Linguagem, a grande invenção: inventamos a capacidade de inventar?

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07 Mai 2021

 

Acaba de ser publicado “La grande invenzione” [A grande invenção], um livro de Paolo Benanti que acompanha o leitor pelo mundo da linguagem, das pinturas rupestres ao GPT-3. A linguagem não é um simples instrumento: é uma condição em que habitamos e vivemos. Tão importante... que sequer nos damos conta dela.

 

A apresentação foi publicada no blog do autor, 06-05-2021. A tradução é de Anne Ledur Machado.

 

Pensemos em uma pequena anedota contada pelo escritor David Foster Wallace: “Tem esses dois jovens peixes que nadam e encontram um peixe mais velho, que nada em sentido contrário, acena para eles e diz: ‘Olá, pessoal, como está a água?’. Os dois jovens peixes continuam nadando mais um pouco, e, no fim, um deles olha para o outro e diz: ‘Que diabos é água?’”.

Novo livro de Paolo Benanti (Foto: Divulgação)

A linguagem é como muitos aspectos da vida cotidiana: precisamente por estarem presentes desde sempre no pano de fundo da existência, eles se tornam quase invisíveis e são desconhecidos para nós na sua verdadeira natureza.

Na realidade, a linguagem, ou seja, a nossa capacidade de comunicar, é a principal “invenção” da humanidade: sem ela, não seríamos humanos .

A grande invenção apresenta a “tecnologia da linguagem” e a linguagem como tecnologia, ou seja, uma habilidade e um hábito que é de todos nós e que é surpreendente analisar: como ela nasceu? Para que serve? Por que o desenvolvemos de um certo modo? Qual é o seu futuro?

Eis, então, o sentido desta pesquisa. O que significa que a nossa espécie desenvolveu algumas formas de comunicação precípua? O que a palavra oral, isto é, a linguagem sintática, a escrita, a imprensa e, enfim, os dados digitais revelam sobre nós?

A tese que anima este percurso é que as tecnologias, a partir de forma específica delas, ou seja, a tecnologia da palavra, nos permitiram escrever e reescrever o nosso horizonte. O artefato tecnológico é o “lugar” antropológico por excelência, o topos que permite compreender como a nossa espécie foi a única que pôde mudar o seu habitat, chegando até a habitar fora do planeta.

Se a linguagem sintática nos permitiu ter um mundo, e se a escrita permitiu construir um mundo, o mundo da história, foi a imprensa a tecnologia da palavra que, pela primeira vez, mudou o nosso horizonte.

Hoje, além disso, a revolução da informação está realizando o mesmo processo. Essas tensões no nosso mundo, induzidas pela nossa grande invenção, a linguagem, serão o tema desta viagem de pesquisa.

 

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