensagens em outras línguas) e ao relativo livreto antológico, naturalmente em língua latina desde o título: Breviloquia Francisci papae anno MMXVII composita. Assim, temos a tradução do termo tweet na língua de Cícero, breviloquium, que já é em si uma definição clara do gênero em questão. Pode até parecer paradoxal, mas o latim é a língua ideal para esse meio de anúncio. Quem explica isso é um grande latinista, Ivano Dionigi, reitor emérito da Universidade de Bolonha: “O latim é a linguagem da comunicação por excelência, sua característica é de fato o sintetismo, é uma língua sintética, não analítica. Através das declinações se poupam pronomes, artigos, preposições”.

Não por acaso, por ocasião de um concorrido diálogo sobre o latim entre estudantes crentes e não-crentes, no Maxxi, em Roma, Dionigi e eu decidimos intitulá-lo de Digito, ergo sum. Sempre à beira do paradoxo, poder-se-ia facilmente dizer que o próprio Cristo cunhou os melhores tweets. Trata-se daqueles que os estudiosos classificam como lóghia, "ditos" e que brilham por ser icásticos na tradução grega dos Evangelhos. Um exemplo para explicar melhor. O famoso aforismo de Jesus sobre o nexo entre fé e política, "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22.21), no grego original consiste em apenas 52 caracteres, incluindo os espaços entre as palavras. E vamos pensar sobre o quanto um tweet desse tipo gerou ao longo dos séculos em termos de comentários, aplicações, controvérsias e discussões. Algo semelhante também acontece com o Papa Francisco.

Vou propor dois exemplos, obviamente em um latim que considero facilmente compreensível por aqueles que falam uma língua neolatina como o italiano. Em 16 de janeiro de 2017, o pontífice recebeu o corpo diplomático para os votos de Ano Novo e fez um amplo discurso sobre a paz e, principalmente, sobre os direitos humanos e a dignidade humana. Aqui está a fulgurante síntese no breviloquium daquele dia: Númquam erit pax donec unus erit homo, qui sua in personae dignitate violatur.

O outro exemplo, por outro lado, impressiona pelo crescente medo em relação aos refugiados e a crescente xenofobia, exortando a descobrir a riqueza do encontro entre diferentes culturas: Occursus personalis cum profugis timores dissipat depravatasque doctrinas et elementum fit humanitatis incrementi.

Pode surgir uma pergunta, aliás já tratada no passado na época do Concílio Vaticano II: como traduzir para o latim palavras contemporâneas cujos conteúdos eram desconhecidos ao classicismo? Também neste caso eu escolho dois exemplos curiosos. No dia da luta contra as "minas" anti-humanos (4 de abril de 2017), a versão proposta pelo papa é com base no grego, como frequentemente ocorria no latim clássico: pyroboli, onde é evidente a referência ao fogo da explosão. E quando o pontífice quer afirmar que o cristão deve ter uma estrela polar e um guia em seu caminho moral, recorre à expressão acus magnetica, que é a tradução da agulha da bússola e até do GPS.

Sem entrar no mérito um tanto desalentador do ensino de latim em nossas escolas, lembremo-nos que o Papa Bento XVI instituiu com um Motu próprio, de 10 de novembro de 2012, uma Pontifícia Academia Latinitatis, atualmente presidida pelo mencionado professor Ivano Dionigi, dedicada a "sustentar o empenho para um maior conhecimento e um uso mais competente da língua latina, tanto no âmbito eclesial como no mundo da cultura". Esse conhecimento é necessário, por exemplo, nos estudos de teologia, filosofia, patrística, liturgia e direito canônico.

A Academia também está comprometida, com seus membros vindos de todos os continentes (incluindo a África), para promover o ensino de latim também em escolas secundárias, universidades e instituições culturais de alto nível. Já João XXIII com sua Carta Apostólica Veterum sapientia, de 22 de fevereiro de 1962, tinha exaltado essa nobre herança e Paulo VI havia fundado uma espécie de "universidade do latim", uma faculdade de letras cristãs e clássicas na Pontifícia Universidade Salesiana romana.

Mas para retornar à Academia de Latinidade, sugerimos aos leitores que apreciam o classicismo, que procurem a revista "Latinitas", uma verdadeira joia da pesquisa histórico-filológica, mas também de exercícios, crônicas e modelos didáticos. Devemos sempre ter em mente o que uma testemunha irrepreensível como Antonio Gramsci escreveu: "Não se aprende latim e grego para falar, para ser garçons, intérpretes, correspondentes comerciais. Aprende-se para conhecer diretamente a civilização dos dois povos, pressuposto necessário da civilização moderna, ou seja, para ser si mesmos e conhecer-se conscientemente”.

Mas, para concluir, vamos retornar mais uma vez aos tweets papais sobre um tema particularmente caro a ele. É um texto altamente sugestivo pelo uso de anáfora insistida e pelo crescendo verbal. Nele percebe-se o solene estilo da Cúria, mas também a paixão pessoal: Misericordia Dei aeterna est: numquam finem facit, numquam exstinguitur, numquam prae saepimentis desistit, numquam deficit. Leia-o devagar e nenhuma tradução será necessária.

Breviloquia Francisci papae anno MMXVII composita cura Officii Litterarum Latinarum apud Secretariam Status, Libreria Editrice Vaticana, Cidade do Vaticano, pag. 141, € 8 Latinitas, série nova, Pontifícia Academia Latinitatis em “Civitate Vaticana” (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.), 2 vols. anual, € 40 ambos, € 25 cada volume

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