21 Novembro 2016
“Faça a lista dos políticos mais próximos a Temer. Cruze com os nomes mais cotados para aparecerem nas delações que já vêm vindo. Estão todos lá. Todos. Não, não tem nenhum fora. Se o computador do procurador Deltan Dallagnol estiver funcionando, o PowerPoint com Temer no meio se monta sozinho” – Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia – Folha de S. Paulo, 21-11-2016.
“As prisões de Sergio Cabral e Anthony Garotinho serviram como válvulas de escape para as frustrações da população do Rio de Janeiro com o ajuste fiscal em curso. Há uma sensação de que, se haverá cortes em serviços essenciais, salários e aposentadorias, ao menos os culpados pela crise foram presos” – Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia – Folha de S. Paulo, 21-11-2016.
“Se Geddel continuar, o legado de Calero terá sido o de revelar a cultura de tráfico de influência, abuso de poder e patrimonialismo do governo Temer” – Chico Alencar, deputado federal – PSOL-RJ – Folha de S. Paulo, 21-11-2016.
“Nos momentos mais decisivos, a tendência do ser humano é procurar a sua turma. Foi o que fez Michel Temer quando teve que montar sua equipe ministerial. Para o time palaciano, o presidente escalou apenas amigos. É compreensível. Temer tem afinidade com sua turma. Se não há concordância em tudo, ao menos não existe discordância no essencial” – Josias de Souza, jornalista – portal Uol, 21-11-2016.
“A articulação do novo partido de esquerda que alas do PT e do PSOL discutem com MTST é paralela à formação de uma frente ampla nos moldes da uruguaia. A divergência é em relação a Ciro Gomes (PDT), possível nome da frente para 2018” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-11-2016.
“A encrenca do prédio de Salvador já virou processo judicial. Compreende-se que vendedores e compradores de apartamentos avaliados em cifras que roçam a casa dos R$ 3 milhões constituam advogados para guerrear contra a avaliação técnica do Iphan. É do jogo. O que deixa “todo cidadão preocupado” é o fato de um integrante da turma de Temer achar normal a tentativa, ainda que frustrada, de usar o prestígio do cargo público para defender interesse privado” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-11-2016.
“Dependendo do modo como reagir, Temer pode aproximar seu governo do bom senso ou reforçar a sensação de que também acha natural que a essência de sua turma seja uma ideia qualquer de excepcionalidade que faz dos amigos do poder seres superiores à turma dos sem-turma” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 21-11-2016.
“Aos pouquinhos, vai ficando claro que o Senado não tem um presidente. Renan Calheiros é que tem o Senado. A vida pública de Renan não é do interesse de ninguém. O país é que atrapalha a vida privada do senador. A República virou um puxadinho da cozinha de Renan, num processo muito parecido com o que os historiadores costumam chamar de patrimonialismo” – Josias de Souza, jornalista – portal Uol, 19-11-2016.
“O Brasil tem que ter cuidado para não irritar Renan Calheiros. Irritado, Renan paralisaria a votação das reformas. Renan já coleciona 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Uma dúzia de processos! A 12ª investigação acaba de ser aberta. Mas não convém falar sobre isso em voz alta. Faça como o Planalto, o Congresso e o próprio Supremo. Suprima dos seus hábitos o ponto de exclamação. Vamos lá, é pelo bem da República. É absurdo? Sim, mas o absurdo vai adquirindo uma admirável naturalidade” – Josias de Souza, jornalista – portal Uol, 19-11-2016.
“Trump é uma pessoa incontrolável, uma bala perdida. Isso não agrada os republicanos do Congresso. Estão nervosos, ninguém sabe realmente o tipo de políticas que Trump apoia. Prefeririam ver o previsível, cristão e conservador Mike Pence, o vice-presidente de Trump, como presidente” – Allan Lichtman, professor de história, que previu em setembro que o candidato republicano, Donald Trump, ganharia as eleições presidenciais de 8 de novembro e agora prevê a sua destituição – El País, 20-11-2016.
“Trump mostrou diversas vezes ser alguém que respeita pouco a lei. O Departamento de Justiça demonstrou que discriminava os afro-americanos nos processos de contratação de suas empresas. Sua fundação (Fundação Trump) não está registrada como uma ONG no Estado de Nova York, onde opera, algo que é ilegal. Foi demonstrado que essa mesma fundação fez doações ilegais para a campanha do magnata. Há muitas evidências de que Trump também usou essa fundação para pagar dívidas pessoais” – Allan Lichtman, professor de história, que previu em setembro que o candidato republicano, Donald Trump, ganharia as eleições presidenciais de 8 de novembro e agora prevê a sua destituição – El País, 20-11-2016.
“Trump também violou o embargo contra Cuba quando isso era um crime sério. Doze mulheres alegam que ele as assediou sexualmente, alguma delas poderá denunciá-lo. E não nos esqueçamos que foi a denúncia de Paula Jones que abriu a porta para o impeachment de Bill Clinton” – Allan Lichtman, professor de história, que previu em setembro que o candidato republicano, Donald Trump, ganharia as eleições presidenciais de 8 de novembro e agora prevê a sua destituição – El País, 20-11-2016.