A força oculta do evangelho

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11 Julho 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Mateus capítulo 13,1-23 que corresponde ao 15° Domingo do ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto.

A parábola do semeador é um convite à esperança. O semear do evangelho, muitas vezes inútil por diversas contrariedades e oposições, tem uma força irreprimível. Apesar de todos os obstáculos e dificuldades, e mesmo com resultados muito diferentes, o semear termina em colheita fecunda que faz esquecer outros fracassos.

Não devemos perder a confiança por causa da aparente impotência do reino de Deus. Sempre parece que “a causa de Deus” está em declínio e que o evangelho é algo insignificante e sem futuro. E, no entanto não é assim. O evangelho não é uma moral ou uma política, nem sequer uma religião com maior ou menor futuro. O evangelho é a força salvadora de Deus “semeada” por Jesus no coração do mundo e na vida dos homens.

Empurrados pelo sensacionalismo dos atuais meios de comunicação, parece que só temos olhos para ver o mal. E já não sabemos reconhecer essa força da vida que se encontra oculta por aparências mais desencorajadoras.

Se pudéssemos observar o interior da vida, ficaríamos surpreendidos ao encontrar tanta bondade, entrega, sacrifício, generosidade e amor verdadeiro. Há violência e sangue no mundo, mas cresce em muitos, o desejo de uma verdadeira paz. Impõe-se o consumismo egoísta na nossa sociedade, mas são bastantes os que descobrem o gozo de uma vida simples e partilhada. A indiferença parece ter apagado a religião, mas em não poucas pessoas desperta-se a nostalgia de Deus e a necessidade de oração.

A energia transformadora do evangelho está aí trabalhando a humanidade. A sede de justiça e de amor continuará a crescer. O semear de Jesus não terminará em fracasso. O que se nos pede é acolher a semente. Não descobrimos em nós mesmos a força que não provém de nós e que nos convida a crescer incessantemente, a ser mais humanos, a transformar nossas vidas, a tecer novas relações entre as pessoas, a viver com mais transparência, a abrir-nos com mais verdade a Deus?

 

 

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