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São Paulo, a escravidão e a homossexualidade

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11 Novembro 2014

Margery Eagan, colunista de espiritualidade do sítio Crux, levantou uma questão sobre a homossexualidade em seu artigo intitulado “Por que podemos desconsiderar as palavras de São Paulo sobre a escravidão, mas não suas palavras sobre a homossexualidade?” [1].

A reportagem é de Dwight Longenecker, publicada pelo sítio Crux, 06-11-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Ao escutar a leitura de Efésios, numa missa da semana passada, Margery ouviu que São Paulo diz: “Escravos, obedeçam aos seus senhores nesta vida, com temor e tremor”. O padre explicou que os tempos eram diferentes naquela época, e que São Paulo não estava, na verdade, tolerando a escravidão. A escravidão era uma realidade no mundo antigo, e Paulo foi um homem de seu tempo.

Em seguida, a nossa articulista pondera:

Ao ouvir tudo isso, de novo, me vi abandonada com a minha perpétua interrogação. Em Romanos, Coríntios e Timóteo 1, Paulo também condena a homossexualidade. E estas cartas também foram citadas ao longo da história cristã para justificar um tratamento diferente aos homens gays e mulheres, até mesmo para rejeitá-los. Então, por que não ouvimos as mesmas pessoas que explicam estas coisas dizendo serem “épocas diferentes” falando sobre os homossexuais também? Como que a Igreja encontrou uma maneira de descontar e descartar o que Paulo disse, repetidamente, sobre os escravos, mas não desconta nem descarta o que ele disse, também repetidamente, sobre as pessoas homossexuais?

Eu não tenho a resposta. Simplesmente faço a pergunta.

À primeira vista, esta é uma interrogação válida e é válido também saber de uma pessoa nos bancos da igreja que não apenas escuta com cuidado as leituras da Sagrada Escritura, mas também pensa sobre elas e levanta uma questão honesta.

Margery não tem a resposta. Eu, talvez, possa ajudar.

Em primeiro lugar, muitas pessoas realmente apresentam este argumento: “épocas diferentes”, e não só a respeito da homossexualidade. O arcebispo de Canterbury, George Carey, usou este mesmo argumento ao debater sobre a ordenação feminina. Em 1 Timóteo 2,12, São Paulo diz: “Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem [na Igreja]. Portanto, que ela conserve o silêncio”. Quando os oponentes à ordenação das mulheres usaram este verso para defender sua posição, Carey acrescentou, dizendo: “Sabemos mais hoje sobre os papéis dos gêneros do que eles sabiam naquela época”.

O problema do arcebispo inglês era que ele quis desconsiderar Paulo e ordenar mulheres, enquanto ao mesmo tempo resistia contra o lobby gay. Estes usaram os mesmos argumentos para apoiar a ordenação de homossexuais e o casamento homoafetivo. Carey e outros apresentaram objeções? Será que Paulo era contrário a tais coisas? “Sabemos mais sobre a sexualidade humana do que eles sabiam naquela época”, foi a resposta.

Portanto, a primeira resposta à pergunta de Margery é: “O argumento que você apresenta não é novo. Os anglicanos e outros protestantes históricos vêm apresentando-o há anos”.

O problema com o argumento “épocas diferentes” é que ele é um instrumento contundente. Ele pode ser usado para relativizar a Escritura por completo. Assim, se alguém não gosta de algo, poderá dizer: “Ihh, isso era naquela época. Estamos falando de hoje”. Devemos considerar as questões culturais e as diferentes épocas, mas estas não são as principais linhas de raciocínio quando se trata de interpretar a Escritura.

Um outro problema com o argumento de “diferentes épocas” (e o motivo por que os católicos não o empregam) é que ele revela uma mentalidade protestante sobre a Bíblia – como se ela fosse a única autoridade, e que não é outra coisa senão um livro de doutrinas e regulamentos.

A Bíblia não é simplesmente uma lista de regras e regulamentos a serem seguidos, nem uma lista de doutrinas a se acreditar. Ela é o registro da relação de Deus com o seu povo. Embora haja mandamentos e regulamentos particulares anotados em determinadas culturas e em certos períodos, as principais coisas que procuramos são os princípios gerais e a teologia subjacente. A ideia não é tanto recolher determinados ditames e ditados, mas compreender a inteira sabedoria de Deus para com a humanidade.

Outras regras básicas de interpretação bíblica dizem que não devemos tirar os versos de seus contextos, nem argumentar em favor de uma posição a partir de um verso ou de um punhado de versos apenas. A Escritura interpreta a Escritura. Ponderamos não só o todo dos escritos de um autor, mas o que o todo da Escritura ensina.

Por fim, os católicos não são cristãos que se resumem à Bíblia apenas. Acreditamos que as Sagradas Escrituras são o registro inspirado dos atos de Deus em Cristo como vividos por sua Igreja. As Escrituras vêm da Igreja e são interpretadas por ela. Portanto, é ao magistério da Igreja a quem nós nos voltamos para a interpretação final.

Considerando estas regras interpretativas, ponderemos então a pergunta em jogo: São Paulo parece tolerar a escravidão e condenar a homossexualidade. Rejeitamos a sua aceitação da escravidão devido às diferenças históricas na cultura, mas por que não rejeitar a sua condenação da homossexualidade dado que os tempos mudaram?

