'Considero Lula um líder, não um chefe', diz Tarso

Mais Lidos

  • O celibato de Jesus: “O que o Papa disse me deixou com um enorme desacordo”. Artigo de Eduardo de la Serna

    LER MAIS
  • A nova extrema-direita e sua atração pela Bíblia e pelas religiões

    LER MAIS
  • Os ataques aéreos permitidos contra alvos não militares e o uso de um sistema de inteligência artificial permitido ao exército israelense levam a cabo sua guerra mais mortífera em Gaza, revela uma investigação de +972 e Local Call

    Uma fábrica de assassinatos em massa

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

22 Junho 2017

O ex-ministro Tarso Genro afirma que a candidatura do ex-presidente Lula deve ser amparado por "um leque de forças que vá do centro progressista à esquerda social-democrata e socialista".

Crítico ao comando do PT, ele participou no domingo de uma reunião com integrantes do PSOL e de movimentos de esquerda para construir uma frente e um programa de esquerda.

A entrevista é de Catia Seabra, publicada por Folha de S. Paulo, 22-06-2017.

Eis a entrevista.

Qual razão o levou a participar de uma reunião ampla, já que não tem comparecido às reuniões do PT?

Tenho participado de foros da esquerda para debater uma nova frente e um programa de transição de uma economia liberal-rentista, que nos sufoca, para uma desenvolvimentista nacional-popular, que privilegie a distribuição de renda e o emprego. Esta reunião era para ser reservada. Por isso, não vou falar sobre ela.

Por que o sr não tem ido às reuniões do PT?

Cristalizou-se uma maioria na nossa direção cuja agenda é meramente defensiva em relação ao que nos aconteceu com o impedimento de Dilma. Não estou falando que é preciso fazer uma autocrítica como penitência, mas que seria necessário examinarmos em profundidade as escolhas econômicas e políticas que fizemos e nos tornaram reféns de uma confederação de investigados e denunciados, que eram nossos aliados, e aderiram, sem pudor, a um programa liberal-rentista.

É uma resposta à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que disse que o partido não deveria se açoitar?

Não estou respondendo a Gleisi. Acho que ela até foi uma boa solução, renovadora dentro da atual hegemonia. Mas, se não abrir o debate à esquerda, a própria candidatura de Lula será prejudicada.

A presença do sr. na reunião pode ser vista como uma disposição de deixar o PT?

Não tenho nenhuma decisão sobre deixar o PT.

Quando diz que ainda não tomou decisão, é porque não descarta a hipótese?

Partido não é religião, nem sociedade secreta organizada com cruzamento de sangue. Atualmente, não vejo um instrumento melhor do que o PT, com suas grandezas e misérias, para atuar politicamente com realismo e esperança.

O sr. informou a Lula sobre a reunião de domingo?

Minha relação com Lula se baseia no fato de que reconheço nele a melhor liderança do PT e do país. Mas não temos qualquer dever de subordinação pessoal na nossa militância. Considero Lula um líder e não um chefe.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

'Considero Lula um líder, não um chefe', diz Tarso - Instituto Humanitas Unisinos - IHU