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Os zapatistas e a América Latina. Entrevista especial com Alejandro Buenrostro

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14 Fevereiro 2008

Os debates realizados durante o Colóquio Internacional promovido pelo Exército Zapatista para Libertação Nacional (EZLN), em Chiapas, no México, foram tão profundos e importantes que foram acompanhados mesmo por aqueles que não estiveram presentes no evento e que se interessam pelo futuro da América Latina e de seus movimentos sociais. “Essa estrutura de governo na organização civil dos zapatistas permite a coordenação interna e externa dos municípios, a realização dos projetos de saúde, de educação, de produção, de comercialização. Os zapatistas estão praticando os princípios que possibilitam a transformação de sua realidade”, afirmou Alejandro Buenrostro. Sociólogo nascido no México, Buenrostro viveu 15 anos em Chiapas e hoje mora no Brasil. Ele acompanhou as reflexões do colóquio zapatista daqui e concedeu a entrevista a seguir, realizada por e-mail, à IHU On-Line, na qual falou sobre democracia, América Latina, Subcomandante Marcos e movimentos sociais.

Alejandro Buenrostro, quando morava no México, vivia entre comunidades zapatistas. Atualmente, é Membro do Comitê Civil de Diálogo, grupo zapatista com a função de divulgar o movimento e servir de ponte de informações entre os movimentos sociais do Brasil e da América Latina. Em 1998, fundou o projeto Xojobil, com o intuito de ser uma ponte de informação e conscientização sobre o processo, os fatos, as causas e os impactos do ambiente indígena e camponês no México, no Brasil e na América Latina.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - O senhor acompanhou o Colóquio Internacional promovido pelos zapatistas, que aconteceu em Chiapas, no México. Que imagens e pensamentos obteve a partir de lá?

Alejandro Buenrostro - As informações que obtive sobre esse evento me deixaram preocupado porque a situação atual das comunidades zapatistas é muito difícil. O escritor John Berger (1), que participou desse Colóquio, chegou a expressar que era urgente a participação da mobilização social para frear as ameaças contra os zapatistas. O subcomandante Marcos (2) manifestou que o momento está “cheirando à guerra e a medo”. As comunidades zapatistas estão resistindo com muita criatividade.

IHU On-Line - Os zapatistas falam da estratégia de “Guerra de baixa intensidade” contra as forças da direita. Do que se trata essa estratégia?

Alejandro Buenrostro - A guerra de baixa intensidade é uma estratégia do governo mexicano e das direitas. Estão apostando no desgaste das comunidades zapatistas. Para eles, o custo social da guerra é menor do que o custo social da negociação política.

IHU On-Line - As “juntas de bom governo” são a estrutura central da organização popular nos territórios zapatistas. Trata-se do exercício de uma democracia direta e participativa?

Alejandro Buenrostro - É o exercício de uma democracia direta e participativa. Os zapatistas, em agosto de 2003, tornaram pública a existência dos Municípios Autônomos organizados em cinco Caracoles, sedes das Juntas de Bom Governo. Essa estrutura de governo na organização civil dos zapatistas permite a coordenação interna e externa dos municípios, a realização dos projetos de saúde, de educação, de produção, de comercialização. Os zapatistas estão praticando os princípios que possibilitam a transformação de sua realidade: “mandar obedecendo”, “para todos tudo, nada para nós”.

IHU On-Line - Sobre o subcomandante Marcos, que papel de fato ele possui dentro do movimento zapatista?

Alejandro Buenrostro - O subcomandante Marcos, que conseguiu ser o grande interlocutor dos indígenas, é o conhecido porta-voz dos zapatistas. Tornou-se um comunicador capaz de fundir a fala indígena e a linguagem mestiça. Está encarregado da direção militar do Exército Zapatista para Libertação Nacional e está subordinado politicamente à direção coletiva indígena do Comitê Clandestino Revolucionário Indígena (CCRI).

IHU On-Line – O ano de 2010 será uma data histórica para o México, pois comemorará 200 anos da libertação dos espanhóis e cem anos da independência. Acontecerá algo?

Alejandro Buenrostro - A situação do país, atualmente, pode-se dizer que é uma panela de pressão que pode estourar a qualquer momento. O México tem quatro alternativas: aquela de Calderón (3), que será a repressão; aquela das forças que pretendem um relevo, sem ruptura, para 2012, que significará a desmobilização do povo; a guerra civil; e a saída organizada anticapitalista e de esquerda, que é a Outra Campanha.

IHU On-Line - O movimento social brasileiro olha com muito respeito para o movimento social mexicano. Contudo, a sua articulação com o zapatismo sempre foi frágil. O MST e o movimento zapatista estão entre os dois principais movimentos sociais latino-americanos, mas não se percebe uma articulação consistente. Quais são as razões?

