História LGBT católica: teólogo irlandês pede maior aceitação dos gays

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05 Abril 2018

O mês de São Patrício está chegando ao fim. Durante esse período, o Bondings 2.0 trouxe a história de um desfile na cidade de Nova York que negou a permissão a um grupo LGBT de marchar, assim como outras notícias sobre algumas das polêmicas em torno do Encontro Mundial das Famílias, a acontecer na Irlanda em agosto.

Nesse sentido e buscando um passado mais positivo, vasculhamos os nossos arquivos e encontramos uma reportagem do National Catholic Reporter, de 17-03-2000, sobre um destacado teólogo irlandês que defendeu a igualdade para lésbicas e gays.

A reportagem é de Francis DeBernardo, publicada por New Ways Ministry, 28-03-2018. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

O Pe. Enda McDonagh proferiu uma palestra a um congresso católico do “Lesbian and Gay Christian Movement” naquele ano em Londres. Na ocasião, enfatizou o que chamou de “o Reino de Deus às avessas”, e traçou uma relação disso com a comunidade lésbica e gay, dizendo:

“Sem ser paternalista, a muitíssimos católicos, a muitíssimos cristãos, a muitíssimas pessoas religiosas e não religiosas, os gays e lésbicas são estranhos que inspiram medo ao invés de amor, que não recebem a prioridade na pregação ou promoção do Reino de Deus. O que precisamos enquanto Igreja e sociedade é deixar que esta riqueza surja para todos nós”.

McDonagh também pedia que os católicos gays e lésbicas usassem suas experiências de marginalização para ajudar a construir uma Igreja e sociedade mais justa:

“Honestamente acredito que o desafio aos católicos gays e lésbicas, hoje, é como poderão nos libertar, enriquecer a comunidade a qual pertencemos, é saber como fazer com que a visão e percepção de vocês sobre os valores do reino estejam livres para nos libertar.

Vocês são um dos grupos que podem nos ajudar a encontrar o espaço que podemos chamar de católico e livre no sentido paulino de ser livre como os filhos de Deus. Na própria estranheza de Deus, encontramos a união, a comunhão dos discípulos de Jesus, do povo de Deus, dos seres humanos, todos criados por aquele Deus amoroso e chamados a florescer em comunhão”.

McDonagh aposentou-se da carreira de professor de teologia moral e direito canônico pela Pontifícia Universidade de Maynooth, na Irlanda. Os bispos irlandeses que estão organizando o Encontro Mundial das Famílias bem fariam consultá-lo sobre como melhor acolher as famílias com membros LGBTs no evento de agosto em Dublin. Eles já prometeram essa inclusão, porém tomaram também decisões conflitantes com esta postura.

A sabedoria de McDonagh e o seu exemplo de acolhida seriam de grande valia. O mais importante de sua mensagem preferida na palestra de 2000 não foi só que a Igreja não deve temer as pessoas LGBTs, mas também beneficiar-se dos dons e espiritualidade delas.

Este seria um acréscimo abençoado ao Encontro Mundial das Famílias.

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