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Os "movimentos católicos" contra o imperialismo eclesial

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02 Agosto 2011

As acusações do primeiro-ministro irlandês à cultura clerical católica não têm precedentes, se considerarmos que vêm do governo de um país de maioria católica. Hoje, a Igreja Católica mundial deve salvar a si mesma da ameaça de se sentir segura à sombra do seu próprio império.

A opinião é de Massimo Faggioli, doutor em história da religião e professor de história do cristianismo no departamento de teologia da University of St. Thomas, em Minneapolis-St. Paul, nos EUA. O artigo foi publicado na revista Europa, 29-07-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O escândalo dos abusos sexuais cometidos pelo clero, que havia iniciado em Boston exatamente 10 anos atrás, em uma Igreja Católica ainda em grande parte etnicamente irlandesa, parece agora tocar o ponto politicamente mais crítico justamente na Irlanda.

Como se diz nos Estados Unidos, "the luck of the Irish": a proverbial "sorte dos irlandeses" se revolta contra a Igreja-mãe da nação do trevo, cujos eminentes teólogos chegam a pedir a renúncia de todos os bispos nomeados por Roma antes de 2003. Em 1945, De Gaulle havia chegado a pedir a cabeça de 30 bispos comprometidos com o regime pró-nazista de Vichy. Mas as acusações do primeiro-ministro irlandês à cultura clerical católica não têm precedentes, se considerarmos que vêm do governo de um país de maioria católica.

O alinhamento entre clero e governo irlandeses, críticos contra a gestão vaticana do escândalo, remonta a muito tempo, àquele século XI em que, justamente em torno do poder de conferir legitimidade aos bispos da Igreja Católica Romana, havia se produzido a mais grave crise nas relações entre papado e império: naquele tempo, fracassou a tentativa do imperador alemão Henrique IV de formar uma Igreja dócil ao império e de despedaçar a comunhão católica em "Igrejas nacionais" sujeitas ao poder secular.

Hoje, sobre a capacidade de Roma de se recuperar da crise gerada pelo "sex abuse scandal", está em jogo o futuro da Igreja, e não apenas no Ocidente. Da eleição de Bento XVI em diante, tentou-se esclarecer as regras que a Igreja Católica se dá quando surgem suspeitos e casos de abusos sexuais. Mas resta muito a ser feito: de um lado, o último passo do Vaticano, em maio passado, foi aprovar "linhas diretrizes" que não têm a força legal de normas verdadeiras.

Diante de uma reação vaticana que lembra os patches do Windows, os retalhos que de vez em quando são costurados em uma roupa velha, a política de defesa por parte do pontificado, até agora, foi uma política das nomeações: confiar-se a bispos de confiança, não só nomeados pelo papa (conforme o direito canônico), mas também escolhidos pessoalmente por Bento XVI.

O seu perfil é o de um catolicismo visivelmente identitário: as nomeações mais importantes anunciadas recentemente para sedes cardinalícias, em Milão, Berlim, Los Angeles, Nova York e Filadélfia, tentam construir uma imagem de uma Igreja na ofensiva, consciente de um desafio epocal trazido de fora.

Do desafio vem de dentro da Igreja, no entanto, não há pistas. Mas a realidade da Igreja é outra, e desse ponto de vista o passo inesperado do governo irlandês representa uma ajuda para Roma, porque permite que se jogue a carta do confronto entre a Santa Sé e os Estados: um campo em que Roma vence mesmo quando perde.

Mas o campo de desafio hoje não é entre a Santa Sé e os governos anticatólicos. Na Áustria, um abaixo-assinado da Igreja de base convida publicamente clero e leigos/as a desobedecer as normas da Igreja sobre as questões mais prementes (celibato do clero e papel das mulheres na Igreja). Na Alemanha, os bispos abriram um debate com os leigos católicos alemães, que, em alta voz, pediam há muito tempo que se retome aquela experiência fundante para a Igreja pós-conciliar que foi o Sínodo de Würzburg de 1971 a 1975.

Sem falar da situação da Igreja na China, sabe-se que na África multiplicam-se os casos (mantidos longe da opinião pública) de bispos e clero afastados depois de terem sido "descobertos" com mulher e filhos. Na Austrália, um bispo foi investigado e licenciado por ter dito aquilo que dizem muitos teólogos e também alguns cardeais já aposentados e, portanto, não mais licenciáveis.

Nos Estados Unidos, o estado do diálogo dentro da Igreja está no nível mais baixo de sempre e não só por causa dos desvios daqueles que ordenaram mulheres sacerdotes desde já forçadas à clandestinidade: bispos e teólogos não perdem a chance de dar voz a si mesmos sobre as mais diversas, e a Conferência dos Bispos norte-americana está praticamente silenciosa diante da carnificina social levada adiante pelos republicanos, aos quais os bispos não querem deixar de dar o seu apoio político em nome da luta contra o aborto.

Enquanto na Itália nos interrogamos sobre as perspectivas futuras de um novo partido católico, nos Estados Unidos, todos sabem que o partido dos bispos católicos já existe e é o Partido Republicano.

O problema da Igreja mundial de hoje é a dissociação entre a sua imagem oficial e os problemas em aberto: em uma época sem movimentos político-sociais significativos, a Igreja tem "movimentos católicos", que, em grande parte, perpetuam a ilusão de uma Igreja em paz consigo mesmo por estar em guerra com o mundo.

Na Idade Média, a Igreja Católica teve que se furtar da ameaça de um império decidido a submetê-la: dessa crise, nasceu o papado moderno e uma Igreja hierárquica e clerical que, até hoje, fez do catolicismo romano a marca mais facilmente identificável entre todas as centenas de formas diferentes de cristianismo.

Hoje, a Igreja Católica mundial deve salvar a si mesma da ameaça de se sentir segura à sombra do seu próprio império: a Roma vaticana em risco de se tornar um parque temático, a Disneylândia do catolicismo que já foi.


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