Governo Macron reprime manifestantes; há 30 feridos e mais de 700 detidos na França

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09 Dezembro 2018

"Coletes amarelos" são recebidos com gás lacrimogêneo e jatos de água em atos contra impostos e por políticas trabalhistas e sociais; Houve manifestações também na Bélgica, com mais de 100 detidos.

A reportagem é publicada por Rede Brasil Atual - RBA, 08-12-2018.

Com bombas de gás lacrimogêneo, jatos de água, cães e cassetetes, a polícia francesa reprimiu nesse sábado mais de 31.000 manifestantes em diversas cidades do país, 3.000 só em Paris. No total, mais de 700 foram detidos. Houve confrontos principalmente na região central da capital, onde a Torre Eiffel e o Museu do Louvre, entre outros pontos turísticos, foram fechados. Em resposta à truculência policial, "coletes amarelos" atiraram pedras e ergueram barricadas na região da avenida dos Champs Elisées. Há 30 manifestantes feridos.

Este é o quarto sábado seguido de mobilizações contra o presidente Emmanuel Macron, cuja renúncia é reivindicada em muitos cartazes. Os “coletes amarelos”, que já contam com apoio de estudantes secundaristas, iniciaram o movimento contra o aumento no imposto sobre combustíveis.

A medida, apresentada como medida ambientalista, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, chegou a ser revogada depois do início dos atos. Mas há uma semana o governo voltou atrás.

“Há um mês o problema era só o imposto do combustível. O movimento está a alastrar. O presidente estava a desprezar as pessoas. E os franceses não lidam bem com isso”, disse ao jornal Público, de Portugal, o motorista Sandro Andrade, que há cinco anos vive em Paris. “Os parisienses querem a demissão (de Macron)”.

O presidente francês, segundo o motorista, é chamado de "o presidente das pessoas ricas”, um rótulo, segundo ele, que "foi colado e não vai sair mais”. "Além de eliminar um imposto sobre as fortunas, quer impor às pessoas mais pobres a pagar pela transição ecológica. O governo quer atingir metas, mas está a atingir os mais pequenos”, disse ao Público.

A pressão dos “coletes amarelos” ganhou apoio nas redes sociais e o movimento ampliou sua pauta de reivindicações, que passou a incluir reformas no sistema tributário e na educação, políticas para os sem-teto, piso de 1.200 euros para as pensões, aumento do salário mínimo para 1.300 euros, o fim de contratações sem vínculo empregatício, idade para aposentadoria a partir dos 60 anos e dos 55 para os trabalhadores em atividades que afetem sua saúde.

Bélgica

Também houve protestos na Bélgica, onde mais de 100 manifestantes foram presos. Assim como os franceses, os "coletes amarelos" belgas são contrários a aumentos no preço dos combustíveis e tem outras reivindicações. Entre elas, a redução na carga tributária, que diminui o poder aquisitivo, e medidas de austeridade do governo. Um outro ato há havia sido promovido no último dia 30, em Bruxelas.

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