01 Junho 2018
"Os padres, nas missas de domingo em tantas paróquias do país, em boa parte fazem sermões vazios e para eles não há crise nem Francisco", escreve Luiz Alberto Gomez de Souza, sociólogo.
Eis o comentário.
A querida amiga Inês Ferreira postou a seguinte mensagem no facebook:
“Ontem fui à missa e não houve uma mísera menção à crise desses últimos dias, uma prece sequer. Como acreditar nesses religiosos? Como falam sobre a Trindade, comunidade de amor, e são incapazes de trazer à tona o sofrimento de sua comunidade, de seu povo? A missa e o Evangelho, quando se tornam uma abstração , não podem mesmo chegar ao coração dos fieis.”
Acrescentei meu comentário:
“Os padres, nas missas de domingo em tantas paróquias do país, em boa parte fazem sermões vazios e para eles não há crise nem Francisco. A fila da comunhão é tão automática como a de pôr dinheiro no ofertório. O abraço da paz fica falso, sinal protocolar de boa educação. O público está na maioria depois dos 50 anos. Que jovens dinâmicos e críticos seriam atraídos por esses rituais ocos?
E a pastoral mais importante é a do dízimo... Cumpre-se mecanicamente o preceito exigido pelo código canônico. Formalmente válido, na realidade faz lembrar os "sepulcros caiados". Rito estereotipado, difícil chamar de celebração da comunhão. Onde fica o chamado de Jesus à misericórdia e ao Amor? E depois se queixam da multiplicação de pequenas comunidades pentecostais onde as pessoas são chamadas pelos nomes e se sentem acolhidas...
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Uma Igreja rotineira que resiste ao chamado de Francisco - Instituto Humanitas Unisinos - IHU