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De museu a mesquita, a blitz identitária de Erdogan

Santa Sofia (Foto: Public Domain Pictures)

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13 Julho 2020

"Se Santa Sofia incorpora em seus muros a essência da relação entre Estado e religião, alterar seu status jurídico é antes de tudo um ato político, que visa afirmar uma concepção específica dessa relação", escreve Dimitri Bettoni no Il Manifesto, 11-07-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Por 86 anos foi um dos museus mais fascinantes e preciosos do mundo, uma impressionante estratificação de história, cultura e religiões, nascida e vivida como igreja por nove séculos e como mesquita por mais seis. Foi transformada em museu por Mustafa Kemal Ataturk em 24 de novembro de 1934, tornando Hagia Sophia, ou mais corretamente Divina Sabedoria, o símbolo da nova República Turca.

Um país que emergia da reação da Primeira Guerra Mundial com um projeto novo e ambicioso, implementado precisamente no coração do desaparecido Império Otomano e destinado a redesenhar, não sem traumas fortes e nunca curadas contradições, a relação entre Estado e religião.

Se Santa Sofia incorpora em seus muros a essência da relação entre Estado e religião, alterar seu status jurídico é antes de tudo um ato político, que visa afirmar uma concepção específica dessa relação.

É a mão do presidente turco Recep Tayyip Erdogan que colocou a assinatura no decreto presidencial n. 2729, que reescreve o futuro de Santa Sofia, pelo menos o próximo. Tudo isso no final de uma batalha legal que se iniciou com a contestação formal do decreto de 1934 e terminou com a sentença da 10ª câmara do Conselho de Estado, que anulou o status de museu de Santa Sofia.

Mapa da Turquia (Imagem: Wikipédia)

A Unesco, em um urgente e tardio comunicado nascido de repetidos e fúteis contatos com o governo turco, lembrou que o museu de Hagia Sophia representava "um modelo para toda uma família de igrejas e sucessivamente mesquitas", em Istambul e em todo lugar. Lembrou as obrigações decorrentes da inclusão da edificação na Lista do Patrimônio Mundial da Humanidade. Insistiu na "participação efetiva, inclusiva e igual das comunidades e de outras partes interessadas" como uma "condição necessária para a conservação do patrimônio". Todos os apelos caíram em ouvidos moucos.

A construção certamente não está perdida, cidadãos e turistas certamente continuarão a poder visitar as salas e admirar o que resta dos extraordinários mosaicos bizantinos conservados nelas. A única exceção serão as horas de oração, quando as salas estão fechadas ao público e os mosaicos cobertos por cortinas especiais.

É interessante lembrar que, com a conquista de Constantinopla em 1453 e a primeira conversão de Santa Sophia a mesquita, por muito tempo os fiéis muçulmanos rezaram a Deus diante dos mosaicos bizantinos, cobertos por decisão das correntes iconoclastas apenas um século mais tarde. Um sinal de como, com o tempo, muda também o que nos parece mais imutável, incluindo as religiões.

Acima de tudo, o projeto de inclusão e comunidade é gravemente ferido por essa mudança histórica de Santa Sofia. O ministério encarregado da custódia do precioso edifício não é mais o do turismo, mas o Diyanet, ou seja, aqueles para os assuntos religiosos. Concebido no início da era republicana como um instrumento de controle e afirmação da supremacia do estado sobre todas as comunidades religiosas, o Diyanet é hoje o principal instrumento usado pelo Presidente Erdogan para moldar a nação turca de acordo com o projeto incubado pelo islamismo político turco por mais de 60 anos, e que hoje se materializa ano após ano com gestos concretos, como a nova Santa Sophia.

Hagia Sophia, Turquia (Foto: Wikipédia)

Aquela de Erdogan é, em última análise, uma vitória identitária, feita de símbolos transformados pela prática. Vitória sobretudo contra Mustafa Kemal Ataturk, que para o Reis continua sendo o termo de fundamento do confronto à distância, o antes e o depois, o passado e o futuro, com um olho no centenário da República que chegará em 2023.

É uma vitória também na relação a todos os projetos políticos alternativos ao projeto de Erdogan e apoiados pelo mundo variegado das oposições, que abraçam, mesmo de maneiras muito diferentes entre si, aquele mosaico de religiões e culturas que caracterizam a Anatólia. Santa Sofia é tratada como o objeto tangível de uma afirmação política e identitária específica, onde o elemento religioso é dominante. Uma identidade nacionalista, islâmica e supremacista, que almeja se manifestar aos olhos da nação turca em primeiro lugar, mas também diante de toda a comunidade islâmica e, finalmente, de todo o mundo.

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