Chile. O Papa Francisco vai se reunir com vítimas da ditadura

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12 Janeiro 2018

O Papa Francisco encontrará duas vítimas da ditadura militar chilena e não exclui um possível encontro privado com vítimas de abusos sexuais praticados por sacerdotes durante sua próxima viagem, informou o Vaticano.

A reportagem é publicada por El Financiero, 11-01-2018. A tradução é de André Langer.

O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, fez os comentários durante o anúncio dos detalhes da viagem de 15 a 21 de janeiro para o Chile e o Peru.

O encontro com duas vítimas do regime de Pinochet ocorrerá no dia 18 de janeiro em Iquique, cidade situada no norte do Chile. Burke não deu detalhes, mas disse que entregariam a Francisco uma carta.

Burke também foi perguntado sobre se o pontífice se encontrará com vítimas de abusos sexuais. Burke disse que não havia nenhuma reunião planejada, “mas isso não significa que seja impossível”.

Ele disse que essas reuniões convêm que sejam realizadas em privado e que “era claramente um tema importante” no Chile, onde o escândalo prejudicou gravemente a credibilidade da Igreja católica.

Esta semana, a base de dados on-line www.BishopAccountability.org disse que encontrou 78 sacerdotes ou membros de ordens religiosas acusados com fundamento ou condenados por abuso de menores.

Francisco teve encontros não anunciados no Vaticano e nos Estados Unidos com vítimas de abusos, mas vários sobreviventes questionaram o cumprimento de seu compromisso de “tolerância zero” para os abusos.

Embora nunca tivesse que enfrentar a crise dos abusos em sua Argentina natal, o pontífice conhece profundamente a experiência da região com as ditaduras militares das décadas de 1970 e 1980. O primeiro papa latino-americano era o superior dos jesuítas argentinos durante a “guerra suja”, quando a junta militar provocou a morte ou o “desaparecimento” de milhares de supostos esquerdistas.

No vizinho Chile, onde um sangrento golpe militar elevou o general Pinochet ao poder, cerca de 40 mil pessoas foram mortas, presas ou torturadas por razões políticas. O governo estima que 3.095 pessoas foram assassinadas, número que inclui 1.200 desaparecidos.

Francisco fez seu noviciado jesuíta no Chile, na década de 1960, e alguns clérigos estão entre os seus amigos e colaboradores.

Seu objetivo ao visitar o Chile e o Peru é destacar a situação dos povos indígenas e do delicado ecossistema amazônico.

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