20 Fevereiro 2017
“O ministro Celso de Mello tem razão. O ministério dado pelo Temer ao Moreira Franco em nada se parece com o cargo que a Dilma queria dar ao Lula. A principal diferença é que o Temer inventou um ministério exclusivamente para acolher o amigo. Alvejou duas coisas com um decreto só: a ética e a austeridade propagada pelo seu governo. O codinome do Moreira Franco na Polícia Federal é “Angorá”, e Temer o tratou com o carinho que só um bicho de muita estimação merece. O que não deixou de ser bonito, como qualquer manifestação de amizade” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 20-02-2017.
“Vivemos hoje, no Brasil, à beira de um cinismo terminal, que aumenta cada vez que um Jucá, um Padilha, um Eunicio Oliveira, um Rodrigo Maia, um etc. abre a boca. A desmoralização da classe política no Brasil levará algumas gerações para ser sanada, no futuro” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 20-02-2017.
“Mas talvez nosso futuro não seja o desejado. Jair Bolsonaro vem aí. Ele foi o segundo colocado, depois do Lula, numa pesquisa recente sobre intenção de voto em 2018. Bolsonaro presidente? Impensável, claro. Como a eleição de Trump nos Estados Unidos. Que você viva em tempos interessantes, é o que os chineses desejam ao pior inimigo” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 20-02-2017.
“"Se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios". A frase de Darcy Ribeiro (...) foi profetizada em 1982, quando o antropólogo se elegeu vice-governador do Rio na chapa de Leonel Brizola” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 19-02-2017.
“Darcy dizia ver duas opções na vida: se resignar ou se indignar. Escolheu a segunda, e culpava a indiferença da elite pelo atraso do país. "O Brasil tem um bolsão de gente que vem da escravidão, oprimido, marginalizado. Enquanto não incorporar este bolsão, o Brasil não existirá como gente civilizada", avisava” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 19-02-2017.
Com falsa modéstia, Darcy dizia que sua aventura não deu certo. "Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu" – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 19-02-2017.
“Em conversas recentes com governadores, Temer tem demonstrado grande preocupação com o risco de greve de policiais durante o feriado de Carnaval” – Paulo Gama e Thais Arbex, jornalistas – Folha de S. Paulo, 19-02-2017.
“A jararaca engordou e dificilmente o risco Lula será liquidado pela Lava Jato. Primeiro porque não será fácil torná-lo inelegível, com uma condenação de segunda instância, antes do pleito do ano que vem. Mesmo que isso aconteça, Lula poderá tirar um poste da manga. Joaquim Barbosa, por exemplo” – Elio Gaspari, jornalista – Correio do Povo, 18-02-2017.
“A jararaca está viva, engordou e arma o bote. Quem o viu no velório da mulher pode ter percebido uma emoção verdadeira, dentro da qual havia instantes úteis a uma retórica eleitoral” – Elio Gaspari, jornalista – Correio do Povo, 18-02-2017.
“Juros altos representam uma impressionante transferência de renda de toda a sociedade para uma parcela relativamente pequena, os portadores de títulos da dívida, os chamados rentistas. Basta dizer que, em apenas um ano, os rentistas (5 milhões de famílias?) recebem do governo, via juros, o que os beneficiários do Bolsa Família (14 milhões de famílias) levam 14 anos para ganhar” – Clovis Rossi, jornalista – Folha de S. Paulo,19-02-2017.
“Eduardo Cunha planejava passar o Carnaval no Rio. Obrigado a ficar em Curitiba, decidiu retaliar antigos companheiros de folia. É o que indica o novo questionário que ele enviou à Justiça Federal” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 17-02-2017.
“O correntista suíço voltou a arrolar Michel Temer como testemunha de defesa num processo por corrupção. Desta vez, na ação que investiga fraudes em fundos administrados pela Caixa Econômica Federal. Cunha fez 19 perguntas, reproduzidas pelo site da revista "Época". Elas tratam de acertos com empreiteiras para bancar campanhas do PMDB e falam explicitamente no pagamento de "vantagens indevidas", eufemismo jurídico para propina” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 17-02-2017.
“Não é à toa que continua a pressão pelo fim da "alongada prisão" do correntista suíço” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 17-02-2017.