Primeiramente, se estivermos preocupados com o contexto histórico, deveremos aprender como era a escravidão na antiga Roma. Pensamos da escravidão como sendo indivíduos africanos usando correntes, catando algodão, sento observados por um homem branco com um chicote à mão. Um artigo intitulado “The Apostle Paul and Slavery” [O apóstolo Paulo e a escravidão] explica que a escravidão nos tempos romanos era consideravelmente diferente. Vale a pena sua leitura. [2]

Quando lemos que São Paulo espera que os escravos obedeçam a seus senhores, a compreensão dele sobre o assunto é mais complexa. Em vez de simplesmente dar assentimento à escravidão e seguir em frente, diz aos senhores que eles deveriam considerar os escravos como irmãos. Na Carta a Filemon, ele instrui Filemon a tratar o escravo Onésimo como um irmão em Cristo (Filemon 16). Paulo diz aos senhores para tratarem os escravos com justiça e igualdade (Colossenses 4,1) e não ameaçá-los (Efésios 6,9.). Todas estas passagens são instruções práticas para a vida cristã, e em sua teologia Paulo lança as sementes para a abolição da escravidão. Através do batismo, somos iguais aos olhos de Deus. Em Gálatas 3,28 ele ensina: “Não há mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e homem livre, entre homem e mulher, pois todos vocês que são um só em Jesus Cristo”.

Então, o tratamento que São Paulo dá à escravidão pode ser resumido assim: “Os escravos devem obedecer a seus senhores, mas os senhores devem tratá-los como irmãos no Senhor, pois em Cristo não há escravos ou livres”. Embora o fato da escravidão ser aceito, São Paulo vê que, em Cristo, as correntes da escravidão se rompem. A eventual abolição da escravidão está, pois, presente em forma de semente no ensinamento de São Paulo. Este é um claro exemplo do tipo de desenvolvimento correto da doutrina – em que uma compreensão final floresce a partir de uma semente que foi plantada, em primeiro lugar, no Novo Testamento.

Se o pastor que Margery ouviu pregar na semana passada dissesse: “Não temos escravidão atualmente porque sabemos mais do que Paulo sabia naquela época”, ele não seria um pregador muito profundo. Nós não abolimos a escravidão porque “sabemos mais do que Paulo sabia naquela época”, mas porque a abolição da escravatura estava presente dentro da atitude de Paulo relativa a esta prática desde o começo. A nossa posição atual não é, portanto, uma contradição de São Paulo ou um descarte de seus ensinamentos, mas sim a realização deles.

Comparemos, agora, o ensinamento de Paulo sobre a escravidão e o seu ensinamento sobre a homossexualidade.

No primeiro caso, Paulo estava tolerando o status quo. No segundo, estava condenando o status quo. Há uma grande diferença.

Noutras palavras, a sua atitude em relação à escravidão é: “Aceitamos isto enquanto uma realidade, mas os escravos devem ser tratados de forma justa porque, no fundo, eles são nossos irmãos, e em Cristo não há escravos ou livres”. Realização de todo o ensinamento de Paulo é que a escravidão seja abolida. Se sua atitude em relação à homossexualidade fosse comparável, ele diria: “A homossexualidade é uma realidade nesta sociedade. Nós a condenamos, mas sabemos que um dia estes relacionamentos homoafetivos de amor e de longo prazo serão aceitos como um tipo alternativo de matrimônio”.

No entanto, a teologia de São Paulo não sugere, em lugar algum, uma aceitação eventual da homossexualidade. A sua condenação é absoluta. Em 1 Coríntios 6,9-10 e em 1 Timóteo 1,8-11, a homossexualidade é condenada fortemente.

Quanto à questão da escravidão, devemos considerar o contexto teológico do ensinamento de Paulo. Neste caso, o contexto teológico de Paulo planta a semente para a abolição da escravidão. O contexto teológico dele quanto à homossexualidade pode ser encontrado em Romanos 1, onde ele vê a homossexualidade como o fruto de uma rebelião mais profunda contra Deus e a ordem natural. Ele diz que a homossexualidade é uma forma de idolatria sensual, orgulho e amor-próprio.

Noutras palavras, a teologia subjacente em São Paulo conduz a uma maior aversão quanto à homossexualidade devido a um motivo mais profundo: não há nenhuma semente plantada que pudesse levar a uma eventual aceitação dos atos homoafetivos; pelo contrário, o oposto é verdadeiro: a homossexualidade é vista como o resultado de uma rejeição profunda de Deus e da ordem natural.

Finalmente, o ensinamento da Igreja Católica é sempre dependente não só da Escritura, mas também da integração da verdade católica com o direito natural. Desde Agostinho passando por Aquino, os teólogos argumentaram que o direito natural é contra a escravidão porque todos são iguais tanto na criação quanto em Cristo. O mesmo raciocínio sempre, e em todos os lugares, sustentou que os atos homossexuais são contrários ao direito natural e não podem ser tolerados ou aceitos.

Os ativistas das causas homoafetivas podem discordar de São Paulo e da Igreja Católica, e eles podem apresentar os seus argumentos, mas a resposta à interrogação de Margery é: Nós não estamos “descordando” de São Paulo. Diferentemente, a compreensão mais completa do ensinamento dele leva à abolição da escravatura e à condenação da atividade homossexual.

Será que o princípio subjacente de São Paulo, segundo o qual “todos somos irmãos em Cristo” e que “todos somos iguais no batismo”, deveria ser aplicado às pessoas homossexuais?

Será que estas pessoas deveriam ser tratadas com respeito e aceitas com dignidade?

É evidente. O Catecismo da Igreja Católica já ensina isto. Os homens e mulheres homossexuais “devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta” (parágrafo 2358).

Notas:

[1] Texto disponível em inglês aqui sob o título “Why can we disregard St. Paul’s words on slavery, but not homosexuality?”

[2] Texto disponível em inglês aqui sob o título “The Apostle Paul and Slavery”.


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