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Se Burke não quer coroinhas meninas

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03 Fevereiro 2015

"Mas, talvez aqui para nós, como Igreja local italiana, valha a pena recordar um fato. O novo Código de 1983, embora não confirmando o parágrafo recém citado, não enfrentava diretamente a questão das 'coroinhas', mas aquela mentalidade do passado permanecia no auge", escreve Gianni Gennari, teólogo e jornalista, em artigo publicado por Vatican Insider, 30-01-2015. A tradução é de Benno Dischinger.

Eis o artigo.

Num recente volume coletivo com outros ilustres Autores o cardeal Raymond Leo Burke, prefeito do Supremo Tribunal da Subscrição Apostólica, firmou uma contribuição muito preocupada sobre o andamento das ocorrências da Igreja católica e o êxito por ora provisório do recente Sínodo, e ainda mais em vista de sua futura conclusão. “Aleteia” o define “uma das vozes mais cautas perante o impulso reformador promovido pelo Papa Francisco” e, a mesma fonte, escreve que para ele a “crise” atual da Igreja é devido a fato que ela “se feminilizou demais”.

Assim: “o fato de concentrar-se sobre as questões femininas, unido a um completo colapso do ensinamento da fé e à experimentação litúrgica rampante [oportunista] levou a Igreja a tornar-se muito feminilizada, desencorajando assim muitíssimos homens”. Daqui, ou talvez também daqui, decorre para Burke a crise das vocações sacerdotais: “Além do sacerdote, o santuário se tornou repleto de mulheres. As atividades paroquiais e até a liturgia... se tornaram tão femininas que o os homens não querem ser envolvidos” O que dizer? À parte o fato que aquelas que são chamadas “questões femininas” são a família e os problemas ligados à teologia moral católica e à transformação da sociedade – portanto dizem respeito a todos, e não só às mulheres – é óbvio que liberdade de opinião e de palavra estão também na Igreja e sobretudo hoje, quando o Sucessor de Pedro convida a todos à “parresia”, e à coragem de falar com franqueza total, obviamente, talvez valha também a pena raciocinar sobre estas coisas com a mesma franqueza.

É desafortunado, realmente, Burke, porque precisamente nestes dias o Sucessor de Pedro diz com frequência que as mulheres devem encontrar maior espaço na Igreja católica. Tantos elogias das mães, das avós, das irmãs dele, e depois uma bela “escovada” aos pais frequentemente ausentes e tão empenhados no seu trabalho que esquecem os filhos, e com frequência também as mulheres... A este propósito seja recordado que “o desaparecimento” do pai não é uma invenção hodierna do Papa: já no final dos anos 50 o sociólogo Alexander Mitscherlich escreveu um célebre ensaio analítico e preocupado – “Sobre o caminho de uma sociedade sem pais” era seu título – no qual prevalecia exatamente esta realidade que hoje seria difusa também entre nós...

Duplo azar para o cardeal Burke: de fontes bem informadas, ouço dizer que o tema das “culturas feminis” estará proximamente no calendário para uma importante assembléia plenária de uma importante instituição da Santa Sé: sal sobre as feridas? Entre outras coisas, sempre leio nas declarações do cardeal Burke a queixa pelo fato de que “a Igreja católica eliminou a proibição das garotas “cleriguinhas” em 1983 e que nos USA “somente uma diocese, a de Lincoln, no Nebraska, não admite ainda as “cleriguinhas”: isto, para ele, constitui “a esperança de encorajar mais rapazes a tomar em consideração a vocação sacerdotal”.

E, de fato, eis agora Aleteia: “O cardeal também incriminou os clérigos que se mancharam com o crime de abusos sexuais”. Para ele, “quem molestou as crianças foram os sacerdotes demasiado feminilizados e confusos sobre a própria identidade sexual”. Talvez o raciocínio seja demasiado simples, e não considera por nada tantos outros fatores: certos homens que fazem das “tradições” históricas dos totem parecem fechar os olhos diante da realidade quando esta não corresponde as suas opiniões, e se admiram que todos os outros possam, também em mínimas partes, pensar diversamente. Valeria a pena alargar o discurso para outros problemas, por exemplo, precisamente naqueles meses, no centro do recente Sínodo que se tratarão no próximo mês de outubro, mas, creio que aquele aceno de Burke a 1983 seja indicador de uma data importante. É, de fato, desde aquele ano que na Igreja vige um novo direito canônico, e o código tradicional de 1917 foi substituído por um novo Código, que sobre a mulher e o seu serviço na comunidade eclesial aboliu alguns artigos que a diziam longa sobre a visão antropológica unilateral que até então reinava, e precisamente quanto à presença das mulheres na liturgia católica, em particular na Missa.

