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Para voar, além de asas, é preciso ter pés

Foto: Tomas Castelazo

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03 Mai 2019

"Seria quase matematicamente correto concluir que as frequentes etapas por que passa o migrante o desenraiza e o desterritorializa cada vez mais. Mas as coisas são bem mais complexas quando, em lugar da matemática (ou junto com ela) estão em jogo pessoas e aventuras humanas", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais.

Eis o artigo.

São numerosos, repetidos e sempre mais arriscados os voos dos migrantes. “Uma vez que arranquei as raízes da terra pela primeira vez”, dizia um deles, “agora, quanto tenho de voltar ao caminho e retomar a marcha, torna-se mais fácil”. Seria quase matematicamente correto concluir que as frequentes etapas por que passa o migrante o desenraiza e o desterritorializa cada vez mais. Mas as coisas são bem mais complexas quando, em lugar da matemática (ou junto com ela) estão em jogo pessoas e aventuras humanas. Então, desterritorialização e territorialização constituem duas faces da mesma moeda. Se é verdade que o migrante corta raízes, sofre separações, perde contatos e sente na alma a dilaceração dos afetos, também é certo que ele dificilmente levantará voo se não tiver alguma certeza de onde pousar.

Até mesmo o fugitivo, o prófugo e o refugiado, aquele que é obrigado a levantar voo para escapar da violência ou da guerra, a exemplo de quem migra por causa da pobreza, põe-se logo a costurar laços e redes no sentido de encontrar um lugar para efetuar o pouso. Desde o ponto de vista da subjetividade humana, todo processo de mobilidade pressupõe um refúgio seguro, o qual pode encontrar-se na terra de destino, no lugar de origem ou nas etapas do trânsito. O fato é que ninguém mergulha no vazio absoluto sem, de imediato, entrar em comunicação com a “torre de controle”, seja esta última um parente, um amigo, um conhecido – ou uma rede mínima de ajuda. Da mesma forma que uma aeronave em voo está sempre em contato com o sistema de controle de complexo aeroportuário, o migrante raramente se arrisca a deixar o solo sem algumas linhas de conexão que o ajudam durante o percurso.

Por isso é que para voar, além de asas, é preciso ter pés. Ave sem pés, jamais se arriscará em lançar-se no abismo do ar. Aeronave sem trem de pouso em dia, jamais poderá decolar. Com a devida adaptação, o mesmo ocorre com o migrante. Sem pontos de apoio, por mais frágeis e incertos que eles sejam, jamais se lançará em uma aventura. A análise das migrações, mesmo lidando com causas e implicações de caráter social, econômico, político e cultural ou lidando com fluxos e tendências de ordem objetiva, jamais poderá deixar de lado os conhecimentos, os contatos subjetivos, as redes familiares e de parentesco, bem como a capacidade do migrante em apelar para tais meios como bússola para o seu deslocamento. Não raro as forças cegas e férreas, impessoais e quantitativas da economia globalizada, da violência, da pobreza ou da guerra aparecem como mecanismos deterministas. Os migrantes nada mais seriam do que vítimas, marionetes e joguetes de um cenário trágico e irreversível.

Certo, o quadro das relações político-econômicas nacionais e internacionais imprimem sua marca negativa e imprevisível no trajeto do migrante. Mas este último jamais deixará de ser um sujeito de desejos, sonhos, anseios, esperanças e aspirações. E jamais deixará de mobilizar os fios invisíveis de que dispõe como estratégia para orientar positivamente seu percurso. Usará todo seu conhecimento, inteligência e criatividade, todo o peso de sua influência, para traçar a rota e o destino da própria nave, buscando um ponto de pouso o mais seguro possível. Nem sempre isso é possível, é verdade, mas não devemos subestimar sua teimosia e suas tentativas de levar a cabo um projeto pessoal/familiar. Projeto que, nos tropeços, obstáculos e adversidades do caminho, muitas vezes se bate contra as autoridades e mesmo contra as organizações solidários que tentam direcionar o rumo dos movimentos migratórios.

Não custa insistir: quem dispõe de asas para arriscar um voo é porque dispõe igualmente de pés onde aterrissar. Evidentemente, os ventos e turbulências podem desviar o curso da nave, mas é difícil que alguém migre inteiramente à deriva, como errante sem destino. Escutar os migrantes não só como vítimas passivas a serem assistidas, e sim como protagonistas, poderia ajudar na “governança” da mobilidade humana e nas políticas públicas para um novo enraizamento.

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