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16 Dezembro 2016

"A Albânia e seu povo viveu para ver os mártires como Fausti e Dajani serem beatificados. É uma fé que viveu por 45 anos nos corações e mentes do povo sujeito à mais severa das perseguições religiosas na Europa oriental, e é uma fé que voltou com a queda do comunismo", escreve Ines A. Murzaku, em artigo publicado por Crux, 13-12-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.


O padre jesuíta Giovanni Fausti, mártir da Albânia soviética.
Foto: GesuitiNews | Província da Itália da Companhia de Jesus

Ines Angeli Murzaku é professora de história da Igreja na Seton Hall University. Suas pesquisas sobre história do cristianismo, catolicismo, ordens religiosas e ecumenismo estão publicadas em vários artigos acadêmicos e em cinco livros.

Eis o artigo.

A Albânia encontra-se na encruzilhada de civilizações e é um microcosmo das culturas e religiões mediterrâneas, uma fronteira onde o cristianismo encontra o Islã, o que, para um homem de fronteira e jesuíta como o Pe. Giovanni Fausti, apresentou uma riqueza incrível de experiências marcantes.

Segundo os padrões tradicionais, o fato de aproximadamente 20 mil pessoas se reunirem no lado de dentro e de fora da Catedral de Santo Estêvão na cidade de Shkodër, ao norte da Albânia no dia 6 de novembro para a missa de beatificação de 38 mártires da era soviética sob o governo de Enver Hoxha, provavelmente não é motivo para manchetes de primeira página.

Afinal de contas, a Albânia é um país com menos de três milhões de pessoas, localizado na Europa mas não é da Europa, e uma nação com uma maioria muçulmana onde os católicos formam uma verdadeira minoria – eles compõem apenas 10% da população.

Desde o início deste papado, no entanto, o Papa Francisco vem demonstrando uma compaixão pelas periferias, guiado pela crença de que grandes coisas geralmente acontecem com pequenos gestos. Certamente isso é verdade no caso do Pe. Giovanni Fausti, que, assim como Francisco, é membro da ordem jesuíta, e foi um dos mártires beatificados mês passado.

Nascido na Itália em 1899, o jovem Fausti frequentou o seminário de Bréscia junto com Giovanni Battista Montini, futuro Papa Paulo VI, e os dois se tornaram amigos, por vezes passando férias juntos.

Depois de um primeiro período de estudos, Fausti foi mandado para a Albânia como missionário em 1928, onde trabalhou como professor em um seminário jesuíta. Ele aprendeu a falar e escrever albanês, e desenvolveu um interesse constante pelo Islã – tanto pelo Islã sunita e ascético como pelo Islã místico –, incluindo a Bektashi, a Khalwati, a Rufai e outras ordens sufis que faziam parte da paisagem islâmica do país.

Fausti voltou para a Itália em 1932, sofrendo de tuberculose desenvolvida durante o período missionário, tendo se submetido a um longo tratamento.

Em julho de 1942 Fausti retornou à Albânia para atuar como reitor do Seminário Pontifício Albanês em Shkodër. Durante a ocupação italiana e a Segunda Guerra Mundial, mudou-se para a capital, Tirana, para trabalhar com a população devastada pela guerra, miséria, pelo deslocamento e pela fome.

Ferido por uma bala alemã que atingiu o seu pulmão sadio e quebrou sua clavícula, ele continuou com a obra de misericórdia que vinha realizando. Depois da guerra, em 1944, os comunistas liderados por Enver Hoxha assumiram o poder e se iniciou a perseguição às religiões albanesas, campanha que acabaria custando a vida de Fausti.

Em parte, o que fazia de Fausti uma pessoa perigosa para o regime era sua paixão pela aprendizagem e pela verdade. Ele era um “missionário-professor”, como costumava se descrever, disposto a imitar o protótipo: a paciência infinita de Jesus.

Por meio dos estudos filosóficos e da pregação, Fausti estava tentando compreender e penetrar no pensamento dos fiéis muçulmanos de Shkodër, cidade com uma maioria muçulmana que ficou dividida em bairros cristãos e muçulmanos – uma cidade que possuía poucas igrejas cristãs, e várias mesquitas e madrasas.

Em Shkodër, os sinos das igrejas cristãs misturavam-se com os chamados à oração dos muezins, e todos os fiéis pertenciam ao mesmo país, cumprindo as mesmas regras dos cânones centenários da Albânia e da bessa (trégua e honra).

