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A hora e a vez do Oitavo Povo das Missões

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07 Mai 2013

"Hoje, no ano de 2013, desde o Vaticano o próprio papa Francisco em pessoa, toma a iniciativa de fazer a primeira viagem como pontífice para a América Latina. É papa missionário e jesuíta, com opção clara pelos pobres, 500 anos depois dos jesuítas terem iniciado aqui as Missões. Vem pessoalmente a fim de consagrar a implantação do Oitavo Povo em cada um dos municípios desta nossa Ameríndia que se encontra ainda na Paixão, mas já em processo de Ressurreição", escreve Antonio Cechin.

Antonio Cechin é irmão marista, miltante dos movimentos sociais e autor do livro Empoderamento Popular. Uma pedagogia de libertação. Porto Alegre: Estef, 2010.

Eis o artigo.

O nosso escritor Alcy Cheuiche, primo do saudoso bispo D. Antônio Cheuíche, é autor de uma dezena de livros, todos relacionados com assuntos e temas referentes à história e à cultura rio-grandenses do sul.  

No dia 30 de março de 1982, através de um artigo intitulado o Oitavo Povo das Missões no jornal Zero Hora, Alcy Cheuíche profetizava a retomada em grande estilo, das Missões Jesuíticas dos Sete Povos das Missões, pela Igreja dos Pobres. Das cinzas da História ressuscitava gloriosa a Fênix Missioneira, reconhecida hoje universalmente pela própria ONU como patrimônio da humanidade e como um dos seus mais admiráveis triunfos como espécie humana.

Sob o título de “O oitavo povo das Missões" escrevia Alcy, em seu artigo de jornal:

“O Rio Grande do Sul assistiu, e a imprensa transmitiu para o Brasil e o mundo, os debates e misérias dos 400 dias da Encruzilhada Natalino. Pequenos colonos resistindo a todas as pressões para não serem transplantados para os confins da Amazônia. Foram acusados e com eles seus defensores leigos e religiosos, de apenas buscarem conflito e agitação. Acontece, que nem todo agricultor tem vocação para pioneiro. Que nem todo ser humano resiste à mudança de habitat sem que murche sua coragem. A maioria dos acampados de Encruzilhada Natalino queria apenas um lugar seguro e próximo para trabalhar. Argumento simples demais para ser entendido por tecnocratas empedernidos.

Finalmente, a Igreja Católica resolveu o problema temporal que os poderes públicos abandonaram. Comprou uma gleba de terra e para lá levou os últimos resistentes de Encruzilhada Natalino. Mais de 100 famílias vão ali viver uma experiência dura de vida e trabalho numa comunidade cristã que sou tentado a chamar de Oitavo Povo das Missões.

Sabemos como é difícil ser cristão na prática, mas acreditamos que o cristianismo, como foi vivido nos Sete Povos das Missões, é o único caminho para resgatarmos o homem da miséria e da hecatombe nuclear. Talvez os próprios religiosos que idealizaram o "Oitavo Povo das Missões" não tenham se dado conta deste momento histórico. A igreja de João XXIII e Paulo VI, ao assumir a responsabilidade dos colonos de Encruzilhada Natalino, nada mais fez do que retomar seu lugar vazio desde a morte de Sepé Tiaraju e o incêndio da catedral de São Miguel Arcanjo.”

Não satisfeito com sua profecia, Alcy Cheuiche voltou à carga com outro artigo notável em que retomava o assunto abordado sobre a atualidade das Missões dos Sete Povos do Rio Grande do Sul, quando na transparência do Fórum Social Mundial, lobrigou no horizonte a retomada da Economia eminentemente solidária, nas reuniões e conchavos desenvolvidos por ocasião das diferentes reuniões daquele grande Encontro Internacional, que é retomado todos os anos em algum lugar do vasto mundo, e cuja referência continua sendo a cidade de Porto Alegre.

Desta vez pronuncia Alcy Cheuíche, um verdadeiro impropério quando encerra este segundo artigo, intitulado “Sepé Tiaraju e o Fórum Social Mundial”, escrito no dia seguinte ao do encerramento do Fórum Social Mundial na capital de todos os Rio-grandenses. O texto foi publicado no jornal Zero Hora do dia 07 de fevereiro de 2002, na data memorável do martírio de São Sepé Tiaraju e de seus 1.500 companheiros guaranis, mártires.

Eis o texto na íntegra:

“Eu explico. Sepé Tiaraju, morto em combate no dia 7 de fevereiro de 1756, é nosso símbolo maior da luta contra o imperialismo. Nosso, porque nasceu em São Luiz Gonzaga, no ano de 1722. Símbolo maior, porque o povo o canonizou, sem consultar o Vaticano, e temos até uma linda cidade com o nome de São Sepé. E luta contra o imperialismo, porque a lança que o matou era de um invasor português e espanhola era a garrucha que estourou seus miolos no tiro de misericórdia.

