ONU: "A Birmania parece aplicar limpeza étnica contra os Rohingyas"

Mais Lidos

  • Lucernário "Entrego, Confio, Aceito, Agradeço" - Rezando com os desalentados das tragédias climáticas"

    LER MAIS
  • Há 50 anos morria o homem que explicou a pobreza no Brasil

    LER MAIS
  • Direitos sim, fordismo não!

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

13 Setembro 2017

"As operações militares da Birmânia contra os Rohingyas parecem aplicar os princípios da limpeza étnica". É uma acusação muito dura de Zeid Ràad al Hussein, Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, diante da Comissão das Nações Unidas em Genebra. "O governo birmanês, que negou o acesso aos nossos observadores, deve parar imediatamente esta cruel operação militar, desproporcional e que desrespeita o direito internacional", acrescentou o jordaniano Zeid, "e deve parar de dizer que os Rohingyas queimam suas casas, porque isso é negar completamente a realidade e é um dano grave para a credibilidade internacional de Mianmar".

A informação é publicada por Repubblica, 11-09-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.

A crise dos Royinghas, uma minoria muçulmana da Birmânia há meses em fuga para o Bangladesh por causa dos ataques do exército de Mianmar, piora diariamente. De acordo com os cálculos da ONU, agora já são mais de 270 mil refugiados que se deslocaram para o país vizinho. As histórias dos sobreviventes, que como a ONU e várias ONGs falam de perseguição por parte da Birmânia, são aterradoras: aldeias inteiras queimadas, causando inúmeras mortes, incluindo muitas mulheres e crianças. A Anistia Internacional fala até de minas terrestres colocadas pelo governo birmanês para expulsar os s e impedir seu retorno. No final de agosto, o Papa Francisco havia lançado um apelo para "salvar os Rohingya perseguidos".

Um drama que gerou indignação em nível internacional, também contra Aung San Suu Kyi, a líder em cargo do Mianmar e Prêmio Nobel da Paz em 1991, acusada por muitos observadores de cumplicidade no massacre dos Royinghas.

Após a consternação expressada por outros prêmios Nobel, como a jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, Desmond Tutu, Muhammad Yunus e Shirin Ebadi, também falou o Dalai Lama: "Aquelas pessoas", disse o líder espiritual tibetano e budista como Suu Kyi "que estão atacando alguns muçulmanos, deveriam lembrar-se que Buda em circunstâncias semelhantes teria, sem dúvida, ajudado aqueles pobres muçulmanos. É por isso que eu sinto tanta, tanta tristeza". Aung San Suu Kyi respondeu vagamente às críticas nos últimos dias acusando, por sua vez, "as falsas notícias virais" que desvirtuam os fatos.

Zeid também falou sobre a Venezuela. Contra Caracas poderá em breve ser iniciada uma investigação das Nações Unidas para avaliar se nos confrontos dos últimos meses ocorreram "crimes contra a humanidade." Segundo os levantamentos da ONU, continuou ele, existe "a possibilidade que tenham sido cometidos crimes desse tipo". A Venezuela imediatamente negou as acusações, definindo-as de "insensatas".

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

ONU: "A Birmania parece aplicar limpeza étnica contra os Rohingyas" - Instituto Humanitas Unisinos - IHU