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22 Março 2020

Aproveitemos este tempo suspenso para repensar o sentido das nossas vidas, dos nossos vínculos, da gratidão pelo que existe, das formas que podemos reconstruir a partir desse “zeramento” forçado. Que sejam capazes de hospedar mais vida.

A opinião é da socióloga italiana Chiara Giaccardi, professora da Universidade Católica de Milão e especialista em mídias digitais. O artigo foi publicado em Avvenire, 17-03-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O grande antropólogo Ernesto De Martino, em uma série de anotações publicadas postumamente com o título “La fine del mondo” [O fim do mundo], usa uma expressão que pode iluminar estes dias de incerteza, de suspensão, de angústia pelo presente e pelo futuro: catástrofe vital.

Catástrofe é literalmente uma reversão, uma inversão, uma reviravolta repentina e para pior das condições existenciais, geralmente ligada a um evento imponderável. E, certamente, o coronavírus, para o mundo e para a Itália, é uma catástrofe.

De repente, encontramo-nos despreparados diante do lado sombrio da interconexão global, que constitui uma infraestrutura perfeita também para a propagação dos vírus patogênicos, assim como dos vídeos “virais” e das “news”, sejam elas “fake” ou não.

Nunca como neste momento o individualismo se revela como uma abstração: estamos todos interconectados, as nossas vidas estão ligadas umas às outras, os nossos comportamentos condicionam a vida dos outros e vice-versa. E a catástrofe não diz respeito apenas ao presente: hábitos mudaram repentinamente, socialidade quase zerada, escolas e universidades paradas, lojas e locais públicos desertos, e muito mais.

É o futuro que mais assusta: os efeitos sobre uma economia já cambaleante, e as repercussões sociais em um mundo já marcado por muitas e crescentes desigualdades.

A partir disso, uma primeira lição: não somos indivíduos, cada um na sua bolha de imunidade, mas sim pessoas em relação, cada uma com a sua carga própria de responsabilidade: cada um de nós pode fazer a diferença, para si e para os outros (especialmente os mais frágeis) para frear o contágio. É outro con-tato, feito de conscientização e solicitude pelos outros, antes ainda que de preocupação consigo mesmo, para o qual somos chamados agora: deixar-se tocar pelo pensamento do outro. A capacidade de pensar em termos de “nós” em vez de “eu” é um esforço indispensável, fatigante, mas benéfico.

Porém, há também outro aspecto que a expressão de De Martino evidencia. O oxímoro “catástrofe vital” revela a estrutura paradoxal da existência humana, da qual é possível extrair os recursos para enfrentar também este momento difícil. A tensão entre a vida e a morte é insuprimível, e remover a morte do nosso horizonte corre o risco de esvaziar as nossas vidas de sentido.

Agora que a catástrofe nos coloca irremediavelmente diante da vulnerabilidade da nossa existência, também somos chamados a tornar a tensão entre a vida e a morte um nó de fecundidade possível. Agora que hábitos e rotinas que assumíamos como evidentes (e que, por isso, pensávamos que eram imutáveis) foram varridos do mapa, e que o lema individualista “mors tua vita mea” revela toda a sua falácia – “vita tua vita mea”, pelo contrário, é o que nos mantém unidos hoje –, estamos em condições de pobreza e de leveza para repensar o sentido e as formas do nosso estar juntos, as formas e os ritmos das nossas atividades de trabalho.

Não nos resignemos ao lado sombrio da questão, não nos limitemos à nostalgia por uma normalidade que certamente não voltará em breve, e talvez absolutamente não retornará (e talvez não seja apenas algo ruim).

Em vez disso, aproveitemos este tempo suspenso para repensar o sentido das nossas vidas, dos nossos vínculos, da gratidão pelo que existe, das formas que podemos reconstruir a partir desse “zeramento” forçado. Que sejam formas (de socialidade, de trabalho, de consumo, de contribuição, de habitar e viver as cidades) capazes de hospedar mais vida.

O paradoxo nos educa, nos leva a um salto de imaginação, se soubermos nos deixar interpelar. Umberto Saba também escreve isso em um dos seus versos. Tomemo-lo como um desejo para este tempo: “E é o pensamento da morte que, no fim, ajuda a viver”.

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