Argentina. Ex-chefe do Exército é preso por crimes cometidos na ditadura

Foto: NCN

Mais Lidos

  • Legalidade, solidariedade: justiça. 'Uma cristologia que não é cruzada pelas cruzes da história torna-se retórica'. Discurso de Dom Domenico Battaglia

    LER MAIS
  • Estudo que atestava segurança de glifosato é despublicado após 25 anos

    LER MAIS
  • Momento gravíssimo: CNBB chama atenção para votação e julgamento sobre a tese do Marco Temporal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: João Flores da Cunha | 21 Fevereiro 2017

César Milani, ex-chefe do Exército da Argentina, foi preso no dia 17-02 por delitos cometidos durante a última ditadura do país (1976-1983). Ele é acusado de sequestrar três pessoas entre 1976 e 1977. Milani exerceu a função no governo de Cristina Fernández de Kirchner.

A ex-presidenta, assim como seu marido, Néstor Kirchner, impulsionou uma política de direitos humanos que buscou conduzir à Justiça os responsáveis pela repressão de Estado nos anos 1970. Milani foi indicado ao cargo de chefe do Exército no final de 2013 e nele permaneceu por um ano e meio.

A nomeação provocou polêmica à época: foi a primeira vez em mais de 20 anos que um militar investigado por violações aos direitos humanos ascendeu na carreira. À época, a líder da organização Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, ligada ao kirchnerismo, comparou os críticos da indicação de Milani àqueles que acusaram o cardeal Jorge Bergoglio de ter sido cúmplice da ditadura, dizendo que em ambos os casos, os críticos estavam equivocados.

Milani foi preso preventivamente por conta do sequestro de Verónica Matta, em 1976, e os de Ramón e Pedro Olivera, em 1977. Os três sobreviveram, embora Pedro Olivera tenha ficado com sequelas por conta da tortura sofrida na prisão. Milani, que era subtenente do Exército na época, se negou a declarar perante o juiz sobre as acusações de sequestro.

Ele já era investigado por conta da desaparição, tortura e assassinato do soldado Alberto Ledo, em 1976. Ledo, um estudante de História que prestava o serviço militar obrigatório, era assistente de Milani. Até hoje, não há evidência sobre seu paradeiro.

Além dos crimes de lesa-humanidade, Milani também é acusado de enriquecimento ilícito. Em 2010, ele adquiriu uma casa por um valor que seria incompatível com sua renda.

Leia mais: