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Concentração de CO2 na atmosfera atinge novo recorde em maio de 2019

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13 Junho 2019

"O aumento da concentração de CO2 na atmosfera contribuiu para o fato dos últimos 6 anos (2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019) terem sido os mais quentes já registrados no Holoceno (2019 deve ser o terceiro ano mais quente já registrado). O nível minimamente seguro de concentração atmosférica é de 350 ppm. Assim, o mundo vai ter não só de parar de emitir gases de efeito estufa (GEE) como terá que fazer “emissões negativas”, ou seja, terá que sequestrar carbono e fazer uma limpeza da atmosfera. O custo deste processo será muito mais caro do que o custo de reduzir as emissões", escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 12-06-2019.

Eis o artigo.

A concentração de CO2 na atmosfera atingiu novo recorde na semana de 12 a 18 de maio de 2019, com 415,39 partes por milhão (ppm), segundo dados da National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA). Devido às variações sazonais, sempre ocorre o pico em maio e o vale em setembro. O gráfico abaixo mostra o aumento ocorrido nos últimos anos e o ritmo da escalada é impressionante.

Concentração de CO2 na atmosfera. 

A concentração de CO2 estava em 404 ppm em maio de 2015, saltou para 407,7 ppm em maio de 2016, atingiu 409,7 em maio de 2017, alcançou 411,2 ppm em maio de 2018. O recorde foi atingido em maio de 2019 com 414,7 ppm. A variação de maio a maio, no último ano, foi de 3,5 ppm, um recorde preocupante e que se agrava ao longo do tempo, desde que Charles Keeling iniciou suas pesquisas no laboratório de Mauna Loa, no Havaí, ainda na década de 1950.

Ao longo do ano, a concentração de CO2 segue um padrão sazonal, com pico (valor máximo) nos meses de maio e vale (valor mínimo) no mês de setembro. O limiar de 400 ppm foi atingido em maio de 2013. Em 2015, a marca das 400 ppm foi ultrapassada em 8 dos 12 meses. Na média anual, 2015 atingiu a cifra de 400 ppm e o de 2016 foi o primeiro a ultrapassar a marca de 400 ppm em todos os meses. Na média anual, 2014 ficou com 398,7 ppm, 2015 com 400,83 ppm, 2016 com 404,2 ppm, 2017 com 406,6 ppm e 2018 com 408,5 ppm. O gráfico abaixo mostra as concentrações diárias, semanais e mensais de CO2 entre maio de 2018 e maio de 2019.

Concentração de CO2 na atmosfera - Mauna Loa. 

Embora o aumento da concentração de CO2 na atmosfera não apresente uma tendência monotônica, a subida acontece de forma consistente ao longo das décadas. Em 2018, o aumento foi de 2,39 partes por milhão (ppm). É um número menor do que os 3 ppm de 2015 e 2016, mas é maior do que o 1,89 ppm de 2017. Isto fez com que a média de 2010 a 2018 ficasse em 2,4 ppm, número acima da média da década passada (2000-09) que foi de 2,0 ppm e muito acima da média da última década do século XX (1991-00) que foi de 1,5 ppm, conforme apresentado no gráfico abaixo. Portanto, a despeito das variações sazonais, o efeito estufa continua aumentando em ritmo mais acelerado do que nas décadas anteriores e o ano de 2019 deve bater novo recorde.

Taxa anual de CO2 na atmosfera. 

Nos 800 mil anos antes da Revolução Industrial e Energética a concentração de CO2 estava abaixo de 280 ppm, conforme mostra o gráfico abaixo da NOAA. As medições com base no estudo do gelo, mostram que em 1860 a concentração atingiu 290 ppm. Em 1900 estava em 295 ppm. Chegou a 300 ppm em 1920 e atingiu 310 ppm em 1950. Com base nos dados do laboratório de Mauna Loa, constata-se que a concentração de CO2 na atmosfera, na média mensal, mantem o ritmo acelerado no século XXI, mesmo após a assinatura do Acordo de Paris.

Histórico da concentração de CO2 na atmosfera. 

O dramático é que o efeito estufa está se agravando. Artigo de Gavin L. Foster e colegas, publicado na Nature Communications (04/04/2016) mostra que o mundo caminha para um aquecimento potencial sem precedentes em milhões de anos. Os atuais níveis de dióxido de carbono são inéditos na história humana e estão no caminho certo para subir às alturas. Se as emissões de carbono continuarem em sua trajetória atual, a atmosfera poderia atingir um estado não visto em 50 milhões de anos. Naquela época, as temperaturas eram até 10° C mais quentes e os oceanos eram dramaticamente mais altos do que hoje. A pesquisa que originou o artigo compilou 1.500 estimativas de dióxido de carbono para criar uma visão que se estende por 420 milhões de anos, conforme mostra o gráfico abaixo.

Gráfico temporal da associação de CO2 e temperatura. 

