A notícia foi dada pelo cardeal Angelo Bagnasco, ao término da missa da manhã celebrada na Basílica de São Pedro, com todos os coirmãos bispos: o Papa Francisco escolheu o cardeal Gualtiero Bassetti como novo presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI).

A reportagem é de Paolo Rodari, publicada por La Repubblica, 25-05-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O arcebispo de Perugia, 75 anos, havia sido o primeiro e o mais votado na terça-feira pela assembleia, depois Brambilla e Montenegro, respectivamente bispos de Novara e Agrigento. Francisco o tinha indicado há muito tempo como o homem certo depois da década de Bagnasco.

Há poucas semanas, ele havia prorrogado o seu mandato em Perugia até os 80 anos. E, em 2014, também havia rompido, com ele, a tradição que dizia que o barrete vermelho devia ser concedido apenas às dioceses chamadas de cardinalícias, criando-o, surpreendentemente, cardeal. A sua ascensão na CEI foi freada pela avaliação de que era melhor que Bagnasco continuasse o seu caminho até o fim do mandato e, ao mesmo tempo, pela necessidade de dar à própria CEI novos procedimentos para a eleição do presidente: com a nomeação de Bassetti, pela primeira vez, a eleição ocorreu depois que a assembleia indicou ao papa uma lista de três nomes sobre a qual, depois, ele escolheu livremente.

Pouco depois do anúncio de Bagnasco, Bassetti quis se encontrar brevemente com a imprensa. Ele agradeceu ao papa “pela coragem que mostrou ao me confiar essa responsabilidade no crepúsculo da minha vida. É realmente um sinal de que ele crê na capacidade dos velhos de sonhar... Os velhos também terão sonhos e visões”, disse. E confessou ter recebido um telefonema afetuoso dos jovens do Mondo X, do Pe. Eligio, “que me disseram: ‘Continue sendo um pai para nós’. Eu considerei essa como a recomendação mais importante, a de continuar sendo um pai”.

Bassetti confidenciou que não tem “programas pré-preparados para oferecer, porque, na minha vida, com os escoteiros e como jovem padre, eu sempre fui muito improvisador”. E disse que quer trabalhar “com todos os bispos, grato pela confiança que me asseguraram”.

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