Cresce o número de crianças migrantes

Mais Lidos

  • “A destruição das florestas não se deve apenas ao que comemos, mas também ao que vestimos”. Entrevista com Rubens Carvalho

    LER MAIS
  • Povos Indígenas em debate no IHU. Do extermínio à resistência!

    LER MAIS
  • “Quanto sangue palestino deve fluir para lavar a sua culpa pelo Holocausto?”, questiona Varoufakis

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

23 Fevereiro 2017

Muitas delas estão em perigo por causa da decisão de Trump de suspender o programa que permitia a elas entrarem como refugiados.

Foi o arcebispo de Los Angeles, dom José Gómez, quem levantou a voz em defesa destas crianças no púlpito de Modesto, Califórnia, onde se reuniram as delegações dos movimentos populares para falar do momento histórico atual e das ações mais apropriadas para promover os direitos fundamentais das pessoas.

A reportagem é de Alan P. Durante e publicada por Tierras de América, 21-02-2017. A tradução é de André Langer.

“Para compreender o impacto das batidas policiais realizadas pelos guardas de fronteira dos Estados Unidos em mais de 60 comunidades de todo o país só neste mês de fevereiro”, denunciou o vice-presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, “podemos ouvir as crianças: elas não querem ir à escola, porque acreditam que podem ser tiradas dos seus pais na ausência destes”. As batidas anti-imigrantes foram realizadas em Atlanta, Flórida, Kansas, Texas e Virginia do Norte.

O objetivo das batidas deveria ser a prisão e repatriação dos imigrantes com prontuário. No entanto – informam os meios de comunicação estadunidenses –, estão afetando muitas pessoas que não têm antecedentes penais. Também se encontram em situação de risco muitos menores que fogem da violência nos países da América Central. A ordem do presidente Trump de suspender por 120 dias o programa conhecido como CAM (Programa de Processamento de Refugiados para Menores Centro-Americanos) aumenta as dificuldades daqueles que começam a viagem com o propósito de cruzar a fronteira mexicana com os Estados Unidos e coloca em perigo a sua segurança pessoal.

O programa foi lançado pelo governo Obama no final de 2014 para enfrentar, de alguma maneira, a escalada de violência em El Salvador, Guatemala e Honduras que empurrava milhares de jovens a empreenderem uma viagem para os Estados Unidos para viverem com familiares ou conhecidos que já moravam nesse país. O CAM permitia colocar em marcha um procedimento especial para obter a condição de refugiado ou um visto legal de entrada para os menores provenientes dos três países centro-americanos. E mesmo quando o menor não era reconhecido como idôneo para a entrada como refugiado, o programa permitia um acesso condicionado, posteriormente aperfeiçoado.

O jornal britânico The Guardian publica uma investigação jornalística que assinala que a suspensão disposta por Trump afeta também adolescentes ameaçados de morte porque presenciaram assassinatos de quadrilhas e outros que fogem do recrutamento forçado das quadrilhas criminosas. De acordo com os dados oferecidos pelo jornal londrinense, nos últimos dois anos 80 mil menores foram detidos pelos agentes mexicanos encarregados dos controles migratórios. Outros 100 mil tiveram problemas com traficantes de pessoas, funcionários corruptos e sequestradores para poderem chegar até a fronteira com os Estados Unidos.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Cresce o número de crianças migrantes - Instituto Humanitas Unisinos - IHU