No momento em que curtimos a ressaca do 2º Fórum Social Mundial, é preciso lembrar da nossa tradição histórica de luta pela liberdade. Porto Alegre, mais de um século antes da chegada dos casais açorianos, foi parada obrigatória dos mercadores de escravos que desciam o Rio Jacuí em canoas abarrotadas de índios prisioneiros. Aqui, em um porto improvisado na embocadura do Arroio Dilúvio, os guaranis eram transferidos para os veleiros que desciam pela Lagoa dos Patos até o mar. Pela costa eram levados para os canaviais de São Vicente, onde morriam aos milhares de gripe, varíola, violência e desnutrição. O famoso bandeirante Raposo Tavares, assassino confesso de mais de 100 mil guaranis, responsável pela destruição das primeiras aldeias de índios cristãos no Paraná e no Rio Grande do Sul, deixou um documento escrito em que afirma que “índio não tem alma”. Pois esses índios sem alma, a partir da batalha de Mbororé, em 1641, quando derrotaram e afugentaram para sempre os bandeirantes, construíram  a mais socialista de todas as comunidades religiosas universais. E isso não é frase minha e sim de Voltaire, um dos maiores críticos da Igreja no século 18, que considerou as nossas Missões “Um autêntico Triunfo da Humanidade” (un véritable Triomphe de l’Humanité”).

Alguns historiadores negaram-lhe
o direito de ser homenageado
com uma estátua em Porto Alegre

Durante mais de cem anos, os 33 Povos das Missões, graças ao trabalho dos jesuítas     espanhóis, portugueses, holandeses, franceses, alemães, italianos, austríacos, húngaros, abrigaram uma população de 250 mil guaranis, vivendo em completa liberdade. Esses índios edificaram igrejas, escolas, creches, hospitais, além de suas próprias casas, talhando a pedra e a madeira com habilidade. Aprenderam a fabricar violinos e outros instrumentos musicais e a tocá-los com extrema facilidade e talento. Suas estátuas barrocas até hoje percorrem o mundo, sendo que uma delas, aqui no Museu Júlio de Castilhos, retrata a Virgem Maria com traços guaranis. Os dois milhões de cabeças de gado dos Sete Povos, abandonados pelos índios depois do massacre de Caiboaté, formaram a base da nossa economia pecuária, até hoje um orgulho dos gaúchos. É preciso dizer mais?

Em 1956, nos 200 anos da morte de Sepé Tiaraju, alguns historiadores negaram-lhe o direito de ser homenageado com uma estátua em Porto Alegre. Os organizadores do 3º Fórum Social Mundial poderiam corrigir esse erro, revelando Sepé Tiaraju ao mundo, como os mexicanos fizeram com Cuautemoc. Se não, o povo vai acabar lapidando essa estátua com as próprias mãos.”  

Nos porões da História do Rio Grande do Sul que está sendo construída nos dias que correm, nesta mesma terra que Sepé e seus 1500 companheiros mártires do Caiboaté, viceja um Processo Histórico de recuperação total do período áureo das Missões dos Sete Povos, nestes inícios do terceiro milênio, esboçado que foi através de um ato simbólico praticado por Dom Hélder Câmara com “o Pacto das Catacumbas” no tempo do Concílio convocado e iniciado pelo Papa João XXIII. Esta história de re-engate dos Povos Missioneiros com sua economia eminentemente solidária em que toda a humanidade triunfou, está sendo escrita através das Comunidades Eclesiais de Base da Igreja da Libertação. Todas elas funcionam como  o Oitavo Povo das Missões do Rio Grande.

O epicentro do processo histórico encadeador dos fatos dessa continuidade missioneira com São Sepé Tiaraju – o Facho de luz – ressuscitado e à frente do Oitavo Povo anunciando a primavera do Reino dos Pobres pregado por Jesus, por todo o continente latino-americano, está localizado exatamente na cidade de São Gabriel, o coração do latifúndio do Rio Grande.

Assim como os apóstolos Pedro e Paulo, no início do cristianismo, escolheram a cidade de Roma como epicentro da evangelização do mundo até então conhecido, o Oitavo Povo, permeando os latifúndios inventados no ano da batalha do Caiboaté como butim de guerra, presenteados que foram pelo general Gomes Freire de Andrade aos oficiais assassinos do povo Guarani, hoje ainda propriedade da estirpe dos descendentes, começa a ser a terra santa do Povo Guarani Missioneiro porque embebida inteiramente com o sangue de milhares de mártires indígenas. Mártires em Roma ontem e mártires no Rio Grande do Sul e em toda a Ameríndia hoje.

De cidade dos marechais, a cidade do Anjo São Gabriel, está mudando para cidade de São Sepé Tiaraju e do Povo Missioneiro.

No ano histórico de 1756, de Roma a Companhia de Jesus enviava o Padre Altamirano como plenipotenciário do Superior Geral a fim de forçar padres e índios a se dobrarem às vontades dos reis de Espanha e Portugal.

Hoje, no ano de 2013, desde o Vaticano o próprio papa Francisco em pessoa, toma a iniciativa de fazer a primeira viagem como pontífice para a América Latina. É papa missionário e jesuíta, com opção clara pelos pobres, 500 anos depois dos jesuítas terem iniciado aqui as Missões. Vem pessoalmente a fim de consagrar a implantação do Oitavo Povo em cada um dos municípios desta nossa Ameríndia que se encontra ainda na Paixão, mas já em processo de Ressurreição. Ele vem como enviado de Jesus a fim de fazer as vontades do povo dos pobres.


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