Onças vivem em árvores durante o período de inundação na Amazônia

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10 Setembro 2016

Trabalho inédito comprova que onças, em vez de buscarem terra firme na época de cheia, ficam de três a quatro meses por ano sobre as árvores.

Um mundo de água. A expedição do Globo Repórter partiu rumo a Mamirauá. No rio Solimões, uma pequena casa flutuante serviu de base para a equipe. Não há por onde andar. Está tudo alagado e a capacidade de adaptação é o único caminho para a sobrevivência. Homens e animais precisam lidar com os extremos da natureza.

A reportagem é publicada por G1, 03-09-2016.

No período de cheias na Amazônia, a água invade a grande floresta ao longo de três, quatro meses, formando os igapós, as florestas de várzea, onde os animais procuram sobreviver no topo das árvores durante a inundação.

Em Mamirauá, a 60 quilômetros da cidade de Tefé, no estado do Amazonas, os pesquisadores estudam o comportamento das onças, que passam a viver numa imensidão de mais de 1,1 milhão de hectares de selva inundada. É um trabalho inédito, comprovar que as onças ficam de três a quatro meses sobre as árvores.

“Elas se alimentam, a principal presa são as preguiças, elas se movimentam de uma árvore para outra, elas acasalam , elas se reproduzem”, explica a médica veterinária Louise Maranhão.

Os pesquisadores do Instituto Mamirauá descobriram que em vez das onças se afastarem, em busca de terra firme, elas ficam por ali mesmo. O monitoramento é feito através do sinal de colares.

“Para colocar o rádio-colar, nós precisamos capturar os animais. Nós fazemos biometria do bicho, exame clínico geral, para saber como é que está a saúde, e fotografamos para fazer a parte de identificação das pintas do indivíduo”, diz Louise.

Na seca, em março deste ano, os pesquisadores capturaram mais uma onça, a quem deram o nome de Fofa. E ao examinarem a Fofa, perceberam que ela estava grávida.

“Ela pariu dois filhotes, e está muito bem nas árvores”, conta a médica veterinária.

Os pesquisadores precisam seguir a trilha das onças, mas com a área alagada, elas não deixam rastro nem pegadas. As onças se movimentam com agilidade pela copa das árvores e podem nadar longas distâncias pela área alagada. Por isso, mesmo com a ajuda dos equipamentos, é tão difícil achar onde elas estão. O objetivo é rastrear toda a área em que os pesquisadores captaram o sinal mais recente da Fofa. A aproximação é um momento delicado. É preciso manter uma distância segura.

Com o olhar experiente dos guias, a pesquisadora Wezzdy del Toro consegue se equilibrar de pé na canoa e procura a Fofa com a câmera. Até que os pesquisadores encontram a onça, camuflada na copa da árvore. Lentamente, encarando a câmera, ela se move entre os galhos. E logo atrás está um filhote. Um momento de incrível sintonia com um animal selvagem, do topo da cadeia alimentar.

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