Militantes de Mélenchon pedem o voto em branco ou nulo na eleição francesa

Mais Lidos

  • Há 50 anos morria o homem que explicou a pobreza no Brasil

    LER MAIS
  • Da escola neoliberal à educação democrática. O papel da filosofia na revolução democrática da educação. Artigo de Christian Laval

    LER MAIS
  • A sucessão de golpes militares na África francófona reflete mudanças geopolíticas complexas, o papel da França na região e a necessidade de sair do círculo vicioso de eleições-golpes de Estado fraudulentos

    Françafrique ou como acabar com a lógica neocolonial. Entrevista com Amzat Boukari-Yabara

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

03 Mai 2017

Dois terços dos insubmissos de Jean-Luc Mélenchon votarão em branco ou se absterão no segundo turno das presidenciais francesas, que se realizam no domingo que vem. Somente 35% dos simpatizantes do líder da esquerda radical dirigirão seu voto ao centrista Emmanuel Macron no duelo em que enfrenta a ultradireitista Marine Le Pen. É o que demonstra a consulta realizada pela Internet durante a última semana, para a qual foram chamados a participar os 450.000 membros da coalizão França Insubmissa, a plataforma eleitoral liderada por Mélenchon.

A reportagem é de Álex Vicente, publicada por El País, 02-05-2017.

O resultado do voto, divulgado pela organização nesta terça-feira, retrata um partido dividido em três partes. Um total de 36% dos participantes votará em branco ou nulo, 35% optarão por Macron e os 29% restantes apostarão na abstenção. Votar pela Frente Nacional de Le Pen não figurava entre as opções propostas. A França Insubmissa lembrou que a consulta não equivale a um compromisso de voto, deixando seus membros livres para votar como desejarem. Mélenchon, que obteve 19,6% dos votos no primeiro turno, em 23 de abril, declarou na sexta-feira que não votará na Frente Nacional, mas se negou a dar uma orientação ou diretriz.

“Não é preciso ser um especialista para adivinhar o que vou fazer”, insinuou, mas não quis dar mais indicações em nome da unidade de sua família política. Mélenchon tem outras contendas eleitorais em mente. Em especial, as eleições legislativas de junho, nas quais busca revalidar seu status de primeira força da esquerda na França, em meio à profunda crise vivida pelo Partido Socialista, que obteve 6,3% dos votos no primeiro turno, seu pior resultado desde os anos 60. O silêncio de Mélenchon diante do perigo de ver a ultradireita no poder lhe rendeu numerosas críticas ao longo da última semana.

O resultado da votação esfria um pouco mais as relações entre a França Insubmissa e o Partido Comunista Francês, uma das legendas que lhe dão apoio. “Quando Marine Le Pen está às portas do poder, o resultado da consulta é uma má notícia”, reagiu Igor Zamichiei, membro da executiva do Partido Comunista. Seu secretário-geral, Pierre Laurent, pediu o voto em Macron para impedir que Le Pen chegue ao poder.

Apesar de tudo, o resultado dessa consulta, da qual participaram 243.000 simpatizantes inscritos na França Insubmissa, pode diferir em relação ao comportamento final de seus sete milhões de eleitores. Segundo uma pesquisa publicada nesta terça-feira, 52% dos eleitores de Mélenchon no primeiro turno apoiarão Macron. Um total de 31% se absterá ou votará em branco, enquanto os 17% restantes darão seu voto a Le Pen.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Militantes de Mélenchon pedem o voto em branco ou nulo na eleição francesa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU