Colômbia: “Freamos a guerra com as Farc, mas ainda não temos paz”, afirma jesuíta

Mais Lidos

  • O desaparecimento da teologia acadêmica: onde está o futuro da “fé em busca de entendimento”? Artigo de Massimo Faggioli

    LER MAIS
  • Inteligência Artificial como infraestrutura financeira. Entrevista com Edemilson Paraná

    LER MAIS
  • Cardeal McElroy critica EWTN, diz que a Diocese de San Diego não publicará conteúdo

    LER MAIS

Newsletter IHU

Fique atualizado das Notícias do Dia, inscreva-se na newsletter do IHU


Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

14 Julho 2017

O padre Francisco De Roux, ex-provincial da Companhia de Jesus na Colômbia, foi um dos conferencistas no primeiro dia do congresso de “Diálogo Latino-Americano”, promovido pelo Celam, intitulado “Tudo está interligado. Estratégia de um reencontro da sociedade com o Estado e o mercado, em vista de um desenvolvimento humano integral para a América Latina”.

A reportagem é do Servizio Informazione Religiosa (SIR), 12-07-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O encontro foi realizado no último dia 11 de julho, na Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá. No seu discurso, fruto de uma longa experiência nas zonas do conflito colombiano, ele falou sobre o futuro da paz na Colômbia, depois de ter apoiado, nos últimos meses, com decisão, os acordos de paz do governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para tentar pôr fim aos 52 anos de conflito.

Um caminho que está ligado à necessidade de um desenvolvimento integral: “Devemos construir na Colômbia alternativas para as desigualdades, como as que vemos nas periferias de Bogotá, como Ciudad Bolívar”.

De fato, a verdadeira paz, junto com a justiça social, ainda não chegou às regiões colombianas: “Freamos a guerra com as Farc, assinamos os acordos, mas ainda não temos paz, há muitos problemas estruturais”.

Nesse sentido, ele lembrou um fato ocorrido há poucas semanas, quando acompanhava o presidente cessante da Conferência Episcopal, Dom Luis Augusto Castro, para a entrega de 7.000 armas das Farc.

Um casal de jovens ex-guerrilheiros se aproximou do jesuíta e disse: “Entregamos a vocês o nosso fuzil. Nós depositávamos a nossa vida no fuzil. Entregamos a vida nas mãos de vocês, mas os colombianos não têm confiança em nós”.

No discurso, o jesuíta recordou também os dois novos bem-aventurados colombianos: “É muito significativo que o papa tenha reconhecido como mártires Dom Jaramillo, bispo de Arauca, e o sacerdote de Armero, ambos mortos em circunstâncias difíceis no meio de tanta violência. Dom Jaramillo conseguiu se confessar antes de ser assassinado pelo ELN. Hoje, a crise política na Colômbia é profunda. A política é refém da corrupção. Por isso, o trabalho da Igreja deve se orientar para formar consciências novas para poder transformar os poderes públicos”.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Colômbia: “Freamos a guerra com as Farc, mas ainda não temos paz”, afirma jesuíta - Instituto Humanitas Unisinos - IHU