23 Outubro 2017
Votação miúda
“Marcada para quarta-feira, a votação da segunda denúncia da Procuradoria contra Michel Temer tornou-se um jogo jogado. O presidente está salvo. Mas um grupo de mágicos do centrão, com ascendência sobre partidos como PR, PP e PSD, discute a sério a hipótese de fazer sumir dos 263 votos que livraram Temer da primeira denúncia. A ideia é impor ao presidente uma vitória mixuruca, obrigando-o a remodelar o governo. A prioridade do grupo é lançar ministros do PSDB ao mar, para ocupar-lhes as poltronas” – Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 22-10-2017.
Valdemar
“Ao farejar a fritura do centrão, Temer tenta saltar da frigideira antes de quarta-feira. Vem daí as declarações de amor do presidente à bancada ruralista. Vem daí também o desmonte do programa de privatização do governo. Temer já retirou do pacote o aeroporto de Congonhas. Fez isso para adoçar os humores de Valdemar Costa Neto, o condenado do mensalão que manda no PR. O partido controla a Infraero. Manda e, sobretudo, desmanda nos negócios aeroportuários. E Temer não pode dar-se ao luxo de trocar Valdenar pela iniciativa privada”– Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 22-10-2017.
‘Vai que cola’
“Michel Temer adotou um novo modelo de administração. Governa o país seguindo o método conhecido como do ‘vai que cola’. Fraco e impopular, o presidente é refém de apoiadores arcaicos. Para se manter no Planalto, Temer faz qualquer negócio. No seu governo, as coisas não são certas ou erradas. Elas são absorvidas ou pegam mal. A portaria que dificulta o combate ao trabalho escravo pegou mal. Pegou muito mal. Ao perceber que a coisa não colou, Temer ensaia um ajuste na pose” – Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 22-10-2017.
Moral da sobrevivência
“O que assusta no governo Temer não é a sua crueldade. Se os primeiros meses da atual gestão ensinaram alguma coisa é que ninguém deve esperar qualquer tipo de hesitação altruísta do PMDB. Temer avança ou recua segundo a moral da sobrevivência”– Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 22-10-2017.
200 deputados ruralistas governam o país
“Assustadora mesmo é a sina dos brasileiros. Depois de serem despudoradamente assaltados por sucessivos governos, os mais de 200 milhões de brasileiros passaram a ser governados por 200 deputados da bancada ruralista da Câmara, cuja prioridade é escravizar Temer para levar o Brasil até o século 16” – Josias de Souza, jornalista – Portal Uol, 22-10-2017.
O caldeirão de Huck
“Uma eventual candidatura de Luciano Huck ao Planalto saiu do anedotário. Na última semana, o apresentador tornou-se assunto central em conversas de grandes investidores e analistas do mercado. Ele é visto como a alternativa mais palatável entre os outsiders. Representaria o pensamento liberal para a economia, sem conservadorismo nos costumes. No mundo político, movimento semelhante. Pesquisas que chegaram a ele e a partidos indicam forte potencial de voto no Nordeste” – Daniela Lima, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-10-2017.
Escolinha
“O apresentador tem feito uma série de reuniões reservadas com alguns dos mais influentes empresários e economistas do país. Sempre ouve mais do que fala. Não evidencia intenção de ser candidato, mas diz que quer conhecer projetos para o país. Armínio Fraga faz às vezes de cicerone” – Daniela Lima, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-10-2017.
Bichos estranhos
“Desde o Junho de 2013, a desertificação da política partidária apenas aumenta. Nesse ambiente, aparecem bichos políticos estranhos” - Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-10-2017.
É a cara dele
“Medíocre, corrompido e atrasado, nosso futebol tem o rosto de Temer” – Juca Kfouri, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-10-2017.
Obscurantismo
“Vivemos tempos de obscurantismo em todos os setores. A saúde sofre, a educação é uma lástima, a cultura é atacada pelo que há de mais retrógrado, a economia tenta voltar à escravidão, até um alcaide sem noção se arvora em especialista em alimentação, acostumado com o caviar dele de cada dia, mas capaz de propor ração a quem não tem onde cair morto, por culpa dele, por sua culpa, pela minha, pela nossa, que construímos uma nação infame. Como o futebol escaparia?” – Juca Kfouri, jornalista – Folha de S. Paulo, 22-10-2017.
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