A Albânia encontra-se na encruzilhada de civilizações e é um microcosmo das culturas e religiões mediterrâneas, uma fronteira onde o cristianismo encontra o Islã, o que, para um homem de fronteira e jesuíta como o Pe. Giovanni Fausti, apresentou uma riqueza incrível de experiências marcantes.

Fausti não demorou a notar a distinção particular do Islã albanês.

A maioria dos muçulmanos albaneses eram sunitas seguidores do Alcorão; uma parte eram laramani – motley ou criptocristãos que, embora muçulmanos na aparência, mantiveram-se cristãos em casa. Geralmente os homens se convertiam ao Islã para garantir um emprego no governo, enquanto as mulheres e os filhos seguiam a fé cristã.

Além disso, a Albânia apresentou a Fausti a oportunidade excepcional de estudar o místico ou aquilo que ele chamava de o “Islã espiritual”. Os “bektashi tekkes” (conventos), os dervixes e as comunidades tinham uma longa história e presença no país.

A experiência direta de Fausti com as formas das fraternidades místicas e com a vida comunal dos conventos abriram novas oportunidades para o diálogo e para perspectivas apostólicas com respeito ao Islã bem como para traçar paralelos entre os Islã e o cristianismo.

O jesuíta acreditava que o que se precisava era um “entendimento mútuo”, como escreveu em 1931: “Os dois mundos, o cristão e o muçulmano, pouco sabem sobre cada um. E por isso parecem estar um contra o outro em armas (em conflito armado). Precisamos conversar com o Oriente para entendê-lo e não para insultá-lo”.

Fausti foi além da tolerância em seu modelo de diálogo cristão-muçulmano. Para ele, “tolerância” significava que a pessoa pode viver e deixar viver, cada um em seu próprio círculo, andando em seu próprio caminho.

O que Fausti propunha era uma hospitalidade abrangente, onde os caminhos se cruzam e onde as trocas se tornam naturais, e portanto o diálogo fica mais profundo.

O diálogo cristão-muçulmano que Fausti estava sugerindo não enfraquecia a fé ou ajustava os princípios teológicos para caberem no diálogo. Em vez disso, cada religião se envolvia no diálogo ao mesmo tempo preservando a própria autenticidade.

A pesquisa que empreendeu e as conclusões a que chegou anteciparam os ensinamentos de Nostra Aetate, documento do Concílio Vaticano II, e o convite a um “entendimento mútuo” e ao trabalho unido (cristãos e muçulmanos) para “preservar e promover a paz, a liberdade, a justiça social e os valores morais”.

Os seus estudos e o encorajamento ao diálogo com o Islã também tiveram um impacto no Papa Pio XI, que apreciava o Oriente e o chamava de “o Oriente que reza”.

Essa apreciação profunda pela vida de fé, no entanto, o colocou em apuros na Albânia pós-guerra, que em 1967 se declarou como o primeiro Estado ateu do mundo.

Fausti foi detido em 31-12-1945, junto com outro jesuíta, o Pe. Daniel Dajani. Na época, Fausti era o superior jesuíta e Dajani, reitor do Seminário Pontifício.

Ambos acabaram acusados de organizar a “Albânia Unida – uma organização para derrubar o regime”; “inteligência com os anglo-americanos para uma intervenção aérea na Albânia” e outras acusações repetidas a todos os membros do clero que foram levados e processados.

Em 22-02-1946, Fausti e Dajani foram condenados à morte por execução. No começo da manhã de 04-03-1946, eles e seis outros membros do clero foram levados ao cemitério de Rrmaj, em Shkodër, o lugar da execução e de martírio. Às 6 da manhã, a ordem foi dada aos soldados para executá-los.

Fausti teve a oportunidade de pronunciar as suas últimas palavras: “Estou feliz em morrer cumprindo a minha responsabilidade. Dar o meu melhor aos meus irmãos jesuítas, diáconos, padres e ao arcebispo”.

Tão logo suas primeiras palavras foram pronunciadas, um coro de fortes vozes daqueles que estavam para ser executados se juntou em um cântico: “Viva ao Cristo Rei! Viva a Albânia. Nós perdoamos aqueles que nos matam”.

A Albânia e seu povo viveu para ver os mártires como Fausti e Dajani serem beatificados. É uma fé que viveu por 45 anos nos corações e mentes do povo sujeito à mais severa das perseguições religiosas na Europa oriental, e é uma fé que voltou com a queda do comunismo.

Conforme disse o Papa Francisco feita ao país em 2014: “Regressemos a casa com este belo pensamento: hoje, tocamos os mártires”. Fausti é, de fato, um mártir.

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