Imagem de Nossa Senhora Aimara vestida como “cholita” é entronizada em templo boliviano

Mais Lidos

  • “A destruição das florestas não se deve apenas ao que comemos, mas também ao que vestimos”. Entrevista com Rubens Carvalho

    LER MAIS
  • Povos Indígenas em debate no IHU. Do extermínio à resistência!

    LER MAIS
  • “Quanto sangue palestino deve fluir para lavar a sua culpa pelo Holocausto?”, questiona Varoufakis

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

15 Agosto 2016

O bispo da cidade boliviana de El Alto, o italiano Eugenio Scarpellini, deu, no último sábado, sua bênção à entronização, em um templo, de uma inédita escultura de Nossa Senhora vestida como “cholita” Aimara dessa região.

A reportagem é publicada por Terra, 13-08-2016. A tradução é de André Langer.

Scarpellini celebrou uma missa para a entronização da imagem em uma capela do Bairro Ventilla de El Alto, cidade próxima a La Paz, onde dezenas de pessoas devotas de Nossa Senhora manifestaram sua religiosidade com cantos Aimaras, constatou a agência Efe.A reportagem é publicada por Terra, 13-08-2016. A tradução é de André Langer.

“É a primeira vez que vejo uma imagem assim, vestida como ‘cholita’, e é algo bonito, realmente, para significar desta maneira a proximidade de Nossa Senhora como mãe para com as mulheres que vivem em El Alto e no altiplano”, declarou Scarpellini.

A escultura religiosa inclui a manta, a saia colorida e o típico chapéu-coco das “cholitas”.


Nossa senhora vestida como cholita/ Fonte: http://bit.ly/2b83yNe

 Também carrega o Menino Jesus nas costas em um “aguayo”, um tecido colorido com motivos indígenas, como habitualmente o fazem as mulheres Aimaras em El Alto e da zona andina da Bolívia.

As roupas são simples como aquelas usadas pelas “cholitas” Aimaras. Mas, na igreja, algumas pessoas comentaram que com o tempo a imagem seguramente será ornamentada com várias joias e luxos pela influência do setor burguês das “cholas” empresárias.

A iniciativa da Nossa Senhora “cholita” partiu da idosa Aimara Toribia Quispe, que explicou que recorreu a um pequeno champéu-coco para cobrir uma coroa estragada em outra pequena imagem mariana.

Depois, decidiu vesti-la como ela mesma se veste após receber a aprovação de seus vizinhos e de suas filhas, que antes foram irmãs.

Os sacerdotes da capela Senhor da Exaltação, com a ajuda dos moradores, encarregaram-se de fazer uma escultura maior, que hoje começou a ser objeto de devoção nessa cidade, habitada em sua maioria por uma população Aimara proveniente do campo.

Os religiosos explicaram que se trata de uma escultura de Nossa Senhora da Assunção, que, na Bolívia, é chamada de Nossa Senhora de Urcupiña, embora os devotos queiram chamá-la de Virgem de Ventilla.

Os fiéis também propuseram que o pequeno templo onde agora está a nova imagem seja proclamado Santuário. No entanto, Scarpellini explicou que o caminho para isso é muito longo, porque primeiro deve converter-se em um centro de peregrinação.

O bispo de El Alto concluiu que o que aconteceu no templo é uma demonstração de que o culto a Nossa Senhora está muito arraigado entre os católicos bolivianos.

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Imagem de Nossa Senhora Aimara vestida como “cholita” é entronizada em templo boliviano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU