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23 Outubro 2013

Na cidade de Kitzingen, no sul do Estado alemão da Baviera, celeiros comuns abrigam algumas galinhas resultantes de pesquisa intensa. O prédio contém duas fileiras de gaiolas de arame altas, cada uma com três metros de comprimento e dois metros de largura. Cada gaiola contém 24 galinhas. Elas parecem saudáveis e vigorosas. Alguns estão em poleiros, outras ciscando o chão e algumas poucas estão nos ninhos no fundo do galinheiro.

A reportagem é de Michael Fröhlingsdorf, publicada no revista Der Spiegel e reproduzida pelo Portal Uol, 21-10-2013.

Esta nova linhagem, "Lohmann Dual", é marca registrada da maior produtora mundial de galinhas produtoras de ovos, Lohmann Tierzucht, com sede em Cuxhaven, no Estado da Baixa Saxônia, no norte da Alemanha. Elas foram criadas pelo diretor administrativo e geneticista chefe da Lohmann, Rudolf Preisinger. Há anos, o professor de 55 anos trabalha nesta linhagem – cruzando espécies, medindo as aves, contando os ovos e pesando a alimentação.

Agora ele viajou até este celeiro de teste dirigido pelo Centro Estadual de Pesquisa Agrícola Bávara, onde as aves serão comparadas com outras espécies sob condições controladas. Preisinger bate palmas fortemente e então observa cuidadosamente suas aves. Centenas de galinhas ficam em silêncio por um segundo e esticam seus pescoços, mas nenhum voa em pânico. "É assim que deve ser", diz o geneticista, "animais muito calmos, de boa índole".

A nova raça de Gallus gallus domesticus, a galinha, é uma pequena sensação no setor agropecuário. A ave é a primeira galinha chamada de duplo propósito entre os produtos da empresa, cujos viveiros na Alemanha produzem cerca de 45 milhões de galinhas por ano. Isso significa que nova raça fornece tanto ovos quanto carne: as fêmeas da raça supostamente botam 250 ovos por ano, enquanto os machos dão bons frangos de corte a uma idade de 70 dias.

Solução para o 'assassinato em massa' de galos

Lohmann criou a galinha de duplo propósito em resposta às crescentes críticas às práticas convencionais na produção moderna de ovos. Milhões de galos pertencentes às raças produtoras de ovos são destruídos logo após saírem do ovo. Eles são inúteis para o setor avícola porque não botam ovos e, por causa de sua raça, não produzirem muita carne. Os galos são atirados vivos em uma espécie de moedor de carne, chamado macerador, então descartados como refugo. Ou são sufocados com dióxido de carbono. Isso ao menos permite que suas carcaças sejam usadas como ração em zoológicos e fazendas de répteis.

Por anos, ativistas de direitos dos animais e associações de consumidores condenam esse "assassinato em massa" nos viveiros como um dos excessos perversos da avicultura fabril movida pelo lucro. A legalidade desse abate também é alvo de considerável debate: as leis de proteção dos animais da Alemanha proíbem a morte de vertebrados sem "causa razoável". Até agora, as autoridades locais vinham tolerando a prática, ao menos quando os galos mortos eram vendidos como ração animal.

Mas no final de setembro, Johannes Remmel, o ministro da Agricultura do Estado de Renânia do Norte-Vestfália, no oeste da Alemanha, decidiu intervir. "Esta prática é absolutamente abominável. Nós não podemos permitir que animais se transformem em objeto de um sistema industrializado e superaquecido", diz Rammel, que é membro do Partido Verde pró-meio ambiente. O ministro ordenou que as autoridades locais proíbam a morte de galos com apenas um dia de vida no ano que vem. A Baixa Saxônia, o Estado com o maior número de viveiros, talvez seguirá o exemplo em breve. Christian Meyer, companheiro de partido de Remmel e seu par na Baixa Saxônia, está atualmente explorando a possibilidade de introduzir a proibição.

A principal causa das mortes em massa é a industrialização da avicultura. Até os anos 60, as galinhas eram criadas juntas com muitos outros animais nas fazendas. As galinhas botavam ovos e quando sua produtividade caia, elas iam para a panela. Os galos eram vendidos no mercado como frango de corte. Com o aumento da demanda por carne e ovos, os criadores buscaram otimizar os animais –as galinhas produtoras de ovos magras e resistentes; os frangos de corte carnudos. Desde então, há raças produtoras de ovos e raças para produção de carne.

Jogo de números

Uma raça produtora de ovos consegue produzir 310 ovos por ano, 100 a mais que suas ancestrais há 50 anos. Mas elas quase não produzem carne. Em comparação, as raças voltadas para carne pesam 2 quilos em cinco ou seis semanas. Então elas são abatidas antes de se tornarem sexualmente maduras.

Atualmente, a indústria usa virtualmente apenas híbridos: galinhas de alto desempenho produzidas pelo cruzamento de várias raças. Isso é um bom negócio para empresas como a Lohmann porque os animais – em comparação com as aves de raça pura – não procriam nas fazendas. Os produtores de ovos e carne precisam comprar continuamente novas galinhas dos criadores.

