Ceará pode proibir pulverização aérea de agrotóxicos

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

19 Julho 2016

Um projeto de lei quer proibir a pulverização aérea de agrotóxicos no Ceará. A medida está sendo estudada após inúmeras denúncias do uso indevido da técnica que acabou lançado pesticidas sobre comunidades locais e em áreas de manancial. 

A informação é publicada por Agência Brasil, 17-07-2016.

O PL recebeu o nome de Lei Zé Maria do Tomé, líder comunitário e ambientalista de Limoeiro do Norte (CE) assassinado em 2010, conhecido por lutar a favor da proibição do método. Cinco meses após conseguir fazer passar na câmara do município uma lei para proibir a pulverização aérea de agrotóxicos, Tomé foi morto com 19 tiros e, um mês depois, a lei foi revogada. Agora a lei estadual tramita na Assembleia Legislativa do estado. O texto foi aprovado em duas das seis comissões da casa que receberam a proposta de lei.

Já existem instruções normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, editada em 2008, que determina limites para a pulverização aérea de agrotóxicos e pesticidas entre cidades, povoados, mananciais de água e agrupamentos de animais, entre 250 e 500 metros. Entretanto inúmeros relatos chegaram até a Assembleia Legislativa do Ceará mostrando que as regras não são respeitadas.

A moradora Socorro Guimarães, 42 anos, diz ter perdido 120 galinhas, em 2010, após uma chuva de agrotóxicos cair sobre sua família e propriedade. Já a professora Raquel Rigotto, do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), conta que em 2007 presenciou a prática durante um trabalho de campo sobre os impactos da exposição de agrotóxicos sobre a saúde. “Inclusive, quem nos avisou foi o Zé Maria. Ele nos mostrou galinhas mortas no quintal, roupas no varal com cheiro de veneno”, contou.