O aumento da concentração de CO2 na atmosfera contribuiu para o fato dos últimos 6 anos (2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019) terem sido os mais quentes já registrados no Holoceno (2019 deve ser o terceiro ano mais quente já registrado). O nível minimamente seguro de concentração atmosférica é de 350 ppm. Assim, o mundo vai ter não só de parar de emitir gases de efeito estufa (GEE) como terá que fazer “emissões negativas”, ou seja, terá que sequestrar carbono e fazer uma limpeza da atmosfera. O custo deste processo será muito mais caro do que o custo de reduzir as emissões.

Superar a era dos combustíveis fósseis e fazer uma mudança da matriz energética é um passo fundamental. Mas a lentidão da redução da queima de energia fóssil pode levar o mundo ao caos climático. Além disto, as demais atividades antrópicas também emitem GEE. Por exemplo, a pecuária é grande emissora de gás metano que é pelo menos 21 vezes mais poluente do que o CO2. E uma grande ameaça que se agrava com o processo de degelo é a “bomba de metano” que existe no permafrost.

Portanto, o mundo está num beco sem saída. Quanto mais avança com o crescimento econômico e o desenvolvimento das atividades antrópicas mais acontece as emissões de GEE. Os benefícios do desenvolvimento são colhidos hoje pela humanidade, mas os prejuízos para a biodiversidade estão aumentando de forma exponencial e os custos humanos serão pagos pelas novas gerações. As crianças e os jovens de hoje vão pagar um alto preço nas próximas décadas se a concentração de CO2 não voltar para o nível de 350 ppm.

Artigo de Camilo Mora et. al., “Broad threat to humanity from cumulative climate hazards intensified by greenhouse gas emissions”, publicado na revista Nature climate change (19/11/2018), mostra que as mudanças climáticas trarão múltiplos desastres de uma só vez. “Enfrentar essas mudanças climáticas será como entrar em uma briga com Mike Tyson, Schwarzenegger, Stallone e Jackie Chan – tudo ao mesmo tempo”, disse o principal autor do estudo, que descreve os inúmeros impactos que devem atingir a civilização nos próximos anos.

Isto quer dizer que, a despeito das boas intenções do Acordo de Paris, assinado em 2015, e das Conferências das Partes (COPs), as emissões globais estão aumentando e os compromissos dos países estão sendo insuficientes para atingir os objetivos acordados na capital francesa. Está cada vez mais difícil alcançar a trajetória de decrescimento das emissões de GEE.

Greta Thunberg – a ativista sueca de 16 anos que ajudou a inspirar a explosão mundial de mobilizações climáticas para jovens – argumenta que o sucesso ou fracasso do movimento climático global pode ser determinado por uma só medida: a curva de emissão de GEE: “As pessoas sempre dizem a mim e aos outros milhões de estudantes grevistas que devemos nos orgulhar pelo que conseguimos. Mas a única coisa que precisamos olhar é a curva de emissões. E me desculpe, mas ainda está aumentando. Essa curva é a única coisa que devemos olhar” (Johnson, 05/06/2019).

A garota Greta, que recentemente lançou o livro “Nossa casa arde”, está correta, pois as gerações jovens de hoje vão pagar um alto preço no futuro pela inação e pela incapacidade coletiva de mudar o padrão de produção e consumo e o crescimento demoeconômico.

Isto reforça as conclusões do estudo de Camilo Mora et. al. (19/11/2018), quando afirma que até 2100 a população mundial ficará exposta, especialmente algumas áreas costeiras, até seis perigos ambientais simultâneos. Também quer dizer que o desenvolvimento sustentável está se tornando um oximoro e o tripé da sustentabilidade virando um trilema. Em vez de aumentar a resiliência das populações, a humanidade está ficando cada vez mais exposta a múltiplos riscos e caminhando para uma situação cada vez mais vulnerável e assustadora. 

Referências:

ALVES, JED. A liberação do metano ártico pode criar um cenário apocalíptico, Ecodebate, RJ, 03/04/2017.

Gavin L. Foster, Dana L. Royer & Daniel J. Lunt. Future climate forcing potentially without precedent in the last 420 million years, Nature Communications 8, Article number, 04/04/2016.

Robbie Andrew. Atmospheric CO2 keeps climbing, Center for International Climate Research, maio de 2019.

Camilo Mora et. al. Broad threat to humanity from cumulative climate hazards intensified by greenhouse gas emissions, Nature climate change, 19/11/2018.

Fiona Harvey. Latest data shows steep rises in CO2 for seventh year, The Guardian, 4 Jun 2019.

350 org. (em português).

NOAA. History of atmospheric carbon dioxide from 800,000 years ago until January, 2016.

NOAA, Trends in Atmospheric Carbon Dioxide.

Jake Johnson. ‘Single Most Important Stat on the Planet’: Alarm as Atmospheric CO2 Soars to ‘Legit Scary’ Record High, Common Dreams, 05/06/2019.

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