24 Fevereiro 2018
A Conferência Episcopal não descarta a possibilidade de o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, prolongar sua visita ao Chile para além da sexta-feira, após passar por uma cirurgia laparoscópica para remover a vesícula, da qual está se recuperando bem. (1).
A reportagem é de Freddy Retamal, publicada por Biobiochile, 23-02-2108. A tradução é de André Langer.
Além disso, também se estuda a possibilidade de acolher outros casos relacionados aos abusos sexuais na Igreja chilena, e não apenas os casos circunscritos pelo Papa Francisco ao caso do bispo de Osorno, Juan Barros.
Scicluna, que chefia a missão papal para verificar a relação entre o bispo de Osorno, Juan Barros, com o sacerdote pederasta, Fernando Karadima, teve um período pós-operatório bom e “está bem humorado”, disse o porta-voz da Conferência Episcopal, Jaime Coiro.
O estado de saúde de Charles Scicluna não impediu a continuação das entrevistas com aqueles que foram convocados ou pediram para participar do processo, que agora está sendo liderado pelo padre espanhol Jordi Bertomeu, também membro da Congregação para a Doutrina da Fé.
Neste terceiro dia de declarações, deu seu testemunho Juan Luís Ysern, ex-porta-voz da Conferência Episcopal e bispo emérito de Ancud, que em 2015 tinha recomendado ao bispo Juan Barros que renunciasse.
Após sua conversa com Bertomeu, o sacerdote elogiou o papel desempenhado pelos Leigos de Osorno neste caso.
Um grupo de ex-alunos de escolas católicas, vítimas de abusos sexuais, foi até a Nunciatura para entregar uma carta dirigida ao arcebispo de Malta, Charles Scicluna, por meio da qual solicitam uma reunião e a possibilidade de criar uma instância que reúna todos os casos denunciados no Chile, disse Isaac Givovich, vítima e aluno marista.
Diante disso, o porta-voz da Conferência Episcopal não descartou a possibilidade de que as informações fornecidas anteriormente por essas vítimas pudessem ser incluídas.
O padre Eugenio de la Fuente, um dos membros da União Sacerdotal do Sagrado Coração de Jesus, foi encontrar-se com Bertomeu e afirmou que este tipo de caso, que abalou a Igreja, deve ser resolvido para depois acelerar o processo punitivo.
Até agora, não se sabe se o bispo Barros prestou declaração antes da missão de notários, informação que também não foi confirmada pelo porta-voz da Conferência Episcopal, que afirmou que “é possível que tanto dom Scicluna tenha convocado o bispo de Osorno, como ele tenha pedido um encontro”.
Jaime Coiro explicou que, independentemente de quem liderar as entrevistas, o relatório emitido será assinado por Charles Scicluna e entregue ao Papa, para determinar a pertinência ou não do início de um processo canônico contra Juan Barros Madrid.
Nota de IHU On-Line:
1.- Segundo informou a imprensa chilena na tarde de ontem, sexta-feira, Scicluna teve alta do hospital e ficará no Chile até a próxima quarta-feira.
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