Papa Francisco e o desafio de não ter "o fedor das coisas fechadas"

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05 Mai 2016

"Nós, cristãos, não devemos ser pessoas fechadas, porque teríamos o fedor das coisas fechadas. Nunca! Devemos sair." É o convite dirigido, de improviso, pelo papa na parte final da catequese da Audiência dessa quarta-feira, dedicada ao Bom Pastor, durante a qual criticou o "fechar-se em si mesmo, na pequena comunidade, na paróquia", dizendo: "Nós, os justos".

A reportagem é do sítio do Servizio Informazione Religiosa (SIR), 04-05-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

"Isso acontece quando falta o impulso missionário que nos leva a encontrar os outros", explicou o papa, sublinhando que, "na visão de Jesus, não há ovelhas definitivamente perdidas: para Deus, ninguém está definitivamente perdido, nunca! Até o último momento, Deus nos busca. Pensem no bom ladrão".

"Deveríamos refletir frequentemente sobre essa parábola, porque, na comunidade cristã, sempre há alguém que falta e foi embora, deixando o lugar vazio", é o conselho de Francisco: "Às vezes, isso é desencorajador e nos leva a acreditar que é uma perda inevitável, uma doença sem remédio. É então que corremos o perigo de nos fechar dentro de um redil, onde não haverá o cheiro das ovelhas, mas o fedor de fechado!".

A "perspectiva" de Deus, em vez disso, "é totalmente dinâmica, aberta, estimulante e criativa, nos leva a sair em busca de tomar um caminho de fraternidade."

"Nenhuma distância pode manter o pastor longe, e nenhum rebanho pode renunciar um irmão", advertiu o papa: "Encontrar quem se perdeu é a alegria do pastor e de Deus, mas também a alegria de todo o rebanho! Todos nós somos ovelhas reencontradas e reunidas pela misericórdia do Senhor, chamadas a reunir junto com Ele todo o rebanho!".