Os criadores de galinhas até mesmo conseguiram introduzir um gene cujo único propósito é facilitar a identificação do sexo das aves. Machos e fêmeas apresentam coloração ligeiramente diferente nas penas, permitindo que possam ser rapidamente separados após saírem dos ovos.

A galinha de duplo propósito criada por Preisinger pode colocar um fim ao massacre de galos que ocorre desde a introdução dos híbridos. Mas há problemas: os animais ainda não são muito eficientes, apesar de todos os esforços do criador. "As galinhas botam menos ovos do que as híbridas produtoras de ovos. Seus irmãos precisam de 50% mais ração do que os frangos de corte convencionais antes de estarem prontos para o abate", reconhece Preisinger.

Obstáculos do consumidor

Além disso, os frangos vendidos no supermercado sempre parecem redondos e compactos, enquanto as galinhas de duplo propósito tendem a ser mais longas e ossudas. Enquanto as galinhas híbridas para carne tem carne de peito, a nova raça tem um osso esterno saliente. Por outro lado, a ave tem coxas mais carnudas. "Os consumidores teriam que querer algo assim", diz um grande criador.

Mas os consumidores –e consequentemente o varejo– anseiam por um peito de frango leve; o terço traseiro do corpo da ave é em grande parte invendível. Apenas três fazendas na Áustria encomendaram as galinhas jovens. Até mesmo produtores orgânicos relutam em comprar as novas aves. Como esses produtores permitem às suas galinhas mais movimento e lhes dão uma ração diferente que os produtores convencionais, eles dependem dos mesmos híbridos de alto desempenho. De fato, milhões de galos também são mortos para produção de ovos orgânicos.

Alternativas de alta tecnologia

Enquanto isso, pesquisadores estão explorando outra possível solução de alta tecnologia para o problema da galinha: uma forma que permita que o sexo da ave seja reconhecido enquanto ela ainda está no ovo. Os animais machos poderiam ser separados antes de saírem do ovo, o que contornaria o debate de proteção dos animais e reduziria os custos nos viveiros. Nos últimos oito anos, a Universidade de Leipzig, no leste da Alemanha, pesquisa um método baseado em análise hormonal do ovo fertilizado. Os pesquisadores da Universidade de Leuven, na Bélgica, também estão testando uma técnica que envolve um escaneamento dos ovos. Mas ambos os sistemas ainda não são confiáveis e provavelmente serão muito caros.

Esse processo permitira à Lohmann e outras produtoras continuarem com a lucrativa criação de híbridos como fazem há anos –apesar de até mesmo essa estratégia ter suas falhas, já que os animais híbridos são propensos a doenças. A alta produtividade de ovos também faz com que as galinhas usem rapidamente as reservas de cálcio de seus ossos. Após apenas pouco mais de um ano, elas são –assim como seus irmãos antes delas– descartadas como ração animal ou, na melhor das hipóteses, como galinha para ensopado.

De volta ao básico

Isso leva alguns produtores orgânicos a seguir por outra rota –retornando aos métodos tradicionais de criação de galinhas. Há dois anos, a associação de alimentos orgânicos Naturland lançou um projeto piloto que emprega uma velha raça francesa, a galinha de Bresse, em vez das raças híbridas. Um dos criadores participantes é Lutz Ulms, que tem uma fazenda orgânica nos arredores da cidadezinha de Sonnewalde, a cerca de 100 quilômetros ao sul de Berlim. Ele comprou 500 galos e 500 galinhas, criou as gerações seguintes pessoalmente e deixou as galinhas produtoras de ovos viverem mais que um ano.

Seus clientes de alimentos orgânicos ficaram encantados com o projeto, diz Ulms. Mas, para ele, o projeto ainda não se pagou. "É um modo difícil de ganhar a vida", ele reconhece. Quando ele quis que as galinhas jovens fossem vacinadas, ele teve dificuldade em encontrar um veterinário. "Não vale a pena para os veterinários de animais de fazenda virem até nossa fazenda. Veterinários de pequenos animais não sabem nada sobre avicultura", ele diz. Ele também teve que pagar um adicional para o abatedouro por causa de suas pequenas quantidades.

Até mesmo as galinhas provaram ser mais imprevisíveis do que o esperado. Muitas delas se feriam ou morriam em consequência de penas arrancadas. Outras tentavam chocar seus ovos em vez de botar novos. As aves de Ulms acabaram botando entre 160 e 170 ovos por ano. Quatro ovos são vendidos por 2,40 euros nas lojas de alimentos naturais (em comparação, seis ovos orgânicos são vendidos por 1,55 euro na Aldi Nord, a rede de supermercados alemã).

Mas as galinhas de duplo propósito de Preisinger também não são um empreendimento gerador de dinheiro. Apesar de estarem diligentemente botando seus ovos no celeiro em Kitzingen, seus ovos são muito menores do que o esperado. "Por semanas, eles foram apenas grandes o suficiente para a classe de peso S" se queixa o geneticista (S sendo a menor classe de peso para ovos). Na loja na fazenda experimental, 30 ovos das superaves custam apenas um euro. Mas assim como as galinhas, os ovos não têm saída.


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