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09 Julho 2011

Em duas obras recém-lançadas no Brasil, o esloveno Slavoj Zizek imagina alternativas para um mundo que vê marchar em direção a um capitalismo autoritário no modelo chinês.

O artigo é de Jorge Barcellos, doutorando em educação pela UFRGS, coordenador do Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre, publicado no jornal Zero Hora, 09-07-2011.

Eis o artigo.

O que torna profundamente atual o pensamento do esloveno Slavoj Zizek, de quem a editora Boitempo acaba de lançar Em Defesa das Causas Perdidas e Primeiro como Tragédia, depois como Farsa, é seu trabalho sobre a ideologia. Não se trata da retomada de O Mapa da Ideologia, obra sua já conhecida dos brasileiros, mas do aprofundamento de aspectos de O Sublime Objeto da Ideologia (Siglo XXI, 2005, inédito no Brasil). Nesse livro de 2005, Zizek integrou de forma original as percepções psicanalíticas da fantasia à crítica marxista da ideologia. Isto lhe lhe permitiu, pela primeira vez, propor uma teoria de como funciona a ideologia no plano subjetivo: "Não existe a crença comum, o que existe é a crença em que os outros creem".

Zizek reconstrói os processos que fazem homens, em determinadas circunstâncias, justificarem e darem um ar de verdade a uma mentira, numa espécie de construção coletiva . O "vamos fingir que as regras funcionam" oculta, entretanto, o fato de que as instituições no capitalismo contemporâneo estão falidas e ninguém de fato acredita nelas. Agimos como na fantasia de Papai Noel: nem os adultos nem as crianças acreditam mais nele. Pior: agimos assim com nossas instituições, inclusive com a democracia. A subjetividade também está sob tremenda pressão da ideologia: cuidado, o capitalismo quer dar um significado a sua vida, diz Zizek. Ele toma como exemplo os anos que passamos consumindo publicidade, uma das melhores formas de se pensar o que acontece com nossa subjetividade. Nos anos 1960, a propaganda automobilista vendia as qualidades de um carro; nos anos 1970, o status que ele oferece ao consumidor para finalmente, hoje, ser a promessa de libertação da sociedade opressora.

Para Zizek, o capitalismo contemporâneo é profundamente ideológico: "A política desse capitalismo é a despolitização para que não haja mais uma ideologia clara". Na sociedade de consumo (um conceito caro a Baudrillard), a ideologia vendida é a ideologia da diversão como na expressão latina Carpe diem ("Aproveitem o dia"). Nada mais comprovador do conceito de Lacan – apropriado por Zizek – de gozo excedente, um gozo que nos suborna para mascarar os nossos problemas. A solução, para Zizek, é o retorno à noção de economia política tal como proposta por Marx: politizar a economia, e é nesse sentido que Zizek mais se aproxima de outro teórico do marxismo, Robert Kurz. A ideologia do capitalismo contemporâneo, sustenta Zizek, quer que acreditemos que a economia não tem nada haver com a política: ela quer uma sociedade apolítica, e para isso constrói a ideia de que é besteira discutir política. Nisto reside a radicalidade de Zizek: ele quer que a democracia se garanta sem as influências das pressões de mercado.

Yannis Stavrakakis, em A Esquerda Lacaniana – Psicanálise, Teoria, Política (Fondo de Cultura Econômica, 2010, inédito no Brasil), deu-se conta que o pensamento de Zizek consolidou-se ao longo dos últimos 15 anos, período em que a psicanálise e a teoria lacaniana passaram a ser recursos importantes na reorientação da teoria política contemporânea. Essa posição, para qual boa parte dos cientistas políticos torce o nariz, origina-se no próprio pensamento de Lacan, que não foi apolítico – ao contrário, fez críticas ao American way of life, ao capitalismo americano e à sociedade de consumo, o que o levou a associar sua noção de mais-gozo à noção de mais-valia de Marx. Nesse caminho estão Zizek, Cornelius Castoriadis, Alain Badiou e especialmente Ernesto Laclau, para quem "a teoria lacaniana aponta ferramentas decisivas para a formulação de uma teoria da hegemonia", daí a definição de seu horizonte teórico-politico em termos de "esquerda lacaniana", nítido campo de intervenções políticas e teóricas a partir da psicanálise – mas não somente dela – que parte para a crítica da hegemonia capitalista contemporânea.

Em Primeiro como Tragédia, depois como Farsa, lançado simultaneamente pela Verso (Londres) e Flamarion (Paris) em 2009, Zizek pergunta se estamos preparados para a história que se impõe sobre nossas cabeças desde os ataques de 11 de Setembro. Ele mostra as manobras por detrás das ideologias levantadas pela atual crise (2008) e que levou bilhões de dólares para os bancos. Para Zizek, o que é profundamente ideológico é tratar as crises do capitalismo como algo estranho ao próprio capitalismo, ideia que deseja vender a imagem de um mercado capitalista regulado de outro modo. Ao contrário, ele nos mostra cada vez mais o capitalismo sobrevivendo abaixo de terapias de choque, num mercado que exige violência extramercado para seu funcionamento.

Já na obra Em Defesa das Causas Perdidas, Zizek vai contra o pensamento hegemônico que vê a democracia liberal, as vezes dita pós-moderna, como o melhor dos mundos frente ao passado das lutas comunistas. Isso não quer dizer que as "causas perdidas" que defende estejam abrigadas pelo teto do Fórum Social Mundial: para Zizek, seu lema "Um outro mundo é possível" mostra que seus protagonistas ainda relacionam-se demais com a estrutura já posta pelo capitalismo. Para fazer seu caminho, ele faz a opção por retornar ao marxismo a sua maneira, o que tem o peculiar efeito de chamar a atenção mundial sobre sua obra: não há dúvida, o que Zizek faz é tornar sedutor o marxismo para as novas gerações. Para isso articula Lacan, Hegel e Marx com cinema, música, cultura popular e a crítica dos objetos de consumo. Em Defesa das Causas Perdidas, entretanto, padece do problema comum aos grandes pensadores contemporâneos: como produzem demais, escrevem demais, torna-se frequente encontrar traços de obras anteriores nas seguintes. Não há como deixar de ver no capítulo 2, Lições do Passado, o eco de suas obras anteriores sobre Robespierre e Mao, ou dos estudos anteriores que fez sobre o stalinismo publicados em espanhol. Há, entretanto, reflexões sobre o pensamento de Heidegger extremamente originais e que não haviam aparecido anteriormente, contudo. E é claro, Zizek sempre é um grande contador de causos que sintetizam brilhantemente suas ideias. Em um determinado momento de sua obra, ele cita a ficha de um hotel americano: "Prezado cliente: para garantir que você vai desfrutar sua estadia conosco, o fumo está totalmente proibido neste hotel. Qualquer violação deste regulamento resultará numa multa de US$ 200". Assim é o capitalismo, diz Zizek: estamos condenados a ser castigados se recursarmos a desfrutá-lo plenamente. Zizek quer nos mostrar o cinismo do capitalismo contemporâneo em sua caminhada em direção a um capitalismo autoritário, contrário ao direitos humanos, como anuncia o caso chinês. E o grande perigo é que ele pode estar certo.


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