Alejandro Buenrostro - O movimento social brasileiro e o MST têm para o movimento social mexicano e o movimento zapatista muito respeito, respeito que existe também no México para os movimentos brasileiros. Representantes do MST participam das reuniões promovidas pelos zapatistas.

A informação na mídia no Brasil sobre o movimento zapatista e a informação no México sobre o MST é mínima. O que aproxima esses é a luta pela terra, a resistência ao capital, a luta pela transformação democrática do país.

O subcomandante Marcos teve um comunicado especial para o V Congresso  Nacional do MST e o João Pedro Stedile (4) se manifestou, apoiando em nome do MST a resistência atual dos zapatistas.

IHU On-Line - Quais são as semelhanças e diferenças que o senhor identifica entre a concepção política dos zapatistas no México e do Movimento Consulta Popular no Brasil?

Alejandro Buenrostro - Os zapatistas lutam cotidianamente pela democracia, a liberdade e a justiça, em conjunto com os mexicanos organizados, que lutam por uma vida digna, tentando construir coletivamente um novo México.

A Consulta Popular, por meio das lutas do povo, pretende coletivamente construir um Projeto Popular para o Brasil. São processos que pretendem um mesmo objetivo com fundamentos históricos e culturais diferentes.

Notas:

(1) John Berger é crítico de arte, historiador e romancista. Nasceu em 1926 em Londres, na Inglaterra. Entre suas obras mais conhecidas estão o romance G., vencedor do Booker Prize de 1972, e o ensaio introdutório em crítica de arte Ways of seeing, escrito como acompanhamento da significativa série homônima da BBC. Na escolha dos temas sobre o que escreve, percebe-se que há um grande compromisso por parte de Berger de utilizar a escrita como meio de luta política. Isso pode ser comprovado, por exemplo, no ensaio The shape of a oocket, que inclui uma correspondência com o subcomendante Marcos, ou em King, em que inclui um relato da vida dos sem teto.

(2) Subcomandante Marcos é o porta-voz do movimento zapatista no sudeste mexicano. Em 9 de fevereiro de 1995, o governo do México declarou publicamente que conhecia a identidade de Marcos, identificando-o como sendo Rafael Sebastián Guillén Vicente, ex-professor da Universidad Autónoma Metropolitana (UAM) da Cidade do México. Guillén nasceu no México, filho de imigrantes espanhóis, e estudou no instituto jesuíta em Tampico. Depois, se mudou para a capital do México, onde se formou em filosofia na Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM) com o trabalho de tese "Filosofia e educação: práticas discursivas e práticas ideológicas em livros de escola primária". Depois, começou a trabalhar como professor na Universidad Autónoma Metropolitana e logo iniciou sua atividade com os zapatistas. Marcos sempre negou ser Rafael Guillén. Familiares dizem ignorar o paradeiro de Rafael, e afirmam que nunca foi realmente confirmado que Marcos e Rafael eram a mesma pessoa. Como muitas pessoas de sua geração, foi afetado pela Matança de Tlatelolco, em 1968, e ingressou em uma organização maoísta, passando posteriormente ao zapatismo. Depois de ingressar no EZLN, Marcos transformou sua ideologia, rodeado de visões revolucionárias mais pós-modernas, outras idéias expostas em seus discursos e ações estão mais relacionadas com os ideais marxistas do italiano Antonio Gramsci, muito populares no México quando estudava na Universidade.


(3) Felipe de Jesús Calderón Hinojosa é o atual presidente do México. Político mexicano conservador, ligado ao Partido da Ação Nacional (PAN) de Vicente Fox, foi lançado como candidato à presidência em 4 de dezembro de 2005 para concorrer nas eleições de 2 de julho de 2006. Durante a campanha, seu principal adversário foi o centro-esquerdista Andrés Manuel López Obrador do Partido da Revolução Democrática (PRD). A apuração concedeu vitória apertada de Calderón, mas López Obrador não aceitou o resultado e prometeu contestá-lo judicialmente.

 

 


(4) João Pedro Stedile é um economista e ativista social brasileiro. É o atual líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Gaúcho de formação marxista, é um dos maiores defensores de uma reforma agrária no Brasil. É formado em Economia pela PUC-RS, com pós-graduação na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Atuou como membro da Comissão de Produtores de Uva, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul. Assessorou a Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Rio Grande do Sul e em âmbito nacional e trabalhou na Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul. Participa desde 1979 das atividades da luta pela reforma agrária, tendo sido um dos fundadores do MST. Atualmente, é membro da sua direção nacional e autor de diversos livros sobre a questão agrária.


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