• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Moda, consumo e ética. A emergência de novos paradigmas no século XXI. Entrevista especial com Susana Saulquin

Mais Lidos

  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS
  • Operação Contenção realizada na capital fluminense matou de mais de cem pessoas na periferia e entra para história como a maior chacina carioca de todos os tempos, sem, no entanto, cumprir o objetivo que era capturar Doca, apontado como líder do Comando Vermelho

    Rio de Janeiro: o desfile macabro da barbárie na passarela de sangue da Penha. Entrevista especial com Carolina Grillo

    LER MAIS
  • Massacre no Rio. “O objetivo subjacente da operação era desafiar as negociações de Trump com Lula”. Entrevista com Sabina Frederic

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

08 Novembro 2014

“Se até a atualidade o preço era importante, vamos caminhar rumo a uma economia com produtos mais duráveis e de boa qualidade, ou seja, um consumo que substitui o consumismo pela experiência de um consumo consciente e todo pelo bem comum”, diz a socióloga.

Foto: tan-media.com

Enquanto esta entrevista estava sendo editada, as principais modelos brasileiras e internacionais desfilavam a coleção de inverno 2015 na São Paulo Fashion Week, uma das mais prestigiadas semanas de moda do Brasil e do mundo. O evento gera a circulação de milhares de dólares anualmente e ocorre paralelamente a um movimento de ruptura estética com o século passado.

“Embora a moda e o consumo reinassem junto com a estética durante a última parte do século XX, no começo do século XXI muda o olhar e impõe-se um comportamento ético de cuidado dos recursos humanos e naturais que contradiz os princípios do consumo acelerado de roupas que implicam no ‘usar e jogar’”, avalia a professora e pesquisadora Susana Saulquin, em entrevista por e-mail à IHU On-Line, fazendo uma análise sobre moda, consumo e ética. “O novo luxo é um conceito que se afasta da ideia do luxo como acumulação de objetos interessados em marcar o status e posição social das pessoas”, complementa.

Segundo a professora, a nova ideologia do século XXI substitui a produção acelerada de estímulo ao consumo por uma ideologia que baseia sua ação no cuidado aos recursos vivos do planeta. “Com a chegada da nova ideologia, que cuida dos recursos tanto naturais como das pessoas, perde vigência este modelo de produção massiva a favor de uma produção responsável de roupas duráveis. Cada vez mais nesta etapa de transição nos afastamos do massivo para nos aproximarmos do desenho pensado a partir de princípios éticos”, destaca.

Por fim, Susana destaca que “analisar a moda do ponto de vista sociológico permite descobrir as vinculações entre a nossa experiência cotidiana e os processos sociais mais amplos que a contêm. Por exemplo, a relação entre a atual sociedade mais individualista e ditada pelas redes sociais permite-nos pensar uma moda mais independente das tendências massivas de vestir”, analisa. “Como todo processo de mudança, o caminho é longo, mas devemos pensar que a tendência à produção de roupas mais sustentáveis e amigáveis com o meio ambiente não tem retorno”, finaliza.

Susana Saulquin estudou Sociologia na Universidade de Buenos Aires. Em 1986 criou e dirige desde então o Instituto de Sociologia da Moda, dedicado à consultoria, ensino e pesquisa do universo têxtil, da indumentária e das modas. Participou na criação da carreira de Design de Indumentária e Têxtil, na Faculdade de Arquitetura, Design e Urbanismo, da Universidade de Buenos Aires – UBA. E, em 2012, criou e atualmente dirige a Pós-graduação em Sociologia do Design. Além disso, é professora na graduação e pós-graduação em diferentes universidades do Chile, Brasil e Argentina. Seu último livro, lançado recentemente, chama-se Política de las apariencias. Nueva significación del vestir en el contexto contemporáneo (Buenos Aires: Paidós Entornos 23, 2014).

Foto: congresosyjornadascidec.blogspot.com.br

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Que implicações há entre moda, consumo e ética?

Susana Saulquin - A moda e o consumo são, em princípio, dois conceitos que se necessitam e funcionam de maneira conjunta, já que é através do exercício do consumo que se impõem as diferentes modas de acordo com as tendências que saem dos centros produtores e que estão muito interessados na circulação de roupas e produtos. Embora a moda e o consumo reinassem junto com a estética durante a última parte do século XX, no começo do século XXI muda o olhar e impõe-se um comportamento ético de cuidado dos recursos humanos e naturais que contradiz os princípios do consumo acelerado de roupas que implicam no “usar e jogar”.

IHU On-Line – Recentemente a senhora afirmou que “o novo luxo é ter roupa eticamente boa”. Do que trata esta percepção? O que isso significa?

Susana Saulquin - O novo luxo é um conceito que se afasta da ideia do luxo como acumulação de objetos interessados em marcar o status e posição social das pessoas. O novo luxo introduz a perspectiva ética da sustentabilidade e do bem comum. Nesse sentido se fala da experiência de um luxo sustentável, que incorpora, por exemplo, nas roupas os princípios que o guiam como reciclado, recuperação de materiais e, em geral, respeito por processos que não denigrem a natureza. Também aparecem outras categorias, como o luxo do tempo livre e a utilização de roupas, que destaquem a extrema qualidade dos produtos e sua durabilidade. Abandona-se a ideia do “consumo conspícuo” proposta por Thorstein Veblen e ressignifica-se sua experiência como um poder transformador a partir do gozo dos sentidos e da importância do ser sobre o parecer.