Eis, de fato, o cânone 813, até então vigente, traduzido do latim: par. 1: “O Sacerdote jamais celebre a Missa sem um ministro que lhe preste o seu serviço e lhe responda”. Par. 2: “O ministro que serve a Missa jamais seja uma mulher, se não, faltando de todo um homem, por justo motivo, o faça com a obrigação que a mulher lhe responda de longe (“ex longinquo”!) e que por nenhuma razão se aproxime do altar”. Era esta a lei, para a Missa católica! Mas, não era algo absoluto. Quando servia, isto é, quando a Missa estava ainda a celebrar, e sobretudo quando tinha sido celebrada, para a preparação anterior e para a limpeza posterior, frequentemente eram também as mulheres da paróquia a subir direto até o altar, para mudar as toalhas, a aproximar-se para limpar os degraus, para tirar o pó dos candelabros... Certo machismo imperante também fora das igrejas valia depois, dentro...

Pois bem: no código de 1983, aprovado e promulgado por João Paulo II, este cânone por sorte desapareceu. Algo mudou na própria mentalidade do Direito Canônico, com boa paz de quem ainda o pensa da mesma forma, o que parece muito compartilhado pelo cardeal Burke e por tantos que hoje mostram temer – para dizê-lo com Aleteia – “o impulso reformador” do Papa Francisco, e talvez também do Sínodo em curso.

Mas, talvez aqui para nós, como Igreja local italiana, valha a pena recordar um fato. O novo Código de 1983, embora não confirmando o parágrafo recém citado, não enfrentava diretamente a questão das “coroinhas”, mas aquela mentalidade do passado permanecia no auge. De fato, no Sínodo havido sobre a realidade do laicato católico, em 1987, “os bispos italianos – então presidente da CEI era o cardeal Ugo Poletti – foram os únicos em toda a Igreja católica a exprimir-se para que fosse mantida a disciplina que vedava o serviço das “cleriguinhas”.

É conhecido, em todo caso, que a tendência anti-feminina é antiga, em todas as culturas, e a encontramos também nas culturas aparentemente modernas, e não somente na cultura cristã e católica. Seria interessante uma antologia dos testes anti-femininos da tradição também somente ocidental, a partir da definição de “mulher” dada pelo grande Aristóteles – “a mulher masculina mal conseguida (anèr peperomènon)”, - passando pelos poetas gregos, os sábios persas, os islâmicos, muitos Padres da Igreja, membros do clero e também Papas santos, em sua humanidade pessoal – “A mulher? Que agrade, que cale e que permaneça em casa! Pio X – mas hoje os tempos mudaram ... Óbvio que antes de concluir, no entanto, seja recordado que a história cristã e também católica em todos os tempos viu também mulheres de tão grande estatura, embora feminilissimas – penso em Santa Escolástica, Santa Clara, Santa Catarina de Sena, Ildegarda de Bingen e tantas outras, mas quero acrescentar a recordação particular de duas mulheres, ambas Santas, diversíssimas e no entanto muitíssimo próximas. Santa Teresa de Ávila, reformadora do Carmelo, foi definida pelo Núncio Apostólico em Madri, com uma carta preocupada à Santa Sé, “feminina inquieta e vagabunda que vai semeando a revolução nos conventos da Espanha”. E Teresa de Lisieux, sua discípula, chamada “pequena” e por muito tempo apresentada como garotinha inculta e ingênua, quando em novembro de 1887 veio a Roma e chegou até a abraçar os joelhos de Leão XIII para solicitar-lhe que pudesse entrar no Carmelo com apenas 15 anos, precisamente na Itália se deu conta da confiança clerical perante as mulheres. Lendo sobre a porta das igrejas e dos conventos “vedado o ingresso às mulheres” escrevia entre admiração e sorriso: “Ainda não posso entender porque as mulheres sejam tão excomungadas na Itália... A todo momento me diziam: não entres aqui, não entres ali, serias excomungada! Ah! Pobres mulheres, como são desprezadas!” (Man. A.f 66).

Termino em crônica: domingo passado, na minha paróquia romana, na costumeira missa do Pároco, celebrada com solenidade e com ótima participação do povo de Deus, havia seis cleriguinhas, e somente... três cleriguinhos... Valerá a pena, da próxima vez, convidar para celebrar também o cardeal Burke? O problema está aberto...


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