'Curtir' no Facebook leva cisternas ao NE

Mais Lidos

  • De uma Igreja-mestra patriarcal para uma Igreja-aprendiz feminista. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS
  • A falácia da "Nova Guerra Fria" e o realismo de quem viu a Ásia por dentro: a geopolítica no chão de fábrica. Entrevista com Eden Pereira

    LER MAIS
  • "No rosto de cada mulher violentada, vemos o rosto Cristo Crucificado". Carta Dirigida aos Homens

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

06 Agosto 2012

Um projeto que busca a construção de pelo menos 500 mil cisternas nos próximos anos no semiárido brasileiro para oferecer água de qualidade a 1,5 milhão de pessoas poderá contar com o apoio, a partir de amanhã, de usuários do Facebook. Na linha do "clique para plantar uma árvore", que mobilizou milhares de pessoas há alguns anos, um punhado de "curtir" levará à construção de uma cisterna.

A reportagem é de Giovana Girardi e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 06-08-2012.

A iniciativa, que visa a apoiar o projeto da Articulação do Semiárido (ASA) - uma rede que congrega várias ONGs -, é do Instituto Pepsico, organização sem fins lucrativos ligada à empresa de mesmo nome. Na página da Pepsico no Facebook, o usuário poderá curtir o projeto "Colhendo a Chuva", indicá-lo a um amigo ou fazer ele próprio uma doação.

Essas iniciativas somadas vão gerando "asinhas" ("curtir" vale uma, convidar amigo, três, e a doação de R$ 5 rende dez asinhas). Quando alcançadas 2 mil, uma cisterna de 16 mil litros, que custa cerca de R$ 2,5 mil, será construída.

Para Naidson Batista, diretor da ASA, além de conseguir a produção de mais reservatórios de água da chuva, o projeto tem um ganho ainda maior que é o de informar sobre as condições da região e do povo que nela vive.

"As pessoas do Sul e do Sudeste ainda pensam no semiárido como um terra inóspita, improdutiva, de gente que precisa de esmola. Mas temos inteligência e estamos resolvendo nossos problemas. Espero que a campanha ajude a mudar essa imagem", diz.

Há mais de dez anos ele iniciou uma mobilização pela construção de 1 milhão de cisternas. Ganhou o apoio de empresas, do ex-presidente Lula e agora de Dilma Rousseff. Virou política pública do Ministério do Desenvolvimento Social e já conseguiu metade. Dos usuários das redes sociais, esperar conseguir respeito "ao povo que luta e resiste."