O Serviço Jesuíta aos Refugiados: Devemos enfrentar de imediado a emergência escolar das crianças sírias

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08 Janeiro 2016

São aproximadamente 2,8 milhões de crianças sírias que não vão a escola devido à guerra. 550 mil deles estão refugiados no Líbano. O centro do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) sediado em Jbeil garante assistência escolar a 500 crianças sírias, oferecendo a eles, também, apoio psicossocial. Uma experiência que permite encostar a mão a verdadeira “emergência escolar e educacional” que precisa ser enfrentada com urgência caso não se queira comprometer o futuro de uma geração inteira de jovens sírios.

A reportagem foi publicada por Agenzia Fides, 05-01-2016. A tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.

Do relatório de atividades do centro Jbeil, difundido pela JRS, aparece que todas as crianças assistidas foram atingidas de uma forma mais ou menos traumática pelas consequências da guerra. Alguns experimentaram a violência doméstica e, a maior parte, atualmente vive em residências inadequadas e superlotadas. Na maior parte dos meninos, a vivência traumática tem consequências negativas no comportamento, a iniciar pela constante incapacidade de permanecer em sala de aula. Uma condição que está sendo encarada com muita paciência, tendo sempre presente – ressalta Majed Mardini, professor junto ao centro escolar de Jbeil – que as crianças sírias “precisam de mais do que uma formação tradicional”. Todos os professores são chamados a desenvolver também uma obra de assistência social e psicológica. “Muitos dos meninos” fala Mardini “não sabem como estão na escola. Ensinamos as crianças como elas devem se comportar, como interagir com os outros, mas acima de tudo, como se deve querer uns aos outros”.

Somente um trabalho diário e ao longo do tempo permite que sejam obtidos resultados gratificantes e que sejam registradas melhoras efetivas no comportamento e na capacidade de aprendizagem das crianças. Muitos deles – contam os colaboradores – com o tempo reconhecem a escola como o único lugar onde conseguem ser felizes, e não querem interromper a frequência nos períodos de férias, que para muitos representa um tempo de tristeza e abandono. Qualquer que seja o futuro deles, na Síria ou em outros lugares, “a educação” percebe Mardini “é a única forma para construir um futuro para estas crianças”. (GV)

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