Canadá pressiona o Papa para que se desculpe com os povos indígenas

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03 Mai 2018

Os deputados canadenses aprovaram, na terça-feira, por uma ampla maioria, uma moção para pedir ao Papa Francisco que se desculpe pessoalmente com as crianças indígenas canadenses que foram separadas de suas famílias e abusados sexualmente em internatos católicos.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 02-05-2018. A tradução é do Cepat.

Com 260 votos a favor e 10 contra, a moção insta o Papa a cumprir uma das recomendações de 2015 da Comissão da Verdade e a Reconciliação do Canadá.

Os deputados pedem “as desculpas papais oficiais pelo papel desempenhado pela Igreja católica canadense no estabelecimento, operações e maus-tratos nos internatos”.

Há um mês, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, já se manifestou “muito decepcionado” pela falta de resposta da Igreja.

“Após ter examinado atentamente o pedido” formal de desculpas da Igreja, o Papa “sentiu que não pode responder pessoalmente”, escreveu em março o bispo Lionel Gendron, presidente da Conferência Episcopal do Canadá, em uma carta aos povos indígenas.

A Comissão da Verdade e a Reconciliação do Canadá pediu em suas recomendações que o Papa apresente, “em nome da Igreja Católica Romana, desculpas aos sobreviventes, suas famílias e comunidades em questão pelo abuso nos planos espiritual, cultural, emocional, físico e sexual que as crianças das Nações Originárias, inuit e metis, experimentaram em internatos administrados pela Igreja católica”.

Depois de ouvir durante seis anos os depoimentos de quase 7.000 ex-alunos, muitos dos quais foram submetidos a maus-tratos ou abusos sexuais, a comissão chegou à conclusão de que houve um “genocídio cultural”.

No ano passado, Trudeau convidou o Papa Francisco a visitar o Canadá para pedir desculpas aos povos indígenas, pelo bem da reconciliação.

Desde fins do século XIX até os anos 1970, mais de 150.000 crianças nativas norte-americanas, das etnias inuit e metis, foram arrancados de suas famílias e de sua cultura e obrigados a ingressar em internatos geridos por instituições cristãs sob a autoridade do governo federal, onde muitos deles sofreram abusos.

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