IHU On-Line - Diante de que tipo de paradigma a contemporaneidade nos situa no que diz respeito ao consumo?

Susana Saulquin - É a nova ideologia do século XXI que substitui a produção acelerada que estimula o consumismo, típica do século anterior, por uma ideologia que baseia sua ação no cuidado dos recursos tanto humanos como naturais. A partir desta ótica, fala-se de um consumo que é consciente e se guia pela ética dos comportamentos.

IHU On-Line - Por que as novas tendências de design divergem do consumo massivo? Que transição é esta que vivemos no século XXI?

Susana Saulquin - Os princípios que guiavam a produção no século XX baseavam-se na aceleração das séries massivas que deviam produzir roupas para serem esquecidas rapidamente e substituídas por outras. Isto provocou problemas, como a multiplicação das oficinas clandestinas e “escravos” onde se colocava o acento apenas na produção, esquecendo as condições dos trabalhadores, assim como também o descuido da natureza.

Com a chegada da nova ideologia, que cuida dos recursos tanto naturais como das pessoas, perde vigência este modelo de produção massiva a favor de uma produção responsável de roupas duráveis. Cada vez mais nesta etapa de transição nos afastamos do massivo para nos aproximarmos do desenho pensado a partir de princípios éticos.

IHU On-Line - Em que medida o discurso sobre o que é “moda” torna-se autoritário?

Susana Saulquin - O discurso torna-se autoritário porque depende de tendências que saem dos centros produtores de moda e são as mesmas para todo o mundo. Ela impõe “o que se usa” a partir de uma construção que sai dos prognósticos de tendências que se põem de acordo para dispor o que as pessoas vão usar nos próximos quatro anos. É autoritária nas formas, cores e materiais, porque impõe de maneira global o que deve ser usado.

“Embora a moda e o consumo reinassem junto com a estética durante a última parte do século XX, no começo do século XXI muda o olhar e impõe-se um comportamento ético”

IHU On-Line - Desde quando o “vestir-se” transforma-se também em ato político?

Susana Saulquin - Na arena das práticas políticas, as aparências convertem-se em aliadas imprescindíveis no processo de construção do discurso de poder. O talento para sua instrumentação vai depender em grande parte, e foi demonstrado ao longo da história, da habilidade dos diferentes atores políticos, para construir rituais cenográficos que facilitem e dissimulem a partir da sedução carismática o exercício da sua dominação.

IHU On-Line - De que maneira as novas configurações sociais e políticas do século XXI exigem outros parâmetros éticos com relação à moda?

Susana Saulquin - Exigem outros parâmetros éticos porque não querem ficar desatualizados e sabe-se que, atualmente, o prestígio já não está relacionado com grandes produções e acumulação de bens que impedem e travam as ações, mas com produções pensadas para a agilidade e a adaptação constante às situações em mudança.

IHU On-Line - Quais sãos os desafios para pensar a moda a partir da perspectiva da sociologia? De que forma o tema da moda pode nos ajudar a compreender aspectos das nossas sociedades?

Susana Saulquin - Analisar a moda do ponto de vista sociológico permite descobrir as vinculações entre a nossa experiência cotidiana e os processos sociais mais amplos que a contêm. Descobre-se assim a rede de dependências e as conexões que se produzem entre os diferentes acontecimentos, podendo compreender de maneira mais clara por que e para que estes ocorrem. Por exemplo, a relação entre a atual sociedade mais individualista e digitada pelas redes sociais permite-nos pensar uma moda mais independente das tendências massivas de vestir.

IHU On-Line - Como superar o desafio de produzir roupas sustentáveis, eticamente fabricadas, em uma economia de mercado absolutamente financeirizada, onde o preço parece ser o principal componente?

Susana Saulquin - Como todo processo de mudança, o caminho é longo, mas devemos pensar que a tendência à produção de roupas mais sustentáveis e amigáveis com o meio ambiente não tem retorno. Por quê? Porque sabemos que a sociedade sempre faz o necessário para sua sobrevivência, e continuar no caminho das modas aceleradas e que promovem o consumismo não está de acordo com uma sociedade que necessita diminuir a depredação da natureza. Por exemplo, o algodão tem processos de tinturaria e necessidade de pesticidas que não são sustentáveis, portanto é necessário buscar alternativas. Se até a atualidade, nesta economia, o preço era importante, vamos caminhar rumo a uma economia com produtos mais duráveis e de boa qualidade, ou seja, um consumo que substitui o consumismo pela experiência de um consumo consciente e todo pelo bem comum.

IHU On-Line - Deseja acrescentar algo?

Susana Saulquin - Após o século XX, que foi o século do TER e do PARECER, atualmente perfila-se uma lenta recuperação do SER que, não sendo reflexo das exterioridades, consiga reconstruir a importância de cada interioridade.

Por Ricardo Machado | Tradução: André Langer


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados