02 Fevereiro 2011
O arcebispo brasileiro dom João Bráz de Aviz, recentemente nomeado prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, escreveu no L’Osservatore Romano a favor de uma Teologia da Libertação que não seja tergiversada pelo marxismo e outras ideologias.
A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 02-02-2011. A tradução é do Cepat.
Bráz de Aviz, de 64 anos, recorda que João Paulo II já afirmou que a Teologia da Libertação "não apenas é útil, como necessária". O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica recordou que duas instruções vaticanas, na década de 1980, "corrigiram temas ligados ao uso do método marxista para interpretar a realidade".
"Penso que ainda não foi suficientemente completado o trabalho teológico para desvincular a opção pelos pobres de sua dependência de uma Teologia da Libertação ideológica, como advertiu ultimamente Bento XVI", afirma o arcebispo.
Mesmo que habitualmente se diga que a Teologia da Libertação surgiu na América Latina, Joseph Ratzinger já nos anos 1980 explicava em seu livro-entrevista Relatório sobre a fé que na realidade surgiu nas universidades alemãs e depois a Europa a exportou.
Segundo os últimos dados publicados, no mundo há um total de 793.709 religiosos, 8.061 menos que no ano anterior. O número de mulheres religiosas é muito superior ao de homens. Há 739.000 mulheres religiosas e 55.000 religiosos.
A maioria das ordens não contemplativas presta ajuda nos campos da educação e saúde. Além disso, a espiritualidade e as atividades dos religiosos refletem a riqueza da Igreja católica.
A presença dos religiosos na Igreja é muito desigual nos cinco continentes.
A Europa é o continente em que as vocações mais diminuíram. Há 8.700 a menos em relação ao ano passado, mas também é o que mais presença de religiosos tem com um total de 320.000. É seguida pela América, com 220.000. No continente americano as vocações também diminuíram em relação a 2009.
O terceiro lugar em número de vocações é da Ásia. Ali são mais de 170.000 os religiosos e religiosas. É o continente em que mais aumentou o número de vocações, com 2.200.
Na África vivem um total de 71.700 religiosos, 1.940 a mais que em 2009.
A Oceania vem em último lugar. O menor continente conta com 10.878 religiosos, 257 a menos que no ano anterior.
Bento XVI define os religiosos com uma "ponte para Deus". Segundo o Papa, com sua vida recordam especialmente "o amor e o perdão de Deus aos homens". Pontes distribuídas pelos cinco continentes que com seu exemplo e sua dedicação aproximam os outros de Deus.
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Uma Teologia da Libertação "sem ideologias’ é a aposta de arcebispo brasileiro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU