Ernesto Laclau. Populismo e hegemonia

Mais Lidos

  • "Teologia de ganso": a arte de formar presbíteros impermeáveis à realidade. Artigo de Eliseu Wisniewski

    LER MAIS
  • O drama silencioso do celibato sacerdotal: pastores sozinhos, uma Igreja ferida. Artigo de José Manuel Vidal

    LER MAIS
  • A herança escravocrata dos setores poderosos da sociedade brasileira agrava a desigualdade e mantém o privilégio dos ricos

    O assalto do Banco Master foi contratado pelas elites financeira e política. Entrevista especial com André Campedelli

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Jonas | 15 Abril 2014

Na opinião de Eduardo Rinesi, reitor da Universidade Nacional de General Sarmiento (Argentina), Ernesto Laclau, nos anos finais de sua vida, acompanhou “os fenômenos mais interessantes e potentes que vem marcando este singular momento latino-americano”. Seu artigo é publicado por Página/12, 14-04-2014. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Surgido das entranhas mais sutis do vasto corpo de ideias que abrigou em seu momento (nos anos de sua precoce militância nas filas lideradas por seu sempre reivindicado Jorge Abelardo Ramos) a chamada “esquerda nacional”, o pensamento de Ernesto Laclau, que ao longo das décadas foi conquistando, em seu diálogo com algumas das mais sutis correntes da filosofia social e política contemporânea, uma consistência formal e terminológica fora do comum, nunca abandonou, no entanto, seus motivos fundamentais e primeiros: a pergunta pela natureza dos fenômenos populistas e a discussão em torno da ideia gramsciana de hegemonia.

É certo que em seus escritos dos últimos dez anos a palavra “populismo” designa menos um tipo de organização política do que certa “lógica” que, em sua própria indeterminação, pode nos ensinar algo sobre a natureza do político como tal, e que a noção de hegemonia se vê complexa em razão das diversas contribuições que Laclau reuniu dos campos da psicanálise, da lingüística e da retórica. Contudo, graças a todos estes instrumentos diversos e díspares, que ele sabia articular com um rigor teórico não isento de graça e de vocação provocadora, quase briguenta, foi que Laclau pôde encarar, nos anos finais de sua vida, com interesse e originalidade, a tarefa de acompanhar os fenômenos mais interessantes e potentes que vem marcando este singular momento latino-americano. Não parece que seja possível continuar procurando entender as peculiaridades e os desafios deste momento sem voltar uma vez e outra sobre seus textos.