Resposta da UE para refugiados no mar Mediterrâneo é 'fracasso catastrófico', diz MSF

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21 Janeiro 2016

A MSF (Médicos Sem Fronteiras) lançou na terça-feira (19/01) um relatório que descreve os obstáculos que a UE (União Europeia) e os governos europeus impuseram no caminho de mais de 1 milhão de pessoas, a maioria delas fugindo da guerra e de perseguições.

A reportagem foi publicada por Opera Mundi, 20-01-2016.

Segundo a ONG médico-humanitária, é preciso evitar neste início do ano que se recomece o mesmo "fracasso catastrófico da Europa em 2015 na hora de responder às necessidades dos refugiados e imigrantes que batem às suas portas.

Diante disso, a entidade insiste na necessidade de criação de alternativas à jornada mortal por mar e pede o fim do erguimento de cercas de arame farpado, bem como do término das constantes mudanças nos processos administrativos e da condução de atos de violência no mar e nas fronteiras terrestres contra essas pessoas em condição de vulnerabilidade.

“Não apenas a União Europeia e os governos europeus falharam coletivamente em responder à crise, como também seus esforços concentrados em políticas de dissuasão, somados a sua resposta caótica às necessidades humanitárias daqueles que fogem, pioraram efetivamente as condições de milhares de homens, mulheres e crianças vulneráveis”, afirma Brice de le Vingne, diretor de operações de MSF.

Por meio de depoimentos de profissionais de MSF e de pacientes, bem como de informações médicas coletadas no decorrer de 2015, o relatório intitulado “Obstacles Course to Europe” (“Um percurso de obstáculos rumo à Europa”, em tradução livre para o português) detalhou as consequências humanitárias das ações do continente.

“O fato de as pessoas estarem buscando segurança e uma vida melhor na Europa não é um fenômeno novo”, acrescenta Brice de le Vingne. “Pelo contrário, é algo com o que estamos familiarizados há muitos anos, mas, no início de 2015, observando o Mediterrâneo se tornar uma grande vala, decidimos que não podíamos só olhar a partir da praia. Em 2016, países europeus precisam se dar conta do custo humano de suas decisões, assumir suas responsabilidades e aprender